Demarketing: conheça marcas que querem vender menos produtos

Redação Blog do EAD • 13 de junho de 2024

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    Geralmente, o setor de marketing de qualquer empresa desenvolve soluções que se destinam ao aumento de vendas de algum produto ou serviço. 

    Existe uma atividade em particular, no entanto, que subverte a essa visão, mas é tão importante quanto o aumento da demanda: o demarketing. 

    Esse conceito, não tão conhecido, é considerado como revolucionário e tem mudado o trabalho de profissionais dessa área, já que também é bastante desafiador. 

    Confira:

     

     

    O conceito de demarketing  

    O demarketing é um processo em que uma empresa desenvolve diversas estratégias para reduzir o consumo de um produto ou serviço.  

    Enquanto o marketing mais tradicional incentiva os seus clientes a comprar cada vez mais, essa estratégia acontece praticamente de maneira contrária.  

    As empresas podem utilizar o demarketing em diversas situações para controlar o uso do produto ou serviço, além da sua demanda ou o seu preço.  

    Também podem utilizar essa estratégia por vários motivos, inclusive para apoiar causas sociais e ambientais.  

    Exemplos de ações de demarketing  

    Para ficar mais fácil de entender o conceito de demarketing, separamos alguns exemplos práticos de como as marcas podem aplicá-lo no dia a dia.  

    1. Patagonia

    Com o tempo, a Patagonia — que  é uma marca que atua no mercado de luxo de vestuário para atividades ao ar livre  — se tornou um dos maiores cases de demarketing, visto que ela é uma empresa que cresce cada vez mais convencendo os clientes a comprar menos.  

    Com isso, ela se tornou um dos maiores exemplos de que compromissos e investimentos em  iniciativas sócio-ambientais  podem sim impactar positivamente o comércio.

    Para a Patagonia há uma lógica: existe o crescimento bom e o ruim.  

    Uma economia que impulsiona o consumo individual frequente de diversos produtos cada vez mais descartáveis é ruim.  

    Em uma realidade futura mais sustentável, porém, as pessoas passarão a comprar menos itens a preços mais altos.  

    A inovação da tecnologia reduzirá o impacto da fabricação desses produtos e eles serão feitos para durar muito.

    2. Uber

    A Uber, uma empresa multinacional, é prestadora de serviços na área de transporte urbano privado.  

    Desde a sua criação, em 2009, é comprometida em criar oportunidades ao colocar o mundo em movimento.  

    Por conta dessa característica, o objetivo da empresa  é garantir que todas as pessoas, sem exceção, possam se movimentar com segurança e liberdade.  

    Durante os protestos do Black Lives Matter, movimento iniciado nos Estados Unidos em 2020, a Uber se solidarizou com a comunidade negra e tornou público o compromisso de ser uma marca ativamente antirracista.  

    Passou a espalhar outdoors por várias cidades estadunidenses que desestimulavam o uso dos seus serviços por aqueles consumidores que eram racistas.  

    Com essa ação de demarketing — que tem um forte cunho de marketing de causa e social —, a empresa pretende motivar seus consumidores a repensar seus comportamentos, além de incentivar o debate sobre o racismo.

    3. Vivo

    A série de campanhas institucionais da Vivo em 2018 e 2019 surgiram com o slogan “Tem hora para tudo” e é possível observar por meio delas que uma empresa cujo maior foco é promover — e vender — diversas formas de comunicação móvel entre as pessoas estava, na verdade, desestimulando o uso do telefone.  

    O intuito foi chamar a atenção dos clientes justamente para os malefícios do uso do celular.  

    Assim, a campanha de demarketing da empresa, além de incentivar o não uso da tecnologia, também busca frisar o comportamento de dependência desses aparelhos.  

    Fora isso, a intenção também é promover um resgate das relações pessoais fora do ambiente tecnológico.  

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    4. Assaí

    A Rede Assaí Atacadista é uma empresa brasileira de atacado que comercializa diversos itens.   

    O foco é oferecer uma variedade de produtos de qualidade a preços baixos, atendendo tanto comerciantes de micro e pequenas empresas quanto o consumidor final.  

    Uma das diretrizes do negócio é estimular seus clientes a fazerem escolhas de uma maneira mais consciente com respeito ao meio ambiente.  

    A empresa se encaixa em um grande case de demarketing pelo fato de não oferecer sacolas plásticas gratuitamente em suas lojas.  

    Com isso, busca desencorajar os clientes a utilizarem esse produto.  

    Como solução, oferece diversas opções para que as compras possam ser transportadas de maneira apropriada até o destino.   

    Todas as unidades, por exemplo, disponibilizam caixas de papelão e 3 tipos de modelos de sacolas — de plástico, lona ou TNT — que o cliente deve adquirir se assim desejar.  

    5. Energisa

    O Grupo Energisa, que é um dos principais conglomerados privados do setor de energia elétrica do Brasil está no mercado há quase 120 anos.  

    Entre várias ações feitas pela empresa para desestimular o consumo — e o desperdício — de energia, um grande destaque foi a campanha Super Liga da Energia.   

    Toda a comunicação foi baseada em propostas para economia de dinheiro para o consumidor, preservação do meio ambiente e bem-estar social.  

    Ela pode ser enquadrada como um tipo de ação de marketing social que tem como objetivo a mudança do comportamento do cliente e, ao mesmo tempo, preza pela causa ambiental.  

    Em resumo, é como se o Grupo Energisa quisesse dizer “somos uma empresa geradora de energia elétrica, mas para o bem maior você precisa economizá-la”.  

    6. Tecate

    A Tecate é uma marca de cerveja mexicana integrante do Grupo Heineken International.  

    Em 2016, lançou uma campanha que se tornou um caso de demarketing não só geral, como seletivo — já que descartava os consumidores considerados como indesejados para a empresa.  

    Na ocasião, a Tecate lançou um vídeo com uma mensagem bastante clara em oposição à violência contra o sexo feminino.  

    Com isso, definiu ainda mais o seu público e desencorajou consumidores com essas características — agressores de mulheres — a consumir seus produtos, ou seja, um pedido de não-consumo da própria marca em apoio a uma causa social.  

    Viu só como o demarketing pode mudar toda a percepção do público sobre uma marca de maneira quase sempre positiva?  

    É uma estratégia um pouco arriscada, mas quando é planejada em cima de bons princípios  é capaz de trazer bons resultados para a empresa.  

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    Por Redação Blog do EAD

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