As 6 teorias da Administração que todo estudante precisa conhecer

Postado em 30 de abr de 2021
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Ao longo do tempo, diversas teorias da administração surgiram para buscar encontrar a melhor forma de gerir uma organização.

Embora cada uma tenha vantagens e desvantagens, todas contribuíram de certa forma para o conhecimento geral de gestão que temos hoje.

Portanto, é importante conhecer um pouco sobre as abordagens, afinal, quem sabe você pode tirar um insight de como melhorar algum aspecto na empresa em que você trabalha?

Confira um resumo sobre as principais teorias administrativas a seguir! Continue lendo:

 

1. Administração Científica

A Administração Científica foi um conjunto de regras e sistemas com o objetivo de aumentar a produtividade dos colaboradores, utilizando como base métodos científicos (por isso, o nome da teoria).

Em uma metodologia científica, os processos são sistematizados seguindo um padrão. Nesse caso, a intenção era trazer essa abordagem para as fábricas e padronizar as etapas e tarefas dos operários, além de determinar um prazo de execução e processos de produção.

Esse modelo foi introduzido por Frederick Taylor (1856-1915) entre o final do século XIX e o início do século XX e intensamente aperfeiçoado e aplicado por Henry Ford (1863-1947) em sua linha de montagem de carros. 

Um homem, possivelmente Frederick W. Taylor, observa um engenheiro trabalhando em Midvale Steel Company, na Filadélfia, em 1885. Kheel Center Cornell University.Frederick W. Taylor observa um engenheiro trabalhando em Midvale Steel Company, em 1885. Kheel Center Cornell University. 

Para você ter uma noção, o tempo de produção de um carro era de 500 minutos no final do século XIX e, nas fábricas da Ford em 1909, o tempo estimado era de 2 minutos.

Logo, o modelo se expandiu para outros mercados e ficou conhecido como Organização Racional do Trabalho. Como o nome indica, essa teoria da administração buscava organizar o trabalho de forma racional, aproveitando ao máximo a disponibilidade do funcionário.

Charlie Chaplin no filme "Tempos Modernos" (1936). Museum of Modern Art/Film Stills Archive. Charlie Chaplin no filme "Tempos Modernos" (1936). Museum of Modern Art/Film Stills Archive

Contudo, se você assistiu ao filme “Tempos Modernos” (1936) de Charles Chaplin, sabe que essa metodologia apresentou os seus problemas. Ela encarava o funcionário como se fosse uma máquina, focando apenas na parte operacional, o que acaba provocando diversas doenças ocupacionais e outros desafios.

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2. Teoria Clássica

A Teoria Clássica foi o método que enfatizou a necessidade de uma estrutura organizacional. Surgiu logo em seguida à Teoria Científica e ganhou notoriedade na Europa com o francês Henri Fayol (1841-1925). 

Jules Henri Fayol, aos 70 anos de idade. Domínio Público Wikimedia Commons. Jules Henri Fayol, aos 70 anos de idade. Domínio Público/Wikimedia Commons

Nessa metodologia, todos os colaboradores possuem funções e cargos bem definidos, seguindo um padrão vertical, com uma hierarquização. Nesse caso, os funcionários deveriam obedecer às ordens dos superiores.

Assim como outras teorias de Administração, essa tem alguns princípios: 

  • Cada colaborador deve cumprir a sua função;
  • Existe apenas uma unidade de comando;
  • Deve-se respeitar as regras e hierarquia;
  • Interesses gerais estão acima dos individuais;
  • Os colaboradores devem atuar em união;
  • A remuneração precisa ser justa;
  • É importante buscar a estabilidade dos funcionários.

Na prática, é uma teoria bem prescritiva e formal, na qual os trabalhadores deveriam seguir uma série de normas da gerência e respeitar a hierarquia.

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3. Teoria Burocrática

Criada pelo sociólogo alemão Max Weber (1864-1920), a Teoria Burocrática é um método que consiste na estruturação formal da empresa.

