

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit
Em 2016 , o Dicionário Oxford escolheu o termo “pós-verdade” como a palavra de destaque do ano, o substantivo que resumiu aquele momento histórico.
Um dos critérios de escolha do termo na época foi o fato da frequência de uso da expressão ter aumentado 2000% em relação a 2015.
Um ano depois, em 2017, o dicionário em inglês da editora britânica Collins elegeu, por sua vez, “fake news” como palavra do ano.
De lá pra cá, “pós-verdade” e “fake news” tornaram-se irmãs siamesas no debate sobre desinformação. E na medida em que se colocaram luzes nessas questões, metodologias para contra-atacar surgiram, como, por exemplo, a educação midiática.
Aqui você vai aprender mais sobre esse conjunto de habilidades que deve ser desenvolvido por crianças e adolescentes ao longo da Educação Básica, de acordo com as orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Você vai ver:
Vivemos na Era da Informação, onde todos somos produtores e receptores de conteúdo, às vezes desenvolvendo ambos os papéis ao mesmo tempo. E nesse momento apenas ler o que chega em nós não é suficiente.
É necessário identificar três pontos básicos: qual é a intenção, a autoria e o contexto das informações. E para isso temos que dominar as ferramentas e as linguagens que nos permitem participar dos ambientes onde as notícias e os conteúdos em geral circulam.
E é muito conteúdo!
Dados da edição de 2020 do levantamento Data Never Sleeps, “Dados não dormem nunca” em tradução livre, da Domo, empresa especializada em computação na nuvem, mostram que a cada 24 horas:
Durante a pandemia, alguns cenários digitais se expandiram. A plataforma Zoom, por exemplo, durante o auge do isolamento social, chegou a reunir 208 mil pessoas por minuto.
Há 25 anos, o físico espanhol Alfonso Conella já usava um termo para explicar a sensação causada pelo excesso de notícias: infoxicação, a aglutinação de informação e intoxicação.
E o fato é que essa expressão antiga nunca esteve tão atual. Estamos todos imersos nesse sistema, mesmo que com níveis de envolvimento e simpatia diferentes pelo digital.
Ninguém passa despercebido e o esquema tradicional que resumia a comunicação e a educação enquanto fenômenos verticais e unidirecionais entre emissor e receptor e professor e estudante já não serve mais , funcionamos em rede!
Uma rede onde todos curtem e são curtidos, consomem e geram conteúdo, são palco e plateia. Uma rede conectada e difusa.
Essa nova formatação traz desafios: com o excesso de mensagens e informações, como podemos diferenciar fatos de opiniões? Com a rapidez da internet conseguimos interpretar que toda notícia tem uma intenção, uma autoria e é feita em determinado contexto?
Olhando para esse fenômeno surge a educação midiática, um letramento sobre consumo midiático onde se aprende a aprender.
Segundo a Educamídia, um programa do Instituto Palavra Aberta criado para capacitar professores e engajar a sociedade no processo de educação midiática dos jovens, trata-se da “habilidade de ler criticamente e participar de forma ativa do mundo conectado em que vivemos”.
É, portanto, sobre desenvolver a capacidade de consumir criticamente os conteúdos pelos quais se é bombardeado diariamente, independente do formato (vídeos, textos, fotos…) e entender:
E como se chega nesse nível crítico de letramento midiático? A partir do desenvolvimento de habilidades, previstas inclusive na BNCC, em sala de aula.
O Instituto Palavra Aberta reforça que a educação midiática está prevista na BNCC , a partir de competências gerais ou em habilidades específicas.
Entende-se, portanto, que é possível relacionar o que está previsto nesse documento balizador da educação brasileira com os objetivos da educação midiática. Alguns exemplos:
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura ( UNESCO ) enfatiza que a educação midiática aprimora a capacidade das pessoas de exercerem os seus direitos humanos fundamentais. Os exemplos acima são apenas duas opções possíveis de aliar a educação midiática aos objetivos da BNCC. E os benefícios são vários!
O acesso democrático à internet e à tecnologia ainda é um desafio no nosso país. Com base nos dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 40 milhões de pessoas que não usam internet.
Ao se trabalhar com educação midiática em sala de aula, é importante considerar as realidades dos estudantes (como e onde acessam a internet, como e onde acessam notícias, etc…) e avaliar quais ferramentas de ensino e aprendizagem estão disponíveis e o que é necessário adquirir para promover a educação midiática naquele contexto.
Do que se precisa geralmente? Computadores, sistemas de ensino, câmeras, tablets e celulares. É preciso avaliar como cada recurso será utilizado, dando prioridade ao que for mais relevante.
As tecnologias e os conceitos precisam ser dominados por aqueles que representam a ponta final e principal dos processos: os professores. Sem eles o método não é posto em prática.
Ou seja, além de equipamentos os educadores precisam estar bem treinados para que tudo funcione na prática. É importante, por exemplo, explicar como a tecnologia deve ser inserida no dia a dia da sala de aula.
É necessário aliar uma remodelação da mentalidade do processo de aprendizagem às novas tecnologias e capacitação dos profissionais.
A relação entre docente e educando não é mais vertical. os professores não possuem (nem precisam possuir) todas as respostas.
A educação midiática prevê uma metodologia ativa em que existe um protagonismo do estudante e uma troca mais horizontal entre todos os envolvidos no processo de aprendizagem. Os professores são vistos mais como facilitadores e guias e o conhecimento é produzido em conjunto.
🔵 Leia também:
Os 7 melhores cursos de pós-graduação em Educação Infantil
Algumas perguntas são bons gatilhos para se pensar em educação midiática em sala de aula e propor debates entre estudantes e professores.
Confira algumas sugestões:
E para aplicar essas perguntas-gatilhos você pode propor para sua turma algumas atividades práticas:
Escolha um tema e peça aos estudantes que pesquisem sobre ele nas suas próprias redes sociais. Eles podem anotar aquilo que encontram ou mandar um print para os professores.
O professor, por sua vez, seleciona alguns dos temas para mostrar o que cada mensagem tem que pode fazer com que os estudantes desconfiem dessa informação.
Esse é o tipo de atividade que pode ser desenvolvida tanto em aulas presenciais, quanto em aulas remotas ou no sistema híbrido.
Pode-se avaliar sites a partir de alguns critérios jornalísticos e de SEO:
Cabe ao professor, nessa atividade, ensinar ao estudante como buscar essas informações e o que pesquisar. Isso pode ser feito usando textos de sites e blogs menos populares, por exemplo.
É com um trabalho assim, contínuo, que se forma cidadãos com pensamento crítico e preparados. Entre os principais benefícios da disseminação da educação midiática no ambiente escolar está, sem dúvida, o fortalecimento de conhecimentos cruciais sobre as funções das mídias e dos canais de informação nas sociedades democráticas e o uso saudável e consciente dessas plataformas.
Por Redação Blog do EAD
Gostou deste conteúdo? Compartilhe com seus amigos!
2025 © BLOG DO EAD | Todos os Direitos Reservados
Explore carreiras, mercado de trabalho e cursos de graduação no Blog do EAD. Descubra oportunidades de aprendizado e dicas para seu desenvolvimento pessoal e profissional.
2024 © BLOG DO EAD | Todos os Direitos Reservados