Precisa tomar decisões rápidas? Conheça o Ciclo OODA

Postado em 2 de mai de 2021
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O ciclo OODA é uma ferramenta para solucionar problemas e ajudar a tomar decisões rápidas. 

Criado por um coronel para ser utilizado por pilotos de caça em batalha, o ciclo OODA é uma ótima maneira de encontrar uma solução rápida para um problema urgente. 

E por isso, está se tornando um queridinho do ambiente corporativo. 

Neste artigo, vamos conversar sobre o que é o ciclo OODA, como ele surgiu, como funciona e como está sendo utilizado no mundo do trabalho. 

Você vai conferir: 

 

O que é o Ciclo OODA? 

O Ciclo OODA, como mencionamos, é uma ferramenta de tomada rápida de decisão. 

Ele tem um funcionamento muito simples, que ajuda a resolver problemas em situações de pressão, volatilidade e urgência. 

Sendo linear, o ciclo OODA apresenta quatro etapas, que devem ser seguidas uma da outra. Confira: 

  1. Observação;
  2. Orientação;
  3. Decisão;
  4. Ação. 

Isso significa que, diante de uma situação de urgência, uma pessoa deve observar o contexto em que está inserido, orientar-se sobre as soluções disponíveis, decidir qual vai seguir e tomar ação de acordo com a decisão escolhida. 

Observando os resultados, recomeça-se o ciclo para tomar a próxima ação. 

Como o ciclo OODA surgiu 

Pode-se definir o início do ciclo OODA na década de 1970 nos Estados Unidos. 

O Coronel John Boyd era coronel da Força Aérea e entendeu que seus pilotos precisavam de orientação quanto às decisões tomadas dentro de seus caças. 

O momento em que os pilotos se encontravam era um momento de bastante pressão, então qualquer decisão precisava ser estratégica e racional para não se tornar fatal. 

Pelo que se sabe, o Coronel Boyd era um ótimo estrategista, o que o levou a criar o ciclo OODA e popularizá-lo entre o exército americano. 

Dentro do contexto militar, o ciclo OODA se mostrou tão valioso que começou a se espalhar para outros contextos, como o mundo corporativo.

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Quais foram os princípios utilizados na criação do ciclo OODA? 

E para criar o ciclo OODA, o Coronel Boyd se inspirou em princípios que não estavam apenas dentro do universo militar. 

Ele se baseou em ideias filosóficas e científicas de incerteza e ambiguidade. Confira os princípios utilizados: 

Teoremas da incompletude de Gödel 

O primeiro dos princípios é, em resumo, uma prova de que algumas situações dentro da matemática nunca poderão ser comprovadas. 

Ou seja, para este modelo lógico, a realidade é incompleta. Logo, tudo deve ser constantemente adaptado diante de novas observações. 

Princípio da incerteza de Heisenberg 

O segundo princípio fala sobre não conseguirmos determinar, de maneira simultânea, a posição e a velocidade de uma partícula ou corpo. 

O Coronel Boyd utilizou esse princípio porque ele acreditava que, mesmo que se conseguisse ter uma observação precisa de um campo, ainda existiria a incerteza sobre outro. 

Dessa forma, podemos entender que existe uma limitação ao se observar a realidade. 

2ª lei da termodinâmica 

Por fim, o terceiro princípio utilizado fala sobre como a resolução de problemas precisa estar em comunicação com o mundo exterior e não se tornar um sistema fechado. 

Na termodinâmica, existe o conceito da entropia, que é associado à aleatoriedade de um sistema. 

Logo, o Coronel Boyd entendeu que esse princípio poderia afetar os pilotos de caça e qualquer pessoa diante de uma decisão importante.

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O Ciclo OODA no ambiente corporativo 

E ainda que a origem do ciclo OODA tenha sido no ambiente militar, não demorou para que empresários descobrissem seu valor nos negócios. 

