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Os vícios de linguagem são desvios de gramática cometidos de forma falada ou escrita de maneira não intencional.
Ou seja, eles são errinhos que podemos cometer sem nem mesmo perceber.
Os vícios de linguagem podem aparecer quando escrevemos, mas também quando falamos. Além disso, eles também podem estar contidos na estrutura de uma sentença.
E mesmo não sendo intencionais, eles podem trazer problemas.
Isso porque os vícios de linguagem podem acabar criando uma situação de desconforto ou tensão, além de passar uma imagem de descuido e amadorismo.
A boa notícia é que eles podem ser evitados. E é sobre isso que vamos conversar neste artigo.
Você vai conferir:
O conceito do vício de linguagem existe na teoria da gramática.
Ele foi elaborado por especialistas em gramática normativa e pode ser encontrado em livros didáticos de língua portuguesa, dicionários e revisões de literatura da área acadêmica.
Um vício de linguagem é, então, uma expressão ou uma construção linguística que se opõe à gramática normativa.
Ou seja, ele é um desvio, um errinho, cometido pelo falante do português.
Esse errinho, entretanto, se torna um problema quando a pessoa não busca se corrigir, o que transforma o desvio na norma. Isso significa que ele vira um vício.
Como dissemos na introdução deste artigo, os vícios de linguagem não acontecem por intenção do falante, mas justamente pelo contrário.
Eles podem acontecer devido à falta de atenção, ao descuido e ao desconhecimento sobre as regras gramaticais.
Também como já dito, os vícios de linguagem estão presentes em diversos níveis linguísticos , como sintaxe, fonética, semântica e morfologia.
Veja alguns exemplos:
🔵 Leia também: O que zera a redação do Enem?
Como vimos, existem vícios de linguagem dentro de diversos níveis da língua portuguesa, o que resulta na classificação que vimos acima.
Mas para além da lista já apresentada, existem tipos de vícios de linguagem que contém suas próprias classificações. Confira abaixo:
Acontece quando existe um duplo sentido não intencional em uma frase.
Por exemplo, na expressão “Joana, vi a Lúcia na rua com sua irmã”, fica ambíguo se o falante viu a irmã de Lúcia ou a irmã de Joana.
Quando a pronúncia, escrita ou significado de uma palavra ou expressão é o desvio.
A expressão “não tem uma tauba para pregar aqui?” é um exemplo porque está utilizando a grafia e a pronúncia incorreta da palavra “ tábua ”.
Acontece quando são aproximadas duas palavras em uma frase que geram um som desagradável ou lembram uma palavra ou expressão constrangedora.
Por exemplo, na expressão “A Andressa não estava aqui? Cadê ela?” a junção de “cadê” e “ela” pode acabar soando parecido com a palavra “cadela”.
O que, por sua vez, pode gerar uma confusão para quem ouvir.
Apesar de a língua portuguesa ter incorporado diversas expressões estrangeiras , caso uma palavra ou expressão já exista em português, é considerado um vício de linguagem continuar usando a expressão em inglês.
Por exemplo, quando uma pessoa diz que “este homem é um gentleman”. Isso porque já existe em português a palavra “cavalheiro” para utilizar no lugar.
Acontece quando se usa a repetição de vocais idênticas, como no exemplo: “h o je, eu v o u o lhar o filh o d o Osvald o ”.
Existe a repetição do “o”.
Parecido com o hiato, este tipo de vício de linguagem acontece quando existe a repetição de consonantes iguais ou semelhantes dentro de uma frase.
Um exemplo é “não quero que você queira quem não te quer”. onde tem a repetição do “q”.
Acontece quando a escolha de palavras faz uma frase rimar sem intenção.
Por exemplo, na frase “a maioridade traz responsabilidade e não liberdade” faz eco com o uso de três palavras terminadas em “-dade”.
Este tipo de vício de linguagem é, talvez, o mais conhecido. Ele acontece quando é utilizado um complemento para uma expressão que não precisa de complemento.
