Como ganhar um repertório coringa para redação e se dar bem no Enem

Postado em 22 de fev de 2022
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A redação é um item de avaliação presente em praticamente todos os vestibulares. Ao menos nos mais conhecidos do país, como o Enem, a Fuvest, a Unesp e a Unicamp, a redação é um item obrigatório – e que costuma tirar o sono de alguns estudantes.

Mas, será que realmente é necessário ter tanto receio? A verdade é que existem diversas técnicas para mandar bem na redação, desde de macetes de escritas, compreensão gramatical até aumento de repertório.

Aliás, o repertório é um dos grandes diferenciais na hora de escrever um texto. Isso porque ele permite ao estudante estabelecer paralelos e relações de causa e consequência diante do tema discutido.

Veja como adquirir o chamado “repertório coringa”, que é também um diferencial no momento de prestar as provas.

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O que é o “repertório coringa para a redação”?

O repertório diz respeito à bagagem cultural de um candidato. Quanto mais livros ele ler, filmes e séries assistir, maior será o repertório.

Por isso, consumir boas produções audiovisuais, acompanhar o noticiário e ter um bom ritmo de estudos são algumas das ações que auxiliam a construção desse repertório.

Já o repertório coringa diz respeito ao domínio ou entendimento de assuntos transversais, que podem ser abordados e discutidos a partir de diferentes pontos de vista e contextos. Pode-se citar alguns exemplos, como o meio-ambiente e Direitos Humanos.

A banca pode cobrar temas relacionados, como o trabalho infantil, a relação entre coleta seletiva e preservação ambiental, acidentes ambientais e problemas sociais.

O candidato que não domine o tema em específico, mas que tenha uma boa compreensão sobre o assunto, pode sugerir soluções viáveis e inteligentes, além de conseguir dissertar sobre o tema sem dificuldade.

Como saber se uma informação é um bom repertório?

Possuir uma informação é diferente de construir um repertório. Em linhas gerais, saber uma informação é ter em mente um dado, uma estatística ou algum acontecimento. Já o repertório diz respeito ao uso e às relações estabelecidas a partir da informação obtida.

Isto é, possui um repertório o candidato que consegue dar um bom uso à informação adquirida. Assim, saber qual é o índice de desemprego ou de saneamento no país é ter uma informação, mas compreender como o desemprego afeta as políticas sociais e como a falta de saneamento compromete o desenvolvimento infantil são exemplos de repertório.

Quando usar o repertório coringa na redação?

O repertório coringa, como o nome sugere, pode ser utilizado quando o candidato não domina o tema, mas possui alguma compreensão sobre ele. Nesse caso, pode-se utilizar frases, livros, situações históricas ou mesmo números, que corroboram o ponto de vista defendido na dissertação.

Em geral, o repertório coringa deve ser utilizado quando o candidato tiver certa dificuldade em desenvolver os argumentos ao longo do texto. esse conjunto de informações pode auxiliar na construção do ponto de vista e validação dos argumentos utilizados.

🔵Leia também: Como é a correção da redação do Enem? E quem são os corretores?

Como aumentar o seu repertório coringa em 4 passos

Como vimos, o repertório é algo a ser construído, adquirido ao longo do tempo. Veja 4 dicas de como aumentar o seu repertório coringa:

1. Assista a jornais, documentários, filmes e séries

Os jornais e os documentários nos mantêm informados sobre o mundo e os seus acontecimentos. Quais são os temas em alta? Os perigos iminentes do nosso tempo e as personalidades mais influentes? Essas são perguntas que podem ser respondidas com os noticiários.

Os documentários, por sua vez, costumam apresentar e discutir temas contemporâneos de modo mais aprofundado do que um jornal diário. Esse tipo de produção nos ajuda a construir um referencial mais sólido, pautado por análises mais profundas.

Já os filmes e as séries podem ser de ficção e abordar temas de modo mais livre. Ainda assim, bons filmes e boas séries auxiliam a compreensão sobre diferentes temas e acontecimentos, além de algumas produções marcam época, se tornando clássicos.

2. Leia de tudo: livros, HQs, portais de notícias…

Sim, a leitura foi e continua sendo um hábito fundamental para a construção de repertórios. Sejam jornais, revistas, livros ou mesmo história em quadrinhos: o importante é ler.

A importância de um texto vai além do seu gênero (ficção, jornalismo, ou outro) e formato (quadrinho ou texto corrido, por exemplo), o que importa é o conteúdo.

