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Conquistar a atenção dos estudantes sempre foi uma preocupação para professores de todos os níveis educacionais. A tarefa se tornou mais desafiadora com os smartphones e as redes sociais, que competem pelo interesse dessa geração de nativos digitais.
Por isso a importância de repensar práticas pedagógicas a todo instante. Elas precisam ser adaptadas de acordo com o contexto e as demandas dos estudantes.
Vamos apresentar para você uma lista de práticas pedagógicas que vai ajudar a engajar as suas turmas no aprendizado. Mas, antes, é preciso entender o conceito, que muitas vezes é confundido com o de prática docente.
Antes de partirmos para uma definição, é preciso lembrar que o conceito de prática pedagógica está em constante atualização para acompanhar as mudanças da sociedade.
Aqui, vamos adotar o conceito da pedagoga e pesquisadora Maria Amélia do Rosario Santoro Franco, exposto em artigo científico de 2016:
As práticas pedagógicas são ações conscientes e participativas que visam a atender expectativas educacionais de uma determinada comunidade. Elas servem para organizar, potencializar e interpretar as intencionalidades de um projeto educativo.
Em outras palavras, a função das práticas pedagógicas é facilitar e promover a aprendizagem entre os discentes. Isso envolve:
Dessa forma, as práticas pedagógicas contribuem para os processos de concretização do aprendizado, ao lado do planejamento de ensino e da didática.
Tudo isso parece meio abstrato, não é?
Pense no seu dia a dia em sala de aula. Você se esforça para planejar e realizar atividades que ajudem sua turma a aprender o conteúdo proposto.
E se preocupa que a aula faça sentido para os estudantes, que eles entendam o porquê de aprenderem funções matemáticas, polinização ou Revolução Francesa.
Mais do que boas notas, você deseja que, no final do ano, os estudantes tenham aprendido o necessário para serem cidadãos críticos e conscientes que contribuem com a sociedade. Se eles não tiverem assimilado o conteúdo proposto, provavelmente você vai rever seu planejamento e pensar em novas estratégias de ensino.
Sua ação e intenção em prol do desenvolvimento global de cada um dos seus estudantes são práticas pedagógicas.
Nem sempre uma prática docente pode ser considerada uma prática pedagógica. Quando a atuação do professor se resume a passar a lição e corrigir provas, ela não é pedagógica, mas tecnicista.
A prática docente se torna pedagógica quando o professor entende como sua aula contribui para a formação acadêmica e crítica do estudante. O educador está preocupado com as necessidades dos discentes e faz questão de construir o aprendizado.
Ou seja, o professor tem uma prática docente pedagogicamente fundamentada quando acredita em sua responsabilidade social. Ele sabe que seu trabalho significa algo para a vida do estudante, buscando se aprimorar como profissional da educação a todo momento.
Por isso é comum ouvirmos que as práticas pedagógicas acontecem dentro e fora de sala de aula, por visarem à formação e o desenvolvimento humano global de crianças e jovens, indo além do saber técnico-científico.
Agora que já falamos sobre o conceito, vamos entender como transformar o trabalho docente em prática pedagógica no dia a dia.
Confira 5 atitudes que vão ajudar você a se aprimorar como educador:
O desenvolvimento de práticas pedagógicas é um processo que não tem prazo para terminar. Tenha em mente que o aprimoramento de suas capacidades como educador é contínuo.
Não existe uma lista limitada de práticas pedagógicas que um professor pode seguir. Afinal, como escrevemos lá no começo, elas estão sempre se transformando para atenderem as demandas de uma sociedade cada vez mais conectada.
As 5 práticas pedagógicos que você vai ver a seguir foram mapeadas pela Fundação Lemann, a partir de experiências de educadores que se destacaram no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e em olimpíadas do conhecimento.
Elas servem como inspiração para o seu trabalho docente, independentemente da matéria que ensina. Você pode conferir mais detalhes de cada uma delas clicando aqui.
O professor deve fazer perguntas investigativas aos estudantes, que devem expor suas opiniões formular argumentos para debater com os demais colegas. O objetivo desta prática pedagógica é fazer com que a turma construa em conjunto novas possibilidades de aprendizagem, ao mesmo tempo que trabalham habilidades de comunicação.
