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A importância da avaliação diagnóstica no pós-pandemia

Escrito por Redação Blog do EAD | 31/01/22 03:00

É comum pais, crianças, adolescentes e até mesmo professores associarem avaliação à prova tradicional, feita em uma folha de papel, com lápis ou caneta. Nesse caso, a prova é utilizada para mensurar o aprendizado dos estudantes ao longo do semestre. 

Então, quer dizer que as provas só devem ser aplicadas depois que os estudantes tiverem acesso a determinados conteúdos, certo? Errado! No começo do ano letivo, é recomendado ao professor que aplique a chamada avaliação diagnóstica. 

Tal avaliação consiste, como sugere o nome, em diagnosticar o nível de aprendizado da turma. O exame possui o objetivo de balizar o professor quanto aos conteúdos que devem ou não ser passado aos estudantes. 

Isso porque a avaliação diagnóstica é utilizada no começo de uma nova etapa da educação, como um novo ano ou semestre escolar, e inclui alguns tópicos que serão ensinados à turma nas aulas seguintes. 

Com o resultado em mãos, o docente pode dar mais atenção às carências dos estudantes, reforçando tópicos esquecidos ou não compreendidos por eles. Além disso, esse tipo de avaliação também funciona como uma ferramenta para os responsáveis, já que eles poderão identificar em quais áreas a criança apresentou mais dificuldade. 

A avaliação diagnóstica é ainda mais importante na retomada do calendário escolar no pós-pandemia. Aqui você vai entender como funciona este e outros tipos de avaliação, além de aprender mais sobre: 

Os diferentes tipos de avaliação

As avaliações são feitas com determinados objetivos. Quando eles mudam, é de se esperar que elas também se alterem. Em geral, há quatro tipos de avaliações predominantes nas escolas: a avaliação comparativa, a somativa, a formativa e a diagnóstica. Cada uma satisfaz uma necessidade. Conheça melhor cada uma delas: 

1. Avaliação somativa 

Essa avaliação costuma ser utilizada no final do ano letivo, para avaliar quantos e quais conteúdos foram, de fato, assimilados pelo estudante. Além disso, ela deve ser aplicada a todos os discentes ao mesmo tempo, para que eles tenham a mesma oportunidade de demonstrarem o que aprenderam. 

Por abordar diversos conteúdos, esse tipo de avaliação não costuma ser muito profunda, de modo que vários conceitos são abordados, mas nenhum é discutido com profundidade na avaliação.  

2. Avaliação comparativa 

A avaliação comparativa costuma ser utilizada quando o professor quer verificar se os discentes compreenderam determinado tópico do assunto ensinado. Nesse caso, ela é mais específica e aborda um único assunto, ou um grupo pequeno de tópicos, em profundidade. 

Ou seja, ela aborda uma parte do material, diferente da avaliação somativa. Em geral, ela é aplicada ao longo ou logo após a aula. 

3. Avaliação formativa 

Esse tipo de avaliação é empregado ao longo da aula, com o intuito de mensurar o aprendizado do estudante em relação a determinado assunto ao qual acabou de ser apresentado. 

Em geral, possui caráter informal, isto é, não há aviso prévio nem agendamento da avaliação. Além disso, costuma valer pouca ou mesmo nenhuma nota e dá ao discente a oportunidade de demonstrar o aprendizado que obteve. 

Um exemplo desse tipo de avaliação são os famosos exercícios dos livros de materiais didáticos. Específicos, rotineiros e sem agendamento, essas avaliações mensuram o aprendizado do estudante a partir de determinadas aplicações do repertório adquirido ao longo da aula. 

4. Avaliação diagnóstica 

A avaliação diagnóstica, como o nome sugere, é utilizada com o intuito de “diagnosticar” o que o discente sabe ou não sobre determinado assunto. Por isso, ela costuma ser utilizada no começo do ano letivo ou do semestre, quando um novo ciclo de aprendizado está sendo iniciado. 

Assim, os professores conseguem identificar, em relação aos tópicos que serão abordados, quais são as dificuldades e os erros conceituais mais frequentes entre os discentes da turma. 