Por isso, o importante é conseguir conciliar a leitura de clássicos da literatura, que costumam ser cobrados nos vestibulares, até jornais e textos de autores contemporâneos.

O importante é ter o hábito de leitura e um repertório que abarque conteúdos direcionados para os diferentes públicos.

3. Converse com as pessoas à sua volta

Em geral, as pessoas possuem indicações de livros, filmes e séries que, muitas vezes, nem escutamos falar. Ah, e é quase impossível encontrar dois indivíduos que pensem igual sobre todos os assuntos.

Por isso, conversar com outras pessoas é também uma oportunidade de conhecer e entender outros pontos de vista, de adquirir um repertório único e de entender o porquê de alguém ter um modo de pensar.

4. Afine o seu pensamento crítico

Trabalhar e aprimorar o próprio pensamento crítico é um dos modos mais inteligentes e sagazes de aumentar o repertório. Mas, de que modo? Bem, primeiro deve-se ter em mente que, neste caso, pensamento crítico diz respeito à capacidade de duvidar das próprias ideias e crenças.

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[BÔNUS] Citações coringas para usar nas redações do Enem

Veja, a seguir, citações feitas por personalidades da política, do Direito, da Filosofia e da Cultura. São falas que podem ser utilizadas em redações sobre diferentes temas e assuntos. Confira:

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.”

– Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo.

– George Santayana, filósofo e poeta espanhol.

A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.

– Nelson Mandela, pai da moderna nação sul-africana e líder na luta contra o regime do apartheid.

Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.

– Confúcio, pensador e filósofo chinês.

Temos de nos tornar a mudança que queremos ver.

– Mahatma Gandhi, ativista indiano.

🔵Leia também: O que zera a redação do Enem?

A importância da geopolítica para a redação do Enem

Como vimos, a construção de um repertório demanda tempo e preparação. Nesse contexto, os temas de geopolítica devem ser estudados pelos candidatos.

Esses conteúdos são cobrados nas questões de múltipla escolha, como atualidades ou conhecimentos gerais, e podem ser aproveitados também no repertório da redação.

Afinal, os temas de geopolítica dizem respeito a problemas contemporâneos, que afetam toda a sociedade. Em geral, são questões que possuem diversas dimensões: histórica, econômica, política e social.

Entre os temas que se encaixam nessa categoria, estão:

  • Guerra Fria;
  • Guerra do Vietnã;
  • Guerra do Iraque;
  • Demais conflitos no Oriente Médio;
  • Instabilidade política na América Latina;
  • Problemas socioambientais no continente africano.

Desse modo, um repertório aprofundado em geopolítica ajuda o candidato a ter um bom desempenho nas questões da área de humanidades, nas questões de múltipla escolha, e a realizar uma boa argumentação, na redação.

Por ser abrangente, é necessário dedicar algumas horas de estudos e utilizar a mesma técnica que se usa para adquirir repertório: assistir a jornais, ler livros e estudar sobre diferentes temas.

🔵Leia também: Espelho da redação do Enem: o que é, como consultar e o que é avaliado

Outras dicas para mandar bem na redação

Ter um bom repertório é importante na hora de escrever uma redação, afinal, é necessário defender certo ponto de vista a partir de argumentos e fatos conhecidos por todos.

Mas, além do repertório, há outras dicas que devem ser seguidas por quem quer tirar nota mil na redação do Enem.

1. Conhecer os critérios de avaliação

Quais são, exatamente, os critérios avaliados pela banca examinadora? E qual é o peso, na nota final, de cada item avaliado? Essas são respostas importantes para uma preparação adequada. Já que assim é possível identificar quais são os pontos fortes e fracos do seu texto.

2. Conheça os temas que costumam ser cobrados

O Enem costuma exigir do candidato que proponha uma solução ao problema apresentado e discutido. Além disso, o exame costuma  cobrar temas de relevância social e que nem sempre são tão debatidos pela sociedade.

3. Faça uma boa revisão

Na correria da prova, alguns candidatos acabam escrevendo a redação no rascunho e reescrevendo o texto na folha de entrega. Porém, mais do que passar a limpo, é necessário realizar uma revisão e reavaliação cuidadosa do texto.

Isso porque uma leitura atenta pode identificar não apenas erros ortográficos, como também construções inadequadas e até mesmo problemas na argumentação e na solução apresentada.

Por isso, antes da entrega, certifique-se de que você conseguiu fazer uma revisão cuidadosa do texto, analisando não apenas aspectos gramaticais, como também o conteúdo escrito.

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Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

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