Isso porque a tomada rápida de decisões é uma necessidade do mundo corporativo, especialmente porque esse mundo pode ser um ambiente volátil e de grande competitividade. 

O Coronel Boyd pregava que a maior vantagem do ciclo OODA era que os pilotos se tornavam imprevisíveis para os adversários. E essa também é uma vantagem no mundo corporativo. 

Agir com precisão e velocidade, então, é um diferencial. 

Por tudo isso, o ciclo OODA se tornou uma heurística, uma espécie de atalho mental que é realizado de forma intuitiva e tácita. 

Dentro do mundo corporativo, as etapas têm as seguintes facetas: 

  1. Observar: significa entender o contexto em que uma pessoa se encontra e tem como objetivo ter uma visão ampla do exterior. Para uma organização, esta etapa fala sobre estudo de concorrência, lacunas de mercado, tendências e tecnologias disponíveis.
  2. Orientar: depois de observar o ambiente, a etapa de orientação fala sobre possíveis soluções. Ou seja, aqui vale a análise de dados e fatos, além de experimentações e testes.
  3. Decidir: após ter listadas as possíveis soluções, a terceira etapa é a escolha do melhor caminho pelo qual seguir. O ideal é escolher a solução mais adequada ao contexto. Pode ser que a solução escolhida traga mais de uma ação, então é preciso entender qual é o valor de cada uma e se o contexto demanda que elas sejam tomadas em conjunto.
  4. Agir: esta é a hora de colocar a mão na massa e aplicar a solução decidida no passo anterior. 

Dentro do mundo dos negócios, é comum ver o ciclo OODA ser utilizado em iniciativas de marketing e investimentos, como day trade.

Isso porque essas são duas áreas que demandam resposta rápida para evitar prejuízos.

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Quando usar e quando NÃO usar o Ciclo OODA 

Como dissemos acima, o ciclo OODA é bastante utilizado no mundo dos negócios em iniciativas mais imediatas, como decisões de marketing e investimentos. 

Porém, ele também pode ser utilizado na vida pessoal de alguém. Nesse caso, poderia ser aplicado para garantir sua segurança. 

Por exemplo, se você suspeita que está sendo seguido ou que sua casa será invadida. O ciclo OODA é ótimo para tomar decisões em situações estressantes. 

E embora tenhamos apresentado diversas vantagens do ciclo OODA neste artigo, é preciso tomar cuidado com sua aplicação porque ele não funciona em todas as situações. 

Como percebido, este é um modelo que leva em consideração um ambiente estressante, caótico e urgente como é um conflito, então a ideia é que você utilize o ciclo em situações deste porte. 

De maneira geral, o que o ciclo OODA gera é uma decisão sub-ótima. 

Isso significa que ele gera uma decisão adequada para aquela situação, mas se o piloto tivesse mais tempo para pensar, talvez não tivesse tomado a decisão que tomou. 

O que estamos querendo dizer com isso é que o ciclo OODA não deve ser aplicado em situações comuns. Isso porque ele não vai gerar a solução mais adequada, apenas uma sub-ótima. 

Por isso, se você tiver que tomar uma decisão para sua vida ou dentro da empresa em que trabalha, e o seu contexto não é caótico ou urgente, não utilize o ciclo OODA. 

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Conclusão 

Neste artigo, nós falamos sobre o ciclo OODA, uma ferramenta criada dentro do Exército Americano para ajudar pilotos de caça a tomarem decisões adequadas de forma rápida. 

Inventado pelo Coronel Boyd, o ciclo OODA tem ganhado espaço no mundo corporativo atual por conta das características deste mundo: caótico, urgente e volátil. 

E embora ele traga muitas vantagens, o modelo nem sempre é a melhor solução. Então, tente entender sempre o contexto antes de aplicar o ciclo OODA. 

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Mariana Bortoletti

Por Mariana Bortoletti

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Mercadóloga, jornalista e especialista em escrita criativa.