O sociólogo Max Weber em 1918. Domínio Público Wikimedia Commons.O sociólogo Max Weber em 1918. Domínio Público/Wikimedia Commons

Nesse caso, burocracia não é no sentido de “chato” ou trabalhoso como conhecemos. A intenção é evitar que a organização faça escolhas ou cumpra atividades com base na arbitrariedade.

Portanto, deve-se definir as atividades e orientações formalmente, ou seja, por escrito. É preciso redigir um documento com todas as informações referentes a regras e funções para evitar confusões ou problemas de comunicação.

Segundo Weber, a corporação deveria apresentar alguns princípios:

  • Direitos e deveres precisam ser bem definidos conforme cada cargo;
  • Deve-se contratar funcionários seguindo uma igualdade técnica, ou seja, com base na competência técnica;
  • Em caso de exercício de posições e funções parecidas, deve ocorrer a equiparação salarial;
  • Promoções ocorrem apenas mediante normas e critérios objetivos, sem considerar favoritismo ou relações pessoais.

De maneira geral, o foco é tornar a gestão da empresa a mais organizada e objetiva possível.

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4. Teoria das Relações Humanas

Quase uma década após o desenvolvimento das teorias de Administração mais voltadas para a produtividade da empresa, as relações humanas finalmente ganham o foco.

Nesse modelo, os elementos psicológicos e sociológicos dos colaboradores mostram a sua importância no ambiente de trabalho.

Desse modo, pautas como motivação, trabalho em equipe, comunicação e democracia ganham mais notoriedade, já que os líderes percebem que a satisfação dos colaboradores é fundamental para a produtividade e os resultados da organização.

Alguns princípios da Teoria das Relações Humanas são:

  • O colaborador não é uma máquina, então, não pode ser reduzido apenas a tarefas operacionais;
  • Todos possuímos necessidades que vão além da recompensa salarial, como aprovação social e autorrealização;
  • Lideranças precisam ser democráticas e permitir a participação dos colaboradores nos processos e decisões.

Desse modo, a dinâmica de trabalho passa a ser menos formal e mecânica. A liderança, por sua vez, é mais participativa e carismática.

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5. Teoria Comportamental da Organização

Assim como a anterior, essa é uma das teorias de Administração voltadas para as pessoas. Nesse caso, o comportamento do colaborador ganha o interesse dos psicólogos e especialistas.

A Teoria Comportamental da Organização é um termo guarda-chuva para uma série de teorias, sendo as principais:

  • Teoria de Maslow (1943): mostra a hierarquia de necessidades humanas — fisiológica, segurança, social, autoestima e autorrealização;
  • Teoria dos dois fatores (1959): segundo o psicólogo americano Frederick Herzberg (1923-2000), os fatores higiênicos e motivacionais são as que influenciam na conduta profissional no trabalho. 
  • Teoria X e Y (1960): desenvolvida pelo economista americano Douglas McGregor (1906-1964), traz as duas perspectivas (lazer x obrigação) dos colaboradores em relação ao trabalho.

Dentro da faculdade, você percebe que a Teoria Comportamental da Organização e a Teoria das Relações Humanas se complementam. Contudo, a primeira se concentra no aspecto comportamental individual do colaborador, enquanto a segunda foca no grupo.

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6. Teoria Contingencial

A Teoria Contingencial é uma abordagem que estudou todas as teorias de administração anteriores e chegou à surpreendente conclusão: não existe um único modelo ideal.

Pesquisadores como Alfred D. Chandler (1918-2007) defendiam que a organização é um sistema aberto e não existe apenas uma maneira de geri-la. É preciso adaptar conforme diferentes cenários e perfis.

Por exemplo, grandes redes de fast food, como a Subway e o McDonald’s, mesmo mantendo os valores e forma de produção em suas milhares de unidades, adaptam-se também às mudanças culturais e perfil da população.

Além disso, a Teoria Contingencial considera as mudanças da tecnologia e como a administração deve utilizá-la ao favor da organização.

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Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

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