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Você sabia que um dos principais conteúdos da prova de Ciências Humanas do Enem é filosofia moderna?
A prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias reúne questões de história, geografia, sociologia e filosofia . Em média, pelo menos 15 das 45 questões que compõem a prova são especificamente de filosofia.
Essas questões passam por diversos campos dos estudos filosóficos, mas um dos principais é a filosofia moderna.
Esse assunto aparece em todas as edições do Enem e ganha um número considerável de questões, merecendo, assim, sua atenção na hora dos estudos.
Quer saber mais sobre filosofia moderna no Enem? Continue conosco e entenda tudo sobre o assunto!
Aqui você vai conferir:
A filosofia é dividida em fases a partir das semelhanças que os filósofos possuem entre si. Um destes períodos é a filosofia moderna.
A filosofia moderna começou no século XV, quando teve início a Idade Moderna.
Esse período marca a transição do pensamento medieval, fundamentado na fé e nas relações entre os homens e Deus, para o pensamento antropocêntrico (homem no centro do mundo).
É nessa fase que a humanidade se torna o grande objeto de estudos.
O racionalismo e o empirismo , principais correntes de pensamento construídas no período, demonstram essa mudança. Ambas visam dar respostas sobre a origem do conhecimento humano. O primeiro associando à razão humana e o segundo, baseado na experiência.
Esse período da história da humanidade reúne diversas descobertas científicas, especialmente nos campos da astronomia, ciências naturais, matemática e física. Esse avanço científico foi o principal fator para a mudança do pensamento teocêntrico para antropocêntrico.
Abaixo, listamos alguns conceitos-chave para compreender a filosofia moderna:
Os filósofos modernos que mais aparecem nas questões do Enem
A seguir, apresentamos os principais pensadores da filosofia moderna. Confira:
René Descartes foi um filósofo e matemático francês. Ele foi o criador do pensamento cartesiano — sistema filosófico que deu origem à filosofia moderna.
Sua principal obra é O Discurso sobre o Método , de 1637: um tratado filosófico e matemático que lançou as bases do racionalismo como a única fonte de conhecimento.
É neste livro que se encontra uma das frases mais famosas do filósofo: “Penso, logo existo”. Nessa obra, o pensador expõe quatro regras para se chegar ao conhecimento:
A filosofia de Descartes propôs um método nunca acreditasse no falso e que fosse totalmente fundamentada na verdade. Ele sugeriu uma nova visão da natureza, que anulava o significado moral e religioso da época.
Sua crença é de que ciência deveria ser prática e não especulativa como acontecia na época.
Nicolau Maquiavel foi um filósofo político, historiador, estadista e escritor italiano. Interessado pelos problemas de seu tempo, Maquiavel participou ativamente da política, aprofundando seus estudos na área.
É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de ter escrito sobre o Estado e o governo como realmente são, e não como deveriam ser.
A obra “O Príncipe”, escrita em 1513, e publicada postumamente em 1532, é sua obra-prima.
O livro é um manual sobre a arte de governar e foi inspirado no estilo político de César Bórgia, um dos mais ambiciosos comandantes italianos.
Indignado com a decadência política e moral da Itália, o autor dirige conselhos a um príncipe imaginário, com o único objetivo de unificar a Itália e criar uma nação moderna e poderosa.
Para Maquiavel, o importante era realizar o desejo projetado, mesmo sob qualquer forma de governo – monarquia ou república, e por qualquer meio, inclusive pelo uso violência e opressão.
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Francis Bacon foi um filósofo, político inglês e um dos fundadores do método indutivo de investigação científica — o qual estava baseado no empirismo.
Ele criou um modelo de investigação baseado na observação precisa e minuciosa dos fenômenos naturais.
Seu objetivo com esse método era combater os erros provocados pelas crenças nos “ídolos”. Segundo o pensador, essa metodologia estaria dividida em quatro etapas:
Seus estudos contribuíram para a história da ciência moderna.
4. Thomas Hobbes
Sua filosofia é dividida em duas vertentes: o campo da Filosofia teorética e da Filosofia prática.
No campo teorético, Hobbes era um empirista, defendendo que não há qualquer tipo de representação mental anterior à experiência.
Contudo, a grande produção filosófica do pensador está ligada à Filosofia prática, ou seja, à Filosofia política. No campo político, o pensador defendeu:
5. Adam Smith
Adam Smith foi um economista e filósofo social escocês.
No século XVIII, a economia não era um assunto específico, fazia parte da “Filosofia Moral”. Adam Smith foi o primeiro filósofo a reconhecer que as ações de mercado mereciam um estudo cuidadoso.
É por isso, inclusive, que o filósofo é conhecido como o Pai da Economia Moderna.
Ele é o mais importante teórico do liberalismo econômico do século XVIII. Sua principal obra, "A Riqueza das Nações", é referência para os economistas até os dias de hoje.
Conceitos como mão invisível, divisão do trabalho, mercantilismo e fisiocracia são essenciais para entender seu pensamento.
John Locke foi um filósofo inglês e é um dos nomes mais importantes do empirismo. Locke afirmava que o conhecimento era proveniente da experiência, tanto de origem externa, nas sensações, quanto nas internas, através das reflexões.
