3 tipos de conclusão para a redação do Enem

Postado em 7 de out de 2022
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Ao escrever a redação do Enem, o estudante pode optar por três tipos de conclusões diferentes.

Com suas principais características e objetivos, essas técnicas devem ser escolhidas conforme a construção dos demais parágrafos — sendo que uma delas deve sempre estar presente.

Ainda não conhece esses tipos de conclusão? Continue lendo e descubra como finalizar seu texto!

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Qual a importância da conclusão para a redação do Enem?

A principal função de todos os tipos de conclusão é fechar a linha de raciocínio construída ao longo do texto, ou seja, durante a introdução e os dois parágrafos de desenvolvimento.

Então, essa conclusão deve estar relacionada ao tema abordado anteriormente, inclusive, fazendo relações diretas com esses assuntos — a abordagem vai depender do tipo escolhido pelo estudante para aplicar no texto.

Na redação do Enem, é importante não apresentar novas ideias ou deixar questionamentos em aberto em sua conclusão, pois o principal objetivo no modelo dissertativo-argumentativo é justamente convencer o leitor sobre o seu posicionamento.

Ademais, a conclusão é tão importante no exame que a proposta de intervenção abordada nessa etapa possui uma pontuação própria, correspondendo a até 200 pontos da sua nota total.

🔵Leia também: Como fazer uma redação nota 1000 no Enem

Quais são os tipos de conclusão?

Durante a prova do Enem, você possui à sua disposição três tipos de conclusão, que podem ser utilizadas tanto separadamente, como também combinadas — essa escolha vai depender do desenvolvimento da sua redação.

Conheça abaixo cada uma das técnicas e saiba qual usar na hora do exame:

1. Síntese

Esse tipo de conclusão consiste em sintetizar todas as ideias apresentadas ao longo do texto, confirmando o posicionamento que você defendeu no parágrafo introdutório.

Em outras palavras, você deve resumir o seu texto, indicando os principais pontos abordados nos demais parágrafos.

Com isso, é possível concluir a redação de forma coerente, assim como relembrar o leitor qual foi o ponto de vista que você estava defendendo.

A síntese também ajuda a aumentar a persuasão do seu argumento.

🔵Leia também: Espelho da redação do Enem: o que é, como consultar e o que é avaliado

2. Dedução

A dedução é outro dos tipos de conclusão que podem ser usados na sua redação do Enem.

Esse tipo consiste na elaboração de um raciocínio decorrente dos argumentos apontados ao longo dos parágrafos anteriores.

Essa técnica é normalmente acompanhada de conjunções conclusivas, como:

  • Logo;
  • Assim;
  • Então;
  • Destarte;
  • Em suma;
  • Em síntese;
  • Diante disso;
  • Dessa forma;
  • De modo que;
  • Em vista disso;
  • Nesse sentido;
  • Por tudo isso;
  • Por conseguinte;
  • Portanto, entre outras.

🔵Leia também: O que zera a redação do Enem?

3. Solução

A conclusão por solução é que a mais se enquadra no critério de proposta de intervenção avaliado pelos corretores do Enem.

Por isso, esse é um dos tipos de conclusão mais usados pelos estudantes, mesmo que em conjunto com as demais.

Também chamada de intervenção, essa técnica consiste em apresentar uma solução para o problema colocado em debate pela proposta da redação.

Como você apenas terá poucas linhas para desenvolver essa ideia interventora, não é necessário criar algo muito bem elaborado, apenas que aparente ser eficaz para resolver aquela situação.

Para alcançar uma pontuação máxima nesse quesito, inclua em sua conclusão uma solução com esses aspectos:

  • A ação necessária para solucionar o problema;
  • O agente adequado para resolver a situação;
  • O modo em que será solucionado o problema;
  • Os efeitos que essa solução tende a gerar;
  • Os detalhes sobre a intervenção proposta.

Ainda que você precise ter objetividade, busque trazer o máximo número de detalhes possíveis a sua proposta, tornando-a mais aplicável e convincente para o corretor.

🔵Leia também: Como é a correção da redação do Enem? E quem são os corretores?

Lembre-se do GOMIFES

Como dissemos, durante a proposta de intervenção, o estudante deve apresentar não apenas uma solução, como também os agentes responsáveis por colocá-la em prática.

