A inovação incremental é uma abordagem poderosa para impulsionar melhorias contínuas em seus produtos, serviços e processos. É usada por empresas de diferentes portes e segmentos de mercado para continuar relevante diante da concorrência.
Saiba mais sobre a inovação incremental a seguir:
A inovação incremental refere-se a melhorias graduais e contínuas em produtos, serviços ou processos existentes. Em vez de criar algo completamente novo, ela visa a aprimorar o que já existe, muitas vezes por meio de pequenas alterações ou atualizações. Estas podem estar ligadas a características, técnicas, utilizações ou recursos.
Por tratar de pequenos aperfeiçoamentos constantes, a inovação incremental oferece um menor risco de implementação às organizações, além de não exigir um grande volume de investimentos.
Um exemplo são os smartphones, que passam por atualizações constantes. Estas podem ser quase imperceptíveis para os usuários, como correções de bugs ou adição de camadas de segurança, ou serem bastante chamativas, como câmeras que geram imagens com mais qualidade ou telas mais finas.
Esse conceito foi elaborado pela primeira vez por Joseph Schumpeter (1883-1950), economista responsável por popularizar o termo “inovação” na indústria, no livro “Business Cycles” (1939). Quando escreveu sobre a inovação incremental, Schumpeter se referia apenas a produtos, mas o termo se expandiu para incluir serviços e processos.
Outros nomes usados para descrever esse tipo de inovação são “inovação marginal” e “inovação de sustentação”.
A principal diferença entre inovação incremental e radical está no escopo e no impacto das mudanças. Enquanto a primeira se concentra em melhorias graduais e evolutivas, a segunda resulta em transformações significativas e disruptivas, muitas vezes resultando em produtos ou serviços completamente novos.
A inovação radical se baseia em uma novidade tecnológica ou mercadológica tão grande que leva à criação de um novo mercado, que pode acarretar a descontinuidade de um outro mercado pré-existente.
Conheça algumas empresas nacionais e internacionais que aplicaram a inovação incremental para atender as demandas dos consumidores e se manterem relevantes no mercado.
Caneta BIC Cristal. Trounce/Wikimedia Commons CC BY-SA 3.0 DEED
A história da Caneta BIC é um excelente exemplo de inovação incremental que transformou um produto simples em um ícone global. Ela foi lançada pela primeira vez em 1950 pela empresa francesa Société Bic, fundada por Marcel Bich. Este a inventou para solucionar um problema comum à época: as canetas precisavam ser carregadas manualmente, o que deixava as mãos e o papel sujos de tinta.
A inovação deste item de papelaria está no design, que incluiu uma abertura para ventilação na tampa e um pequeno orifício no corpo da caneta para alívio da pressão. Isso impede que o produto exploda quando exposto a altas pressões.
A Caneta BIC logo se tornou um sucesso de vendas devido à sua confiabilidade, praticidade e preço acessível. Estima-se que sejam vendidas mais de 400 milhões de unidades por ano.
iMac G3. Primeira foto: Carl Berkeley/Wikimedia Commons CC BY-SA 2.0 DEED. Segunda foto: Stephen Hackett/Wikimedia Commons CC BY-SA 4.0 DEED
O Macintosh da Apple foi lançado em 1984 e revolucionou a ideia de computador pessoal, ao popularizar a interface gráfica, tela incorporada e mouse. Mas, nos anos 1990, a Maçã estava estagnada com uma vasta linha de produtos confusa.
A solução encontrada foi a inovação incremental do próprio Macintosh, que ganhou uma versão ousada, o iMac G3. As melhorias implementadas foram uma alça para transporte do computador, o que lhe dava portabilidade, e novas portas USB. O uso de plástico colorido translúcido era outro diferencial, que atraiu o público pelo design arrojado.
Depois do iMac G3, novos modelos foram lançados, baseados em melhorias contínuas no hardware e no sistema operacional.
Lu, do Magazine Luiza. Magalu/Divulgação
Alguém lembra quando a Magazine Luiza era apenas uma rede de lojas físicas?
Fundada em 1957, a gigante varejista se aventurou no comércio eletrônico em 1992, bem antes da concorrência. Nos anos 2000 foi lançado um e-commerce para toda a rede, com o domínio que é usado até hoje: https://www.magazineluiza.com.br/.
Três anos depois, foi criada a assistente virtual Lu, que fez tanto sucesso que até hoje outras marcas tentam copiar. E ainda seguindo a linha da inovação incremental, o site ganhou um aplicativo em 2015 e se tornou um market place em 2016.
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A inovação incremental é um processo que não acontece da noite para o dia nem é feito por uma única pessoa. Ela envolve algumas etapas que serão detalhadas abaixo:
O que pode ser melhorado nos produtos e serviços que a sua empresa oferece? Ou há algo que possa ser aprimorado nos processos internos das equipes?
Encontrar oportunidades de melhoria envolve a análise de feedback dos clientes e fornecedores, avaliação de desempenho interno e pesquisas de mercado.
O que se espera alcançar com as melhorias?
É crucial definir metas objetivas e que sejam relevantes para o negócio, como melhorias de desempenho, redução de custos ou aumento da satisfação do cliente.
As metas também precisam ser mensuráveis, por isso, antes de iniciar qualquer projeto de inovação, defina quais métricas serão acompanhadas e que vão indicar o sucesso da empreitada.
Algumas métricas de inovação que podem ser acompanhadas são:
Uma das chaves para o sucesso da inovação incremental é implementar mudanças de forma gradual e controlada.
Em vez de tentar fazer grandes alterações de uma só vez, divida o processo em etapas menores e implemente as melhorias aos poucos. Isso permite que você avalie o impacto de cada alteração e faça ajustes conforme necessário ao longo do tempo.
Para que a inovação incremental floresça em sua empresa, é importante promover uma cultura que valorize a criatividade, a experimentação e a melhoria contínua.
Isso pode envolver a criação de programas de incentivo à inovação, a promoção de um ambiente de trabalho que encoraje o compartilhamento de ideias e a celebração de sucessos e aprendizados ao longo do projeto.
Ao longo do processo, colete feedback regularmente e utilize métricas para avaliar o impacto das mudanças implementadas. Você pode fazer uma análise de dados de desempenho e pesquisas de satisfação com usuários que usaram uma versão beta da nova versão do produto ou serviço.
Por fim, é importante estar ciente de que um projeto de inovação pode ter que passar por adaptações. Nem todas as mudanças implementadas terão o resultado esperado, por isso é preciso disposição para iterar e ajustar sua abordagem com base no feedback e nos resultados obtidos.
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Esperamos que este conteúdo sirva de inspiração para você implementar pequenas mudanças que vão trazer grandes resultados para seus negócios. Bora inovar?