É preciso assumir um papel de mediador para garantir que todos os discentes tenham espaço para falar. Também é importante explicar como vai ser a dinâmica da aula e entender o que a turma já sabe sobre o conteúdo proposto.
O mapeamento da Fundação Lemann traz dois exemplos de atividades que promovem o debate entre colegas. O primeiro é de Língua Portuguesa, em que estudantes discutiram uma notícia de jornal, conheceram a seção de Carta do Leitor e, por fim, escreveram um texto sobre a matéria.
O segundo é de Matemática. Antes de dar as notas e apontar erros e acertos, o professor corrigiu a prova junto com a turma. Os estudantes conversaram sobre as questões, compararam a resolução e revisaram os conceitos matemáticos.
O acompanhamento deve ser feito de forma sistemática, periódica e constante. A estratégia é planejar atividades que ofereçam diferentes oportunidades de aprendizagem para os estudantes. Para que ela seja posta em prática, secretarias municipais e estaduais, gestores e professores devem trabalhar juntos.
O acompanhamento consiste em diagnóstico, intervenção e monitoramento durante todo o ano letivo, para que a recuperação das defasagens não se concentre apenas em novembro e dezembro.
O processo pode ser resumido nos seguintes pontos:
Os trabalhos em grupo são importantes práticas pedagógicas por permitirem que colegas troquem conhecimento, sentimentos e emoções. Acontece uma troca horizontal entre os estudantes, que têm habilidades próximas, porém diferentes entre si. Cada um complementa os saberes do outro e, assim, a turma avança junta.
A terceira prática pedagógica da lista também é considerada uma metodologia ativa. Ela incentiva os estudantes a recorrem a conhecimentos prévios e a debaterem entre si para encontrar a solução mais adequada ao problema proposto pelo professor.
Mais uma vez, o docente deve fazer a mediação do debate entre os colegas, adotando as seguintes ações:
A metodologia passa parte da responsabilidade da aprendizagem ao discente, que também tem a oportunidade de desenvolver habilidades relacionadas à comunicação e escuta ativa.
As pesquisadoras e educadoras matemáticas Norma Suely Gomes Allevato e Lourdes de la Rosa Onuchic propuseram um passo a passo para as atividades de resolução de problemas. Os 9 passos abaixo podem ser adaptados para outras matérias além da matemática:
Crianças e adolescentes precisam ser inseridos na cultura escrita e a leitura frequente é o melhor caminho. Além de ampliarem o repertório de gêneros textuais, é importante que os estudantes entram o propósito social de cada texto e compreendam o conteúdo das obras lidas.
O professor precisa escolher textos que façam sentido para o estudante. O ideal é mesclar clássicos da Literatura Brasileira com romances contemporâneos, reportagens, crônicas, contos, charges...
Também é preciso incluir textos produzidos nos canais digitais, como redes sociais e blogs, que fazem parte do dia a dia dos nativos digitais. O trabalho de leitura pode ser aliado a atividades de educomunicação.
A última prática pedagógica da lista trabalha com um dos pilares da investigação científica, a experimentação, uma das orientações previstas na BNCC para as disciplinas de Ciências e Matemática.
Os experimentos em laboratório ou em sala de aula possibilitam aos estudantes levantar hipóteses, fazer registros e tirar conclusões. Assim, eles desenvolvem um pensamento sistemático, crítico e autônomo que os ajudará a lidar com as situações do dia a dia de dentro e fora da escola.
A parte do registro, em especial, é uma ótima forma de crianças e adolescentes trabalharem habilidades de comunicação escrita. O professor deve explicitar que o registro será avaliado, por isso os estudantes devem considerar o interesse do leitor e o contexto do relato.
Outra vantagem de realizar experimentos em sala é explicitar a relação entre teoria e prática para a turma. Para isso, o professor deve ir além de definições, conceitos e generalizações. Ele deve estimular que os discentes criem hipóteses a partir da observação do experimento.
Sente-se mais inspirado para refletir sobre práticas pedagógicas?
Por Olívia Baldissera
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