Ao construir a sua proposta, busque escolher como agente um ou mais dos GOMIFES, ou seja:

  1. Governo: não utilize a definição ampla do governo, em vez disso, aponte exatamente qual órgão governamental deve agir naquela ação. Exemplo, ministérios, um dos três poderes, entes federativos, etc.
  2. Organizações Não Governamentais: essas instituições também podem ser apontadas como agentes, desde que atuem diretamente com a sua proposta;
  3. Mídia: esse agente de informação pode ser indicado para disseminar as mudanças sociais proposta em sua conclusão;
  4. Iniciativas privadas ou Indivíduo: mesmo sendo pouco usado, esse agente pode aparecer como um parceiro para solução, apoiando um dos entes governamentais;
  5. Família: dependendo da sua abordagem, o ciclo familiar pode ser indicado como agente, inclusive, em parceria com outros GOMIFES;
  6. Escola: esse espaço de transformação social também pode aparecer como um importante agente para sua conclusão, respeitando seus limites de intervenção;
  7. Sociedade: para evitar clichês e generalizações, use os movimentos e grupos sociais relacionados com sua proposta.

Escolher um (ou mais) desses agentes é essencial para demonstrar ao corretor que você entende qual dos GOMIFES possui maior capacidade e competência para colocar em prática sua solução.

Inclusive, ao indicar um desses agentes como responsáveis pela operação, a própria solução garante ainda mais credibilidade, pois você demonstrará que realmente entende a ideia que está propondo.

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Exemplos de conclusão de redações do Enem nota 1000

Veja abaixo os tipos de conclusões sendo utilizadas em redações do Enem nota 1000:

Exemplo 1

Na conclusão abaixo, Maria Antônia De Lima Barra apresenta não apenas uma proposta de conclusão excelente, como também retoma os assuntos discutidos no texto.

Portanto, visando mitigar os entraves à resolução da problemática, algumas medidas são necessárias. Primeiramente, cabe ao Governo Federal criar programas de apoio à cultura cinematográfica, por meio de sistemas de assistência às famílias carentes e especialmente distantes dos centros de lazer, como “vales cultura”, junto a “vales transporte”, para que os processos conceituados por Milton Santos (como gentrificação, que é a expulsão de indivíduos de uma área para a construção de espaços elitizados) não interfiram no acesso populacional ao cinema. Por fim, é dever das escolas promover formas de desenvolvimento de valores eferentes à cultura cinematográfica, através de exibições extra-classe, como em gincanas e trabalhos lúdicos, a fim de que tanto os alunos quanto os pais possam construir o “capital” postulado por Bourdieu, de modo que tenham interesse de frequentar os espaços de plataformas de filmes, ampliando, então, o acesso a elas. Enfim, o cenário retratado no longa “Bastardos inglórios” não será reproduzido no Brasil, haja vista que o aporte ao cinema será democratizado.

Exemplo 2

Em sua conclusão, Gustavo Lopes Teixeira apresenta uma proposta detalhada, apontando dois agentes para intervenção:

Portanto, cabe ao Governo investir em projetos que facilitem o acesso ao cinema, principalmente nas regiões interioranas, por intermédio do auxílio financeiro a empresas exibidoras, a fim de descentralizar os lugares em que há transmissões de filmes. Outrossim, compete às ONGs, como organizações que visam suprir as necessidades populacionais, realizar campanhas em prol de salas bem estruturadas e de reduções do preço cobrado pelos ingressos das sessões cinematográficas, por meio das redes sociais e dos outros veículos de comunicação, com o objetivo de democratizar a ida ao cinema e de, dessa maneira, afastar-se da realidade narrada no filme “Cine Hollyúde”.”

Exemplo 3

Demonstrando que é possível apresentar uma boa conclusão em poucas palavras, Stela Terra Lopes, apresenta tanto uma proposta bem articulada, como também sugere uma parceria entre órgãos governamentais:

Portanto, é mister que o Ministério da Infraestrutura, em parceria com o Ministério da Cultura, construa cinemas públicos, por meio da utilização de verbas governamentais, a fim de atender a população que não pode pagar por esse serviço, fazendo com que, assim, o acesso ao cinema seja democratizado e essa parcela da sociedade deixe de usufruir apenas de uma “Cidadania de papel”.

Para entender melhor cada um dos tipos de conclusão, você deve praticar! Por isso, escreva uma redação por semana, tentando combinar de diferentes formas cada técnica.

Assim, durante o exame, você será capaz de realizar a combinação mais adequada à abordagem escolhida no texto — ou simplesmente construir uma proposta de intervenção merecedora de nota máxima.

Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

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