Design thinking: o que é, para que serve e como aplicar

Postado em 11 de out de 2020
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Quando você ouve falar em design thinking, o que vem à sua cabeça?

Acredita que se trata de um nome estrangeiro para emprestar glamour a uma metodologia comum?

Ou, quem sabe, um processo restrito a empresas modernas e de base tecnológica?

Seja o que for, queremos iniciar este artigo com um convite a ingressar na leitura de mente aberta.

Afinal, a partir de agora, vamos falar sobre inovação e criatividade - e também como elas se encaixam na resolução de problemas.

A digitalização e a mudança de comportamento dos consumidores provocou a necessidade de mudar processos. 

E, nessa busca por soluções criativas e ágeis, algumas abordagens, como o design thinking, ganharam espaço.

Pode ser que você ainda não saiba o que ele é e para que serve, mas talvez tenha visto por aí algumas das técnicas utilizadas.

O uso de blocos de anotações coloridos, marcados com ideias e colocados em vidros de salas de reunião, por exemplo, faz parte dessa ferramenta.

Mas, de onde vem esse artifício, tem muito mais.

Então, quer saber como o design thinking funciona e aprender como aplicá-lo na sua empresa? Siga a leitura!

 

O que significa design thinking?

Não existe uma tradução exata para o termo design thinking, mas, em uma tentativa de transpassar para o português, podemos chegar perto de algo como “pensamento de design”.

Isso não diz muita coisa, certo? Mas, tudo bem. Vamos esclarecer.

Na verdade, design thinking significa pensar como um designer ou, por assim dizer, “pensar fora da caixa”. 

Trata-se de uma abordagem criativa utilizada para a resolução de problemas.

Quem inventou o design thinking?

Embora o design como “forma de pensar” tenha sido abordado por autores como Robert McKim, em sua obra “Experiences in Visual Thinking”, publicada na década de 70, foi Rolf Faste, professor de Stanford, que estabeleceu o conceito de design thinking.

O colega dele, David M. Kelley, também contribuiu com o desenvolvimento da metodologia, a popularizando mundo afora.

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Por que usar o design thinking?

Ainda que criado há bastante tempo, foi nos últimos anos que o design thinking ganhou evidência.

Isso se deve à nova realidade tecnológica, que provocou mudanças significativas no nosso comportamento.

Assim, o design thinking se coloca como uma importante ferramenta na busca por soluções inovadoras, práticas, rápidas e seguras, com maior margem de acerto.

Dessa forma, o seu uso contribui com os processos de empresas que desejam atender às necessidades de consumidores, propondo abordagens assertivas para os problemas enfrentados.

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Como funciona o design thinking?

Para colocar em prática o design thinking, é preciso, primeiramente, identificar um problema.

E, para isso, não há outro caminho a não ser imergir na realidade existente.

Faça pesquisas, ouça pessoas e colete dados.

O design thinking não se baseia em estatísticas. Ele reconhece verdadeiramente um fato.

Um exemplo seria consumidores que reclamam da demora na entrega dos produtos.

Isso mostra que, provavelmente, existe uma dificuldade com a logística.

Mas onde está a origem dela? Sem essa resposta, não há como pensar em soluções, concorda?

É por isso que fazemos do questionamento um ponto de partida.

Ao constatar que a vulnerabilidade é real, tem início o processo de criação: é hora de levantar as alternativas para resolver essa questão.

Vale lembrar que a aplicação do design thinking não se resume à relação entre empresa e cliente.

A teoria pode ser usada para solucionar problemas internos, por exemplo, que acometem uma mesma equipe.

No tópico a seguir, tudo fica mais claro ao descobrir quais são as etapas utilizadas para aplicar o design thinking.

Quais são as etapas do design thinking?

Como já vimos, a primeira etapa consiste na identificação de um problema.

Ou seja, é o momento de imersão e análise. Em seguida, vem a fase criativa.

Nessa etapa, são consideradas todas as ideias para resolver o obstáculo em questão.

Depois, é hora de escolher a opção ideal. E, com isso, dar início ao protótipo, que nada mais é do que o modelo da solução proposta, desenvolvido para testes.

Se tudo estiver como o esperado, o processo chega ao fim com a implementação da inovação. 

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Como aplicar as práticas na minha empresa?

Agora que você já conhece as etapas percorridas pelo design thinking, fica mais fácil entender como começar a praticar na sua realidade.

É importante que a equipe envolvida nos processos seja convidada para debater os problemas e compartilhar ideias.

Promova um ambiente aberto e de integração para que todos se sintam confortáveis em dar opiniões.

Faça uma verdadeira reunião de brainstorm (lembrando que brainstorming é um encontro do tipo tempestade de ideias).

Depois, com o protótipo já criado, dissemine-o para que uma grande quantidade de pessoas possa testá-lo.

Esse é o momento de identificar complicações e oportunidades de melhoria.

Assim, ter visões diferentes pode ser de grande valia nesse estágio.

