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O uso do gerúndio é um dos tópicos que mais causa dúvidas na hora de se preparar para a redação do Enem. Afinal, é possível utilizá-lo no exame?
Muitos estudantes acreditam que o gerúndio na escrita é incorreto, contudo, ele é uma das três formas nominais do verbo.
O que acontece é que muitos candidatos utilizam esse artifício de forma equivocada e desnecessária na redação, o que leva à redução da nota.
Esse uso exagerado do gerúndio se chama gerundismo, e é ele que devemos evitar na redação do Enem.
Mas, como usar o gerúndio de forma correta na redação então? Neste artigo, falamos tudo sobre essa forma nominal do verbo e trazemos exemplos de como aplicá-la em seu texto. Fique conosco!
Aqui você vai conferir:
O gerúndio é uma das formas nominais do verbo , ou seja, é um termo que tem tanto a função de verbo como a função de nome.
O gerúndio, assim como as formas particípio e infinitivo, não faz parte de nenhum tempo ou modo verbal. Ele mostra o desenvolvimento de uma ação em andamento, duradoura ou em continuidade.
Por isso que quando usamos o gerúndio o verbo é empregado em ações prolongadas ou que ainda estão em desenvolvimento, sendo caracterizado pelo uso da terminação –ndo .
Por exemplo: comendo; partindo; saindo; levando; etc.
Abaixo, apresentamos alguns exemplos de aplicação do gerúndio em frases:
Agora que você já sabe o que é gerúndio, pode estar se perguntando: mas, afinal, eu posso usá-lo na redação do Enem ou não? A resposta é sim, você usar o gerúndio ao escrever seu texto.
Essa confusão acontece porque, provavelmente, você já deve ter escutado que devemos evitar ao máximo o gerúndio na redação, certo? Só que na verdade o vilão de toda essa história não é o gerúndio, mas sim o gerundismo, que é um vício de linguagem.
O gerundismo consiste no uso exagerado e repetitivo do gerúndio. É quando ele ocorre que o estudante pode perder pontos na redação. Lembre-se das competências 1 e 4 que são avaliadas pelos corretores :
Contudo, é importante dizer que o gerúndio faz parte da nossa língua, não há problema algum em usá-lo, desde que não seja um uso exagerado.
Usar o gerúndio em uma redação dá bastante flexibilidade quanto à disposição de frases. Ele pode ser usado antes da oração principal, depois ou ao lado do verbo.
Para usar o gerúndio corretamente, é essencial empregá-lo para expressar ações que estão acontecendo. Portanto, o que influencia é a sua intenção de comunicação.
Observe abaixo alguns exemplos de bom uso do gerúndio:
Você já sabe que deve evitar o gerundismo em seus textos, certo? Mas, você sabe como identificar esse vício de linguagem? Vamos ver alguns exemplos!
Observe expressões como:
O gerúndio é utilizado para passar a ideia de presente em curso, certo? Você acha que as frases acima dão essa ideia temporal? Não mesmo!
Nas frases acima, a ideia temporal a ser transmitida é a de futuro, então o gerúndio está sendo empregado equivocadamente. É um clássico exemplo de gerundismo, que muitas pessoas cometem sem perceber no dia a dia.
Lembre-se que o gerundismo é uma mania que peca pelo excesso, pela inadequação do verbo, que ocorre ao transformarmos, desnecessariamente, um verbo conjugado em um gerúndio.
Portanto, nas frases acima, mude imediatamente sua escrita para:
Note que em todos os casos você passa a usar somente duas formas verbais no lugar de três.
Assim, para não cometer mais gerundismos nos seus textos, é essencial atentar-se para o contexto comunicacional, observando se você está querendo passar a ideia de algo em curso ou não.
Dessa forma, é possível avaliar se o emprego do gerúndio é adequado ou não.
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O que zera a redação do Enem?
A seguir, apresentamos alguns trechos de redações nota 1000 do Enem 2021 que fizeram bom uso do gerúndio.
O tema da redação era “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”. Confira:
Em “Vidas secas”, obra literária do modernista Graciliano Ramos, Fabiano e sua família vivem uma situação degradante marcada pela miséria. Na trama, os filhos do protagonista não recebem nomes, sendo chamados apenas como o “mais velho” e o “mais novo”, recurso usado pelo autor para evidenciar a desumanização do indivíduo. Ao sair da ficção, sem desconsiderar o contexto histórico da obra, nota-se que a problemática apresentada ainda percorre a atualidade: a não garantia de cidadania pela invisibilidade da falta de registro civil. A partir desse contexto, não se pode hesitar – é imprescindível compreender os impactos gerados pela falta de identificação oficial da população.
Com efeito, nota-se que a importância da certidão de nascimento para a garantia da cidadania se relaciona à sua capacidade de proporcionar um sentimento de pertencimento. Tal situação ocorre, porque, desde a formação do país, esse sentimento é escasso entre a população, visto que, desde 1500, os países desenvolvidos se articularam para usufruir ao máximo do que a colônia tinha a oferecer, visão ao lucro a todo custo, sem se preocupar com a população que nela vivia ou com o desenvolvimento interno do país. Logo, assim como estudado pelo historiador Caio Prado Júnior, formou-se um Estado de bases frágeis, resultando em uma falta de um sentimento de identificação como brasileiro. Desse modo, a posse de documentos, como a certidão de nascimento, funcione como uma espécie de âncora para uma população com escasso sentimento de pertencimento, sendo identificada como uma prova legal da sua condição enquanto cidadãos brasileiros.
A obra modernista "Vidas Secas", produzida por Graciliano Ramos, retrata a história de vulnerabilidade socioeconômica enfrentada por Fabiano e seus dois filhos, os quais eram chamados por seu pai de filho mais novo e mais velho, não possuindo seus nomes registrados durante o desenvolvimento do enredo. Ao sair do campo literário e fazer uma análise da atual conjuntura brasileira, nota-se ainda a invisibilidade associada ao acesso das pessoas ao registro civil, visto que tal problema é negligenciado por diversos segmentos sociais e políticos. A partir desse contexto, é fundamental entender o que motiva essa situação irregular de documentação e o principal impacto para a sociedade, a fim de que o acesso à Cidadania seja eficiente.
Primeiramente, vale ressaltar que à débil ação do Poder Público, possui íntima relação com o revés. Acerca disso, Thomas Hobbes, em seu livro "Leviatã" defende a obrigação do Estado em proporcionar meios que auxiliem o progresso do corpo social. As autoridades, todavia, vão de encontro com a ideia de Hobbes, uma vez que possuem um papel inerte em relação a invisibilidade de pessoas sem o registro civil e, por consequência disso, dados de uma pesquisa estabelecida pelo IBGE, em 2015, estima-se que mais de 2 milhões de pessoas não possuem a certidão de nascimento, mostrando um alto teor de cidadãos em maioria pobres e negros, excluídos de existirem no corpo civil. Assim, parcelas dessas vítimas vivem à margem da sociedade, pois não existem políticas públicas eficazes como benefícios sociais. Desse modo, é inadiável que a assistência a esses cidadãos, seja alcançada, a partir de medidas governamentais.
Para conferir as redações na íntegra, acesse aqui.
Por Redação Blog do EAD
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