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História do EAD: como a modalidade surgiu e o que mudou até hoje?

Postado em 14 de abr de 2023
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Em 2019, pela primeira vez, o número de matrículas em cursos a distância em instituições particulares ultrapassou o número de matrículas em cursos presenciais.

Esse número é um marco importante para o EAD e mostra que o estigma que um dia existiu sobre a modalidade ficou no passado.

Desde o início do século XXI, o EAD vem ganhando cada vez mais espaço no ensino superior.

Entre as décadas de 2010 e 2020, por exemplo, a modalidade cresceu 474% em oferta, enquanto o número de ingressantes no ensino presencial diminuiu 23,4%.

Mas você sabe o que levou a esse fenômeno e como o ensino a distância surgiu?

Neste artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre a história do EAD, como essa modalidade conquistou seu espaço no ensino superior e o caminho que ela percorreu até se tornar o tipo mais popular de graduação entre os brasileiros.

Confira:

Descubra quantos cursos de graduação existem no Brasil!

Qual é a origem do EAD?

Apesar de parecer uma invenção recente, a história do EAD começa no século XVIII.

Na época, se tornou comum publicar cartas de divulgação científica em jornais e periódicos. Com essas cartas, era possível ensinar a população que tinha acesso aos periódicos sobre descobertas científicas e avanços tecnológicos.

Essa prática ainda não podia ser chamada de ensino a distância, mas foi a partir dela que e educação através de correspondência se popularizou. Durante a primeira metade do século XIX, educadores enviavam lições e conceitos pelo correio para seus alunos.

Em 1856, foi fundada a primeira escola por correspondência, que era destinada ao ensino de línguas. Mas em seguida, diversos outros cursos foram surgindo, como formação de docentes para escolas dominicais, contabilidade e medidas de segurança para o trabalho na mineração.

O ensino por correspondência chegou às faculdades no final do século XIX.

Em 1891, a Universidade de Wisconsin começou a lecionar a distância seus cursos de extensão. Seguindo o exemplo, a Universidade de Oxford e o Instituto Hermod criaram seus cursos por correspondência nas áreas de certificação de professores.

A ampliação do EAD no século XX

Foi durante o século XX, especialmente entre a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, que o ensino a distância teve seu primeiro boom no mundo inteiro.

Essa ampliação aconteceu principalmente por conta das novas tecnologias (como telégrafo e rádio), aumento do interesse por educação formal e aperfeiçoamento dos correios, meios de transporte e estradas.

Em 1922, a União Soviética lançou um sistema de educação por correspondência que atendia 350 mil pessoas. Em 1939, a França criou seu próprio programa. Durante esse período, o rádio também começou a ser bastante usado como meio de educação da população.

Nos anos 1960 e 1970, o EAD começou a expandir e inovar no uso de tecnologias.

O conteúdo principal ainda era oferecido em formato de apostilas e enviados pelos correios, mas as instituições de ensino começaram a recorrer às fitas VHS e K-7.Nos anos 1990, a internet e os meios digitais começaram a ser utilizados como recursos para o ensino a distância.

🔵 Leia mais: O que é curso EAD? Tire todas as suas dúvidas!

História do EAD no Brasil

A história do EAD no Brasil começou, a valer, em 1934.

Naquele ano, instalou-se a Rádio-Escola Municipal do Rio de Janeiro, uma emissora de rádio dirigida por Anísio Teixeira, que oferecia conteúdos educativos. A iniciativa também enviava previamente folhetos e esquemas de aulas para os alunos pelo correio.

Já nos anos 1970, surgiu o Telecurso.

Oferecido pela Fundação Roberto Marinho, o telecurso era um programa de apoio ao ensino fundamental e médio. Ou seja, trazia conteúdos supletivos. As aulas eram transmitidas através da Rede Globo para milhares de brasileiros.

A partir da iniciativa do Telecurso, diversas instituições começaram a investir em oferecimento de conteúdos à distância pelo correio sendo complementados por conteúdos transmitidos via áudio e vídeo no país.

Em 1994, devido à expansão da internet no Brasil, o meio digital também começou a ser utilizado como recurso para o ensino a distância.

O que a legislação diz sobre o EAD?

Apesar de o ensino a distância estar presente desde o início do século XX no Brasil, a primeira lei de regulamentação da modalidade veio em 1996.

A Lei 9.934 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e reconhece o EAD como uma das modalidades de ensino existentes no país.

Na lei, o Art. 80 diz que: "O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada".

Já o Decreto 9.057, de 2017, traz diretrizes específicas para o EAD.

Nele, fala-se sobre a necessidade de se obter credenciamento para ofertar cursos de graduação e pós-graduação lato sensu a distância, e sobre a infraestrutura física, tecnológica e de pessoal.

🔵 Leia mais: Tipos de faculdade: diferenças entre presencial, semipresencial e EAD

Por que o EAD cresceu tanto no país?

Desde que começou a ser ofertada, a graduação EAD tem conquistado estudantes pela flexibilidade e economia da modalidade.

Segundo dados do Instituto SEMESP, 67,5% dos estudantes do ensino superior hoje são pessoas que trabalham e têm família.

Ou seja, são alunos que tem menos tempo livre e menos recursos para investir na graduação. Mas como conhecem a importância do ensino superior para a vida profissional e pessoal, têm preferência pela comodidade e economia do EAD.

Na modalidade, as aulas acontecem pelo ambiente virtual de aprendizagem, então não existe a necessidade de o estudante estar presencialmente em sala de aula e nem a necessidade de a instituição investir em estrutura física.

Isso resulta em economia de tempo de deslocamento para o aluno, flexibilidade de decidir quando e de onde assistir aulas e economia na mensalidade da faculdade.

O aumento do acesso dos brasileiros à internet também pode ser apontado como um fator relevante para o aumento da adesão ao ensino a distância. Segundo dados da Casa Civil, 90% da população do nosso país já tem acesso à internet.

Podemos citar, inclusive, um quarto fator para a popularidade crescente do EAD: a Pandemia de Covid-19. Sabemos que a oferta de cursos à distância aumentou no período e, que muitas instituições tiveram que aderir ao remoto.

Porém, dados da Agência Brasil mostram que, mesmo depois do controle da pandemia, muitos alunos continuaram aderindo ao EAD. Ou seja, essa é uma modalidade que veio para ficar!

O EAD é uma boa opção?

Como você viu, o ensino a distância é uma ótima opção para quem busca uma graduação flexível e econômica. Mas pode ser que ainda exista uma dúvida na sua cabeça: será que o EAD tem a mesma qualidade do presencial?

E a resposta é que: sim!

O EAD é apenas uma modalidade diferente de ensino, que exige maior maturidade e comprometimento do aluno porque ela pede maior autonomia. Então, se você é uma pessoa que não tem disciplina, provavelmente o EAD não será uma boa opção.

Nesse caso, você não vai conseguir aproveitar o conteúdo oferecido da mesma maneira que aproveitaria se estivesse presente em sala de aula.

Por isso, tenha autoconhecimento na hora de escolher a modalidade. Pode ser que a dúvida sobre a qualidade do EAD esteja mais na sua aptidão de estudar online ou não.

Mas se você for uma pessoa disciplinada, vai conseguir tirar bom proveito do EAD.

Por isso, conheça na listagem abaixo, instituições de ensino de qualidade que oferecem cursos de graduação alinhados com as necessidades do mercado:

Todas as instituições citadas acima são reconhecidas pelo MEC e oferecem cursos com alta avaliação na pasta. Além disso, elas oferecem bolsas de estudos e descontos especiais!

Leia também:

Como escolher uma faculdade EAD

 

Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

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