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Algumas ferramentas para desenvolver o design thinking

O brainstorm, do qual falamos no tópico anterior, é uma das ferramentas principais utilizadas para desenvolver o design thinking.

Mas o processo criativo não se limita a ela. 

Você já ouviu falar dos mapas mentais? Eles também são excelentes estímulos para a imaginação.

Os mapas mentais ajudam com a visualização do processo criativo.

Para elaborar um, defina uma ideia central, que, no caso, pode ser o problema identificado.

A partir dele, crie ramificações, com ideias secundárias, terciárias e assim por diante.

Construa o mapa mental utilizando cores, imagens, ícones e desenhos. Outra ferramenta que pode ser explorada são os cartões de insight.

Sabe quando dissemos no começo do artigo sobre blocos de papel coloridos? Então, eles podem ser usados para essa dinâmica.

Mantenha-os por perto e, sempre que uma ideia surgir, escreva neles. 

Essa técnica é ótima, pois, além de permitir que pensamentos não se percam, ela facilita a consulta rápida e fácil aos manuscritos.

Por fim, mais uma ferramenta que vale a pena colocar em prática no design thinking é o storyboard.

Aqui, assim como o mapa mental, a proposta é ser bastante visual.

No entanto, em vez de ideias centrais, secundárias e terciárias, utiliza-se ilustrações em forma de narrativa, como se contasse uma história para a resolução do problema, considerando atores e cenários.

Carreira em design thinking: vale a pena?

Se você não quer apenas aplicar a metodologia, mas pensa em desenvolver carreira em design thinking, a boa notícia é que a profissão está em ascensão.

Afinal, como a necessidade por inovações é cada vez maior, há mercado para especialistas nessa área.

Mas, ainda que você não queira trabalhar somente com isso, ter esse conhecimento no seu currículo pode fazer a diferença na vida profissional.

Você já ouviu falar no cargo de Chief Digital Officer (CDO)? 

Esse profissional é responsável por liderar a transformação digital na empresa em que atua. 

Dessa forma, é imprescindível que ele domine abordagens e metodologias que ajudam nesse processo.

E o design thinking é uma delas. O salário de um CDO, segundo o site Glassdoor, gira em torno de R$ 20.000,00.

E, então, ficou interessado? Conheça a seguir quais habilidades são necessárias para aplicar o design thinking e fazer dele a sua carreira.

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Quais habilidades você precisa para atuar com design thinking?

Para responder a essa pergunta, você precisa saber antes que o design thinking é considerado uma competência.

Ele pode ser profissão, é claro, mas é visto também no mercado de trabalho como uma capacidade desejável e um diferencial competitivo.

De todo modo, aplicar o design thinking exige domínio das técnicas das ferramentas e, além disso, requer que o profissional, obviamente, tenha criatividade.

E, mais do que isso, que ele seja comunicativo, empático e possua bom relacionamento interpessoal.

Perceba que estamos falando não apenas de competências técnicas, mas comportamentais.

São as chamadas soft skills, tão valorizadas no mercado atual.

Como é o dia a dia do profissional que atua com design thinking?

Se o trabalho em equipe não o motiva, provavelmente, o design thinking não seja para você.

Isso porque, na rotina desse profissional, as atividades em grupo são frequentes.

Como vimos nas etapas do design thinking, a prática da abordagem demanda pesquisas, sobretudo como ouvinte de outros indivíduos.

Além disso, tem os encontros e reuniões para a troca de ideias e os testes de protótipos, que devem ser compartilhados com todos os envolvidos.

Assim, podemos dizer que o dia a dia desse profissional é de muitos debates, compartilhando dúvidas, preocupações e soluções, além de contribuir para o desenvolvimento individual e coletivo.

Quais as oportunidades relacionadas ao design thinking no mercado de trabalho?

Anteriormente, você já teve uma prévia de como é o mercado para quem quer trabalhar com design thinking.

O CDO, por exemplo, é uma das carreiras que podem ser seguidas. Mas ela não é a única.

As áreas relacionadas à tecnologia representam grande parte das oportunidades para os profissionais que dominam a abordagem.

É o caso, por exemplo, do especialista em Design de Produto

Com a incumbência de desenvolver produtos inovadores, esse profissional precisa conhecer as metodologias criativas e ágeis.

A verdade é que o design thinking está diretamente ligado à inovação. 

E, como isso é indispensável nos dias atuais, essa área está em constante crescimento. 

Sendo assim, o cenário é favorável e tem tudo para continuar nesse caminho.

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Conclusão

Depois de todas essas informações sobre o design thinking, é bastante provável que você tenha chegado a conclusão de que a abordagem é, de fato, fundamental para a atualidade.

E, se a sua ideia é colocá-la em prática na sua empresa, é possível contratar profissionais especializados na área.

Outra alternativa também é recorrer a cursos. Afinal, dessa forma, você agrega competências para o seu currículo.

E, quem sabe, não se torna um especialista na criação de soluções criativas e ágeis, não é mesmo?

A importância da capacitação profissional é incontestável, sobretudo no mercado competitivo que vivemos. 

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Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

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