O exemplo mais conhecido é quando dizemos que alguém “entrou para dentro” ou “saiu para fora”.
Ambos os casos são pleonasmo porque “entrar” já é implica que é para dentro de algum lugar e “sair”, para fora.
O preciosismo acontece quando é utilizada uma linguagem afetada e rebuscada de maneira artificial.
Por exemplo: “Tais acontecimentos pretéritos não impediram que o colóquio entre os amantes fosse perpetrado”.
Essa frase poderia ser melhor entendida por todos trocando “ pretéritos ” por “ passados >”, “ colóquio ” por “ conversa ” e “ perpetrado ” por “ realizado
Ao contrário do preciosismo, este tipo de vício acontece quando uma pessoa utiliza muitas gírias ou expressões populares na sua fala ou escrita.
Utilizar a frase “ Então, temos que lidar com esse abacaxi ” em um ambiente acadêmico, em vez de “ problema ”, por exemplo, é um tipo de plebeísmo porque ele deixa o discurso amador.
O arcadismo acontece quando se utiliza expressões e palavras em desuso na língua portuguesa.
Muitas vezes, uma pessoa quer parecer mais culta e refinada, então pode acabar recorrendo a esse vício de linguagem.
Um bom exemplo de arcadismo é utilizar “ outrossim ” como sinônimo de “ também ” em uma redação ou trabalho acadêmico.
Acontece quando existem duas sílabas parecidas, ou iguais, muito próximas dentro de uma frase, o que acaba fazendo o falante comer uma delas.
Por exemplo: na expressão “vou terminar es ta ta refa”, as duas sílabas “ ta ” podem acabar se tornando uma.
Este tipo acontece quando há desvios de concordância, regência e colocação dentro de uma frase. Por exemplo:
Inclusive, aproveitamos este último exemplo para comentar que existe uma corrente de teóricos que acredita que a mesóclise se tornou um arcaísmo.
Essa corrente defende o uso do pronome antes do verbo. Então, a frase que usamos de exemplo acima ficaria assim: “Meus amigos se preocuparão comigo se eu não aparecer”.
Como dissemos lá em cima, e você já deve ter percebido pelos exemplos, os vícios de linguagem podem prejudicar a comunicação e sua imagem pessoal e profissional.
Eles acabam colocando em xeque a sua confiabilidade e conhecimento.
E, além disso, a presença de um vício de linguagem na redação do Enem ou vestibular, ou em uma entrevista de emprego, pode ser prejudicial.
Especialmente na redação do Enem , é bom tomar cuidado com os vícios de linguagem porque eles podem baixar a sua nota.
Como sabemos, a redação do Enem é corrigida seguindo cinco competências. Cada uma delas, gera uma nota de até 200 para o candidato.
Por isso, para tirar nota mil é preciso se sair bem em todas. E o problema dos vícios de linguagem entra justamente na primeira das competências.
Esta competência avalia como o candidato lida com as regras de ortografia, como acentuação, uso de hífen, letras maiúsculas e minúsculas e separação de sílabas.
Mas também avalia como o participante usa regência, concordância, pontuação, emprego de pronomes e crases e paralelismo.
Ou seja, a presença de um vício de linguagem na sua redação do Enem fere a competência 1 e pode baixar a nota da sua redação em até 200 pontos.
Por isso, é essencial que você entenda o que são vícios de linguagem e como identificá-los no seu próprio texto quando estiver treinando.
Agora que você já sabe que precisa começar a identificar os seus vícios de linguagem, chegou a hora de entender como combatê-los.
Confira abaixo um passo a passo de como evitar os desvios da norma:
Neste artigo, falamos sobre o que são vícios de linguagem, quais são os tipos que existem, como você pode evitá-los e por que deve fazer isso.
Esperamos que este conteúdo tenha sido de grande ajuda!
Por Mariana Bortoletti
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