No campo da política, o pensador defendia a liberdade intelectual e a tolerância.
Ele foi precursor de muitas ideias liberais, que só floresceram durante o iluminismo francês no século XVII. Locke criticou a teoria de direito divino dos reis, formulada pelo filósofo Thomas Hobbes.
Montesquieu foi um dos mais importantes filósofos e pensadores do iluminismo francês, ao lado de Voltaire e Rousseau.
Ele foi um dos principais intelectuais iluministas que sustentaram teoricamente a Revolução Francesa , que aconteceria em 1789, 34 anos após a sua morte.
A principal contribuição do filósofo foi a ideia de tripartição dos poderes do Estado. Ou seja, a separação dos poderes estatais, sistematizados em três tipos: executivo, legislativo e judiciário.
François Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire , foi outro filósofo importante do iluminismo.
Os ideais de Voltaire estavam bem alinhados com os de outros iluministas franceses, mas com alguma ênfase na questão da liberdade.
Ele acreditava que o ser humano deveria ser livre para expressar sua vida criativa, sem interferências de cunho moral e religioso. Ele também era contra o absolutismo e a favor da separação entre Igreja e Estado.
O pensador foi um dos primeiros defensores da ideia de Estado Laico.
Voltaire também era absolutamente a favor da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão, além da liberdade religiosa e da tolerância.
Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo e escritor franco-suíço.
Ele foi um dos grandes intelectuais do iluminismo francês, sendo considerado também um precursor do socialismo e do romantismo.
No campo da filosofia, a ideia de contrato social é um dos principais assuntos de debate.
Rousseau se baseia no pressuposto de que o estado de natureza humana é bom e a formação do pacto social (tal como foi estabelecido até então) o corrompe.
Immanuel Kant foi um filósofo alemão com influência iluminista.
Ele buscou explicar os tipos de juízos e conhecimento desenvolvendo um “exame crítico da razão”.
A filosofia kantiana buscou criar uma ética cujos princípios não se baseassem na religião e, sim, em um conhecimento fundamentado na sensibilidade e no entendimento.
Questões do Enem de filosofia moderna para praticar
Agora que você já entende o que é filosofia moderna e conhece seus principais representantes, vamos descobrir como esse assunto é abordado no Enem?
Confira algumas questões de edições passadas do Enem sobre filosofia moderna:
1 - (Enem 2019) TEXTO I
Duas coisas enchem o ânimo de admiração e veneração sempre crescentes: o céu estrelado sobre mim e a lei moral em mim.
KANT, I. Critica da razão prática. Lisboa: Edições 7
TEXTO II
Duas coisas admiro: a dura lei cobrindo-me e o estrelado céu dentro de mim.
FONTELA, O. Kant (relido). In: Poesia completa. São Paulo, Hedra, 2015.
A releitura realizada pela poeta inverte as seguintes ideias centrais do pensamento kantiano:
Gabarito: E
2 - (Enem PPL 2019) TEXTO IEu queria movimento e não um curso calmo da existência. Queria excitação e perigo e a oportunidade de sacrificar-me por meu amor. Sentia em mim uma superabundância de energia que não encontrava escoadouro em nossa vida.
TOLSTÓI, L. Felicidade familiar. Apud KRAKAUER, J. Na natureza selvagem. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
TEXTO II
Meu lema me obrigava, mais que a qualquer outro homem, a um enunciado mais exato da verdade; não sendo suficiente que eu lhe sacrificasse em tudo o meu interesse e as minhas simpatias, era preciso sacrificar-lhe também minha fraqueza e minha natureza tímida. Era preciso ter a coragem e a força de ser sempre verdadeiro em todas as ocasiões.
ROUSSEAU, J.-J. Os devaneios do caminhante solitário. Porto Alegre: L&PM, 2009.
Os textos de Tolstói e Rousseau retratam ideais da existência humana e defendem uma experiência
Gabarito: E
3 - (Enem 2016)
TEXTO I
Até aqui expus a natureza do homem (cujo orgulho e outras paixões o obrigaram a submeter-se ao governo), juntamente com o grande poder do seu governante, o qual comparei com o Leviatã, tirando essa comparação dos dois últimos versículos do capítulo 41 de Jó, onde Deus, após ter estabelecido o grande poder do Leviatã, lhe chamou Rei dos Soberbos. Não há nada na Terra, disse ele, que se lhe possa comparar.
HOBBES, T. O Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
TEXTO II
Eu asseguro, tranquilamente, que o governo civil é a solução adequada para as inconveniências do estado de natureza, que devem certamente ser grandes quando os homens podem ser juízes em causa própria, pois é fácil imaginar que um homem tão injusto a ponto de lesar o irmão dificilmente será justo para condenar a si mesmo pela mesma ofensa.
LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Petrópolis: Vozes, 1994.
Thomas Hobbes e John Locke, importantes teóricos contratualistas, discutiram aspectos ligados à natureza humana e ao Estado. Thomas Hobbes, diferentemente de John Locke, entende o estado de natureza como um(a)
Gabarito: A
4 - (Enem 2019) TEXTO I
Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980
TEXTO II
Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa?
Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo
Por Redação Blog do EAD
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