Sonha em trabalhar com Ciências Contábeis? Então saiba que um dos primeiros passos para ingressar na área é conhecendo as suas normas.
No decorrer da sua carreira contábil, você pode se fazer algumas perguntas, como: "Devo misturar o dinheiro dos donos com o dinheiro da empresa?", ou "Como devo fazer os registros financeiros?". Todas essas questões práticas são respondidas pelos princípios da área.
Por isso, neste guia, explicamos quais são os 6 princípios da contabilidade e como eles são aplicados no cotidiano dos profissionais desse campo.
Aqui você vai conferir:
Hoje, existem 6 princípios da contabilidade. São eles:
A seguir, entenda mais sobre como os princípios foram criados e o que cada um deles significa.
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Os princípios da contabilidade foram se atualizando aos poucos para corresponder aos desafios de cada época. As primeiras normas contábeis surgiram nos Estados Unidos.
Esse foi o caso do GAAP — do inglês Generally Accepted Accounting Principles —, os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos. Surgido nos EUA, com o tempo foi incorporado em outros países, como o Brasil, em 1970.
Já na década de 1990, o Conselho Federal de Contabilidade criou seus Princípios Fundamentais da Contabilidade (PFC), mais atualizados e pensados para o contexto do Brasil. Nesse período, eram 7 os princípios:
Com o tempo, outras alterações foram feitas e em 2016 foi aprovada a Norma Brasileira de Contabilidade (NBC). Nesse documento, os Princípios da Contabilidade (PC) foram incluídos com uma base teórica mais sólida para auxiliar o trabalho dos profissionais.
Além disso, uma pequena mudança foi feita. O Princípio da Atualização Monetária foi integrado ao Princípio do Registro pelo Valor Original, criando um só princípio que rege as questões relacionadas à variação do valor de uma moeda.
Hoje, com o avanço da contabilidade e da tecnologia, os profissionais da contabilidade têm estudado a criação de novas regras.
Agora, entenda como funciona cada um dos princípios atualizados!
Já soube de empresas que faliram porque os donos misturaram seu dinheiro pessoal com o da empresa? Infelizmente, essa é uma situação mais comum do que parece, especialmente em pequenos negócios.
Foi exatamente por problemas como esse que o Princípio da Entidade foi formalizado. O Princípio da Entidade define que a empresa é uma entidade distinta dos proprietários.
Assim, o contador separa completamente as contas, os documentos e as responsabilidades fiscais da empresa.
Além de lembrar os proprietários de ter contas separadas, o profissional ajuda toda a empresa ao documentar essa trajetória financeira.
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O Princípio da Continuidade define o seguinte: a contabilidade de uma empresa deve sempre assumir que o negócio continuará funcionando.
Com isso, as demonstrações financeiras são mais exatas e os cálculos são possíveis, mesmo em situações de crise.
Essa resolução é importante não só para controlar os ânimos em uma adversidade, como também para viabilizar o fim da empresa, caso ocorra.
Por meio desse balanço honesto e preciso, a equipe financeira pode mostrar aos proprietários por quanto tempo a empresa funcionará sem investimentos, quantos funcionários a empresa poderá manter, etc.
Antes de ter balanços honestos, precisamos vê-los, concorda? O Princípio da Oportunidade relembra a importância dos registros financeiros de uma empresa.
No Princípio da Oportunidade, dois critérios são essenciais e devem ser respeitados:
Principalmente em grandes empresas, essa organização pode poupar tempo, desgaste e muitos prejuízos.
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Esse princípio define que todo o patrimônio da empresa será contabilizado de acordo com o valor original da moeda naquele momento. Calma que vai ficar mais claro!
Por exemplo, digamos que o mercado começou a sofrer pequenas mudanças. Depois disso, o proprietário começa a se questionar: “será que a moeda do Brasil será valorizada? Como isso afetaria o nosso caixa?”.
Nesse caso, o papel do contador é registrar o valor original e fazer projeções baseadas nesse número.
Mesmo que os ativos e passivos da empresa realmente mudem de valor com o tempo, a informação original deve estar registrada para evitar fraudes e erros.
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O Princípio da Competência defende que as receitas e despesas devem ser documentadas no período em que ocorrem, por mais que os pagamentos sejam efetivados em outro período.
Por exemplo, digamos que você é analista contábil de uma empresa. No mês de março, cinco profissionais freelancers prestaram serviço. Por mais que o pagamento só seja feito em abril ou maio, é importante considerá-los como correspondentes ao mês de março.
Esse raciocínio é importante para que a empresa tenha uma contabilidade organizada, entendendo bem quais têm sido seus gastos e quais têm sido suas receitas. Isso também facilita a tomada de decisões rápidas e importantes, como a contratação de novos funcionários.
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O Princípio da Prudência cria uma análise cautelosa, com base em dois valores: os ativos e os passivos.
O cálculo é feito da seguinte forma:
A lógica aplicada aqui é justamente a de não superestimar o patrimônio e ter a perspectiva mais realista possível do futuro da empresa.
Esse cálculo é tão importante que também pode ser usado para manter o Princípio da Continuidade. Com isso, podemos prever por quanto tempo uma empresa consegue arcar com salários, equipamentos e outros gastos essenciais.
Viu como essas informações são valiosas para o trabalho da contabilidade? No fim, toda a base teórica ensinada nas Ciências Contábeis deve ser refletida na prática, auxiliando profissionais de todo o país.
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