A importância do protagonismo juvenil na formação do estudante

Redação Blog do EAD • 13 de junho de 2024

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    O protagonismo juvenil deve ser trabalhado nas escolas para incentivar crianças e adolescentes a contribuírem para a vida em sociedade.   

    Os jovens constituem um importante grupo social na sociedade, que está em transição da infância para a vida adulta. Infelizmente, na sociedade eles são pouco incluídos em ações de participação social ou de exercício da própria cidadania.   

    É justamente para buscar uma maior inclusão deste grupo na vida social, partindo de suas experiências escolares, que a ideia de protagonismo juvenil se dissemina cada vez mais nos espaços pedagógicos e reforça a formação de crianças e adolescentes.  

    Educar um protagonista é possibilitar que ele tenha autonomia para descobrir qual é o seu papel no mundo, para que ele exerça uma atuação social, política e comunitária ativa.  

    Você vai aprender o essencial sobre protagonismo juvenil a seguir. Confira:  

    O que é protagonismo juvenil?

    O conceito de protagonismo juvenil no processo educativo foi desenvolvido pelo educador mineiro Antonio Carlos Gomes da Costa, um dos principais redatores do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).  

    Em sua obra “Protagonismo Juvenil – adolescência, educação e participação democrática” , o autor define o protagonismo juvenil como:  

    Protagonismo juvenil é o envolvimento do jovem estudante em atividades que vão além do seu universo pessoal e familiar, gerando efeitos na vida em sociedade.

    Neste processo, o jovem se torna o elemento central da prática educativa e participa ativamente de todo o procedimento, desde a elaboração, a execução até a avaliação das ações propostas.  

    Com isso, a ideia é fazer com que o jovem tenha uma legítima participação social, contribuindo não somente à escola, como também com a comunidade em que está inserido. Assim, o protagonismo juvenil atua na formação de pessoas mais autônomas e comprometidas socialmente.   

    Nesse sentido, a atuação dos adolescentes, seja de maneira individual ou em grupo, para buscar soluções de problemas reais, com participação autêntica no contexto escolar ou mesmo na sociedade e na comunidade, não deve ser interpretada somente de maneira simbólica.  

    O jovem protagonista deve ser visto a partir de sua fonte de atuação, porque a sua ação é pautada em uma decisão consciente e de compromisso, na medida em que o jovem responde por seus atos.   

    No protagonismo juvenil a participação do jovem deve ser uma iniciativa legítima, onde são criadas oportunidades para que o estudante possa procurar, ele próprio, a construção de sua identidade.

    Os pilares do protagonismo juvenil

    São considerados jovens, as pessoas na faixa etária dos 12 aos 18 anos, de acordo com Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Entretanto, no desenvolvimento a noção de juventude dentro da ideia de protagonismo juvenil também foram incluídos alguns deslocamentos, como a expansão para além dos limites etários e de posição social.   

    O discurso do protagonismo juvenil, com relação às políticas públicas, se pauta em dois sentidos:   

    1. Protagonismo como método: o jovem é visto como o objeto de intervenção, fazendo com que o protagonismo dos jovens seja uma meta a ser alcançada pelas instituições políticas e públicas;
    2. Protagonismo como princípio da ação: é atribuído ao jovem o papel de ator social, e cuja participação na formulação e implementação de políticas que o contemplem seja vista como pedra fundamental.  

    Nesse sentido, a nova abordagem do protagonismo juvenil buscou diluir as desigualdades sociais, com mais foco na inclusão . O discurso do protagonismo juvenil deve suscitar no jovem uma motivação para se integrar socialmente, questionando, expressando e manifestando a sua própria posição no mundo, contribuindo com proposições à sociedade, e assim, sentindo-se valorizado.   

    Entretanto, alguns estudos na área mostram que muitas vezes o protagonismo juvenil nas escolas não é devidamente desenvolvido e isso pode acontecer por diversas razões. Uma delas é o desconhecimento do corpo docente com relação a aplicação de algumas diretrizes da BNCC, que dão fundamento à prática educativa do protagonismo juvenil na escola.  

