A diferença entre teocentrismo e antropocentrismo [Filosofia no Enem]

Redação Blog do EAD • 13 de junho de 2024

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    Ao estudar para Enem, é preciso se concentrar nos temas mais importantes para dar conta de tudo. Na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias , os estudos sobre teocentrismo e antropocentrismo estão entre os mais cobrados pelo exame.

    Isso porque essas duas ideias foram muito importantes para a curso histórico da filosofia e da sociedade como um todo, sendo essencial que os candidatos saibam compreendê-las e diferenciá-las.

    A seguir, falamos mais sobre os conceitos de teocentrismo e antropocentrismo para você se preparar para o Enem. Fique conosco!

    Aqui você vai conferir:

     

     

    As principais ideias do teocentrismo

    A palavra “teocentrismo” vem do grego e seu significado se dá a partir da junção de duas outras palavras: theos, de "Deus", e kentron, de "centro". Ou seja, podemos dizer que teocentrismo é o mesmo que "Deus como centro".

    Tendo esse entendimento do significado, é possível afirmar que a doutrina teocêntrica enxerga a figura de Deus como centro de tudo. Assim, os fundamentos de Deus são entendidos como os que deveriam reger a sociedade.

    Essa concepção também deposita na figura de Deus as explicações para os acontecimentos – desde o surgimento da humanidade até para onde vamos depois de mortos.

    Essa corrente de pensamento esteve vigente durante a Idade Média, quando a religião Católica era um forte componente social, determinando regras, comportamentos e decisões sociais. A Igreja era considerada um dos principais poderes da época.

    Para se ter um exemplo, a usura (lucro excessivo) era considerada pecado e, por isso, condenada e desestimulada pela Igreja. Da mesma maneira, acreditava-se que os reis eram representantes de Deus.

    De acordo com o teocentrismo, o ser humano, para se realizar e conseguir ser salvo após a morte, precisava se submeter às vontades e desejos de Deus. Essas regras eram ditadas pela própria Igreja, que também detinha poder sobre o conhecimento.

    Nessa mesma linha, pensamentos empíricos (científicos, com base em testes) eram considerados heresias e pecados.

    O teocentrismo na Idade Média

    Como vimos, o teocentrismo é a doutrina que vigorou principalmente na Idade Média. Afinal, foi nesse período que a Igreja Católica mais teve poder sobre a sociedade, passando pelas determinações de política,   ética   e economia.

    Uma informação relevante para compreender esse cenário é que antes da Reforma Protestante as bíblias eram todas em latim, uma língua destinada apenas aos membros da Igreja. Dessa forma, o povo não tinha acesso a esse documento.

    Por isso, é possível afirmar que a concepção teocêntrica limitava também o conhecimento, pois era baseado na bíblia, que poucos tinham acesso.

    Com isso, baseado na religião, acreditava-se que Deus era a explicação para tudo e, por isso, a única salvação era segui-lo e aceitar todas as ideias relacionados a sua figura.

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    O que mudou com o antropocentrismo

    O antropocentrismo é o conceito que ressalta o homem, o ser humano, como figura importante da história, da sociedade e política, considerando-o como ser dotado de inteligência para realizar suas ações no mundo.

    A palavra também vem do grego, unindo anthropos, de “humano”, com kentron, de “centro”. Ou seja, antropocentrismo é “homem no centro”. Nesse caso, o ser humano é visto como crítico, racional e capaz de conduzir sua própria existência.

    Dessa maneira, fica fácil perceber que o teocentrismo e o antropocentrismo são ideias opostas. O antropocentrismo, enquanto corrente filosófica, surgiu exatamente como um questionamento da ideia de que Deus seria a explicação de tudo.

    O antropocentrismo é, portanto, a ideia de que o homem é a figura central da cultura, da ciência e da sociedade e que deve ser considerado como principal referência na maneira como o mundo é visto, organizado e entendido.

    Esse movimento veio logo após o fim da Idade Média e início da Idade Moderna, sendo um marco para a história. Afinal, uma série de mudanças aconteciam na sociedade da época, como a diminuição do poder social da Igreja Católica na Idade Moderna.

    Por ter uma visão de que o homem é um ser capaz de questionar e entender o mundo, o antropocentrismo abriu espaço para que os primeiros estudos empíricos de matemática e de ciência começassem a surgir.

    Foi nessa época, por exemplo, que surgiu o modelo do   Heliocentrismo   , com os planetas girando ao redor do sol.

     
    O antropocentrismo na Idade Moderna

    O antropocentrismo também é conhecido por ser um movimento da Renascença. Ou seja, da retomada, renascimento, da ideia do homem como ser independente e capaz de tomar suas ações (algo valorizado anteriormente na Grécia e Roma Antiga).

    Por isso, é um marco da Idade Moderna, quando era buscado um distanciamento cada vez maior das instituições religiosas, visto que a ideia teocêntrica vinha sendo combatida. É importante lembrar que, com a Reforma Protestante, a Igreja Católica perdeu sua hegemonia na passagem da Idade Média para a Moderna.

    Por isso, no âmbito de história e sociedade, a Idade Moderna é vista como um berço do antropocentrismo, já que era terreno fértil para que ideias voltadas ao ser humano ganhassem mais espaço.

    Um símbolo bastante marcante desse período histórico é a imagem do   Homem Vitruviano   (1590), de Leonardo DaVinci, que desenhou o homem nas proporções consideradas perfeitas pela matemática.

    O humanismo italiano

    O antropocentrismo também serviu de base para outro movimento muito importante: o humanismo. De acordo com esse conceito, o homem é o centro das questões científicas, filosóficas, artísticas e culturais.

    Dessa maneira, o humanismo teve papel muito importante no desenvolvimento de diversas áreas de pesquisa.

    A partir desse pensamento, os cientistas passaram a formular suas teorias de maneira mais ampla, contribuindo com conhecimentos que levaram ao entendimento do mundo como um todo.

    Esse é o caso de Isaac Newton, por exemplo, que descobriu a gravidade, e também dos estudos de   Filosofia Moderna   , que moldam diversos pontos da sociedade até hoje.

    Foram também o antropocentrismo e o humanismo que levaram ao entendimento desses estudos científicos como formais, sendo acrescentados nas escolas de formação da época.

    Viu como esse assunto é bastante importante para a prova do Enem? Além da parte de filosofia, é um conteúdo também válido para as questões de história e sociologia e até para a redação do Enem.

    Agora que você já sabe a diferença entre teocentrismo e antropocentrismo, continue em nosso blog e veja mais dicas para o Enem. Por exemplo, você sabe como preencher seu cartão resposta da melhor maneira?   Descubra aqui!

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