Medo de ficar de fora? Conheça a síndrome de FOMO

Postado em 17 de fev de 2023
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Fear Of Missing Out (FOMO), ou “medo de ficar de fora” na tradução para o português, é um quadro psicológico caracterizado pelo sentimento de ansiedade ao ficar de fora dos acontecimentos sociais.

Esse medo ou ansiedade se manifesta principalmente no uso compulsivo das mídias sociais. 

Neste artigo, vamos esclarecer as principais características da síndrome de FOMO e como é possível superá-la. Você vai conferir:

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O que é FOMO? 

A síndrome de Fear Of Missing Out é um quadro de insegurança psicológica que se caracteriza pela necessidade de estar sempre atualizado sobre o que os outros estão fazendo e sobre o que está acontecendo no mundo.

Insegura com a vida offline, a pessoa vira refém do próprio celular e precisa estar sempre conferindo as mídias sociais, como Facebook, Instagram, Twitter e Youtube.

Apesar de ser utilizado hoje no contexto da psicologia e dos estudos sociais, referindo-se a um comportamento associado ao uso da internet, o termo Fear Of Missing Out surgiu antes da internet.

A palavra foi usada pela primeira vez em 1996 pelo estrategista de marketing Dan Harmen, ao descrever o comportamento dos novos consumidores.

Mais tarde, em 2000, ele registrou o termo em um artigo acadêmico sobre o mesmo tema, publicado no periódico Journal of Brand Management.

Os sintomas da síndrome de FOMO 

  • Dedicar muito tempo às mídias sociais, em todos os turnos do dia;
  • Estar sempre disponível para os outros e aceitar todos os convites para festas e encontros;
  • Viver os momentos já pensando nas fotos para postar nas redes sociais;
  • Conferir constantemente o celular em busca de notificações;
  • Sentir-se frequentemente de mau humor, com irritabilidade fácil.

A síndrome de FOMO pode estar associada a outros quadros psicológicos como ansiedade e depressão, por exemplo. 

Segundo um estudo citado pela revista Time em uma matéria sobre FOMO, a síndrome costuma se instalar em períodos de tristeza. 

Nesse sentido, é preciso estar atento, pois a síndrome de FOMO pode agravar casos psicológicos já existentes. 

É importante ressaltar que o resultado final da busca incessante por estar socialmente incluído e bem informado costuma ser a sensação de vazio e insatisfação pessoal.

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Como a síndrome de FOMO pode atrapalhar a sua vida pessoal e profissional 

Uma das características da síndrome de FOMO é o seu alastramento para todas as esferas da vida. Quem tem FOMO encontra dificuldade para se concentrar no trabalho.

Em geral, a pessoa perde-se no tempo enquanto rola o feed das redes sociais, assistindo vídeos ou lendo notícias em sequência, por exemplo. 

Essa prática pode gerar culpa e falta de rendimento no trabalho, além de causar cansaço pelo excesso de estímulos.

Em paralelo, a síndrome também traz questões para as relações interpessoais.

Uma delas é a dificuldade de manter uma conversa presencial, por conta do hábito de ficar checando as redes sociais.

Outra questão é a dificuldade de entender que as pessoas podem demorar para responder uma mensagem, o que não significa que elas querem mais conversar.

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Medo-de-ficar-de-fora-conheca-a-sindrome-de-FOMO-Menina sentada no chão mexe nas redes sociais.

Como lidar com o FOMO 

A base para superar a síndrome de FOMO é o autoconhecimento e o afastamento gradual das redes sociais. 

No que diz respeito ao autoconhecimento, é importante ressaltar que procurar terapia com profissionais especializados, como psicólogos ou psiquiatras, faz bastante diferença.

Também é essencial perceber a existência da síndrome e como ela impacta negativamente o seu bem-estar.

Esse passo é determinante para desejar uma mudança real e entender que essa mudança trará desafios, especialmente quando já estamos viciados nos aplicativos de rede social.

Mas existem dicas práticas que ajudam neste processo de libertação.

Abaixo, traduzimos e adaptamos algumas dicas publicadas pelo portal Verywell mind, especializado em saúde mental, para ajudar você a superar a FOMO:

Mude o foco

Prefira expor-se ao que você “tem” e não ao que você “não tem”.

Nesse sentido, procure silenciar as pessoas ou contas que te causam algum gatilho de falta ou qualquer sentimento negativo. 

A sua visualização ou curtida não fará diferença e sem esses gatilhos no seu feed, logo você nem lembrará que eles existem. 

Essa não é uma atitude que diz respeito a outras pessoas, mas, sim, a você e à sua saúde mental.

Mantenha um diário

Procure manter um diário impresso ou digital, onde você possa se expressar, registrar fotos e relatos de experiências que te marcaram e que você deseja lembrar.

Isso te ajuda a criar um momento de apreciação das coisas boas que acontecem na sua própria vida, criando um sentimento de autovalorização. 

O diário também pode ser uma forma de evitar expor seus sentimentos e pensamentos online, além de representar um tempo offline de maior qualidade do que você teria nas redes sociais.

Procure conexões reais

As interações proporcionadas pelas redes sociais nunca serão tão nutritivas quanto uma conversa presencial. Pelo contrário, o modo como as redes funcionam provoca sentimentos de falta e ansiedade. 

Com isso, invista naquilo que trará maior compensação. Chame os amigos para conversar, faça planos com eles e experimente fazer coisas novas. 

Se não puder encontrar presencialmente, chame aquele amigo para conversar. Só isso já será mais satisfatório do que se perder no vazio das redes sociais.

Foque no sentimento de gratidão

Estudos mostram que focar no sentimento de gratidão, engajando em atividades como diários de gratidão, ou simplesmente dizendo para as pessoas como é bom tê-las em sua vida, melhora o seu ânimo e de quem está à sua volta.

Quando se está engajado em perceber e agradecer as coisas boas que você já tem, é mais difícil sentir-se como se estivesse perdendo algo. 

No mundo digitalizado, todos nós sofremos em algum nível com sintomas de FOMO. Nesse caso, cabe a cada um avaliar até que ponto essa ansiedade se alastra e afeta a sua saúde mental.

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Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

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