    Dessa maneira, por não entender o conceito e a importância do protagonismo juvenil, o tema pode ser transmitido de maneira rasa ou equivocada, e podem ocorrer algumas distorções, como:   

    • Participação manipulada: os adultos determinam e controlam o que os jovens deverão fazer numa determinada situação. Por exemplo, realizando atividade que tem regras objetivas a serem cumpridas e não há espaço para ação voluntária do educando, logo não há protagonismo juvenil.  
    • Operacional: os jovens participam apenas da execução de uma ação. Um caso operacional de atividade social seria catar lixo na praia, mas essa sendo uma atividade pré-estabelecida pela escola, ou seja, sem iniciativa dos estudantes.  

    O protagonismo juvenil na BNCC

    A Base Nacional Comum Currícular (BNCC) busca estimular o protagonismo juvenil na escola, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio. A escola que acredita no potencial protagonista de seus alunos tem um papel poderoso no desenvolvimento positivo de seus educandos.  

    Por isso, a BNCC propõe aos educadores alguns enfoques que podem auxiliar no desenvolvimento prático do protagonismo juvenil dentro da escola:  

    • Os ensinamentos de noções de cidadania dados pelos educadores devem envolver a realidade dos jovens e não somente ao mercado de trabalho;  
    • Os educadores devem garantir que seus estudantes sejam protagonistas em sua aprendizagem, fortalecendo sua cognição, reflexão e ação, capacidades que são necessárias para a conquista da autonomia pessoal, intelectual e política;  
    • Os educadores devem promover a aprendizagem colaborativa, de forma a ampliar a capacidade de trabalhar em equipe e aprendizado com outros alunos;   
    • Os educadores devem incentivar os estudantes a agirem de maneira voluntária e solidária, sugerindo ações de cooperação na comunidade, no trabalho e na sociedade, sempre apoiados nos conhecimentos que adquiriram junto a ideias de inovação.

    Os benefícios de trabalhar o protagonismo juvenil em sala de aula

    Os estudantes que participam das ações de protagonismo acabam desenvolvendo um papel importante de liderança, mobilizando outros colegas a reconhecerem os problemas enfrentados e as soluções de melhoria.  

    Outro benefício é a facilitação do processo de inserção dos jovens no mundo adulto, por meio do exercício de participação social dentro dos espaços em que eles pertencem.   

    Além disso, o protagonismo juvenil também soluciona alguns problemas, como a evasão escolar, e incentiva uma maior consciência social e ambiental, pois o estudante se sente pertencente àquele meio e busca cuidar melhor do ambiente e de sua atividade escolar.  

    Atividades de protagonismo juvenil para realizar com sua turma

    É preciso que os educadores não se restrinjam apenas às disciplinas convencionais da escola e estejam abertos a novas possibilidades. Para desenvolver um projeto de protagonismo juvenil, é importante estabelecer um novo tipo de relacionamento entre jovens e adultos, em que o adulto deixa de ser um transmissor de conhecimento para ser um colaborador e um parceiro do jovem na descoberta de novos conhecimentos e na ação comunitária. Assim, o estudante deve ser visto como fonte de iniciativa e de compromisso.   

    Por isso, o mais importante é estimular que os jovens tomem a frente dos processos e, ao mesmo tempo, vivenciem possibilidades de escolha e de responsabilidades.  

    Dessa forma, o papel do educador é propor discussões e debates a respeito de alguma questão da escola e da comunidade, direcionando a turma a chegar a uma solução, realizando a atividade em conjunto e através de diálogos.   

    Um dos exemplos de atividades que podem ser exercidas com relação ao protagonismo juvenil é a gestão educacional que é realizada na escola paulista Politeia . O colégio permite que todos os atores do ambiente escolar participem de assembleias regularmente, com a oportunidade de propor ideias e discutir sobre as regras de convivência do colégio.  

    A organização da rotina escolar também conta com a participação dos estudantes, sendo feita em rodas de conversa que acontecem diariamente.  

    Conclusão

    Neste texto você aprendeu mais sobre a importância do protagonismo juvenil dentro da formação estudantil, algumas de suas aplicações dentro do ambiente escolar e suas diretrizes inclusivas.

    Para continuar sua jornada de aprendizado, recomendamos seguir o caminho da formação continuada, com cursos livres e especializações. Esses artigos do Blog do EAD também vão ajudar no desenvolvimento da sua carreira docente:

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