O intuito é que, nas aulas seguintes, o educador dê ênfase aos conteúdos que foram mais adversos aos estudantes. Por isso, esse tipo de avaliação pode ser utilizado também como um feedback aos responsáveis sobre como está o aprendizado da criança ou do adolescente. 

 

Para que serve a avaliação diagnóstica 

Esse tipo de avaliação permite ao professor mapear as dificuldades específicas de cada estudante, conhecendo o nível da turma, em geral. Nesse contexto, a avaliação diagnóstica serve para que o educador elabore estratégias pedagógicas assertivas quanto à assimilação dos conteúdos pelos discentes.

  • Identificar o grau de domínio dos estudantes em relação a determinados conteúdos;
  • Mapear as dificuldades dos discentes;
  • Elaborar estratégias pedagógicas assertivas.

Outra característica desse tipo de avaliação é que ela é mais recorrente no início do ano letivo, quando o professor pode identificar quais serão os principais desafios do calendário escolar que se inicia. 

O que avaliar na avaliação diagnóstica? 

Tão importante quanto o tipo de avaliação que será aplicada são os conteúdos cobrados nesse momento. Na avaliação diagnóstica, o professor precisa ter clareza em relação às metas de aprendizado para o ano letivo que se inicia. 

Para isso, é necessário, antes, identificar quais conteúdos do ano letivo anterior foram devidamente assimilados ou não pela turma de estudantes. Quais pré-requisitos de aprendizado foram atendidos satisfatoriamente ou não pelos discentes. 

Uma dica é verificar quais são as habilidades exigidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em relação à disciplina e ao ano letivo do estudante. Isso porque o documento contém, detalhadamente, quais conteúdos devem ser ensinados em cada ano escolar, em todas as disciplinas.

Com essa informação em mãos, é possível saber o que foi e será ensinado aos discentes. 

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Exemplos de avaliação diagnóstica 

Não existe um único modelo de avaliação diagnóstica. Ela pode ser aplicada de vários modos, como:

1. Produção textual

Peça aos estudantes que escrevam um texto sobre determinado assunto já estudado. Desse modo, é possível verificar aspectos linguísticos e de assimilação do conteúdo por parte dos estudantes. 

Pode ser desde uma redação “Como foram as minhas férias” até a elaboração de um texto sobre algum conteúdo mais específico de uma das disciplinas.

2. Apresentação de seminários

Passe aos discentes alguns temas e peça a eles que montem uma apresentação para toda a turma. Além da apresentação, pode-se solicitar aos estudantes que elaborem um pequeno relatório. 

Aos que assistiram à apresentação, pode ser solicitado um pequeno texto para que expliquem o que entenderam sobre o assunto.

3. Lista de questões

Mais tradicional, esse tipo de abordagem pode conter questões objetivas ou dissertativas. Nesse modelo de avaliação, pode-se abordar diversos temas e tópicos de uma única vez.

4. Leitura e interpretação de texto

Indicada para estudantes em fase de alfabetização, esse tipo de avaliação permite ao professor que identifique o nível de habilidade na transmissão e compreensão de determinadas informações.  

Pode-se aplicar um único texto ou vários fragmentos textuais. Depende dos conteúdos que serão ensinados ao longo do ano letivo.

5. Cálculos

Indicado para os professores de Exatas, em geral, e de Matemática, em específico, esse tipo de avaliação permite ao professor identificar qual é o grau de proximidade ou de dificuldade dos estudantes em relação à lógica e a problemas numéricos.

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A importância da avaliação diagnóstica para o pós-pandemia

Foto ilustrativa. Créditos: Kelly Sikkema @kellysikkema/Unsplash.

Durante a pandemia da Covid-19, as escolas foram forçadas a adotar o modelo de ensino remoto de modo repentino. Aos poucos, os gestores escolares, coordenadores pedagógicos e professores trocaram informações sobre experiências de ensino bem sucedidas. 

Ao mesmo tempo, as famílias e as crianças foram se adaptando à nova realidade. Apesar do esforço conjunto - responsáveis, escola e estudantes -, há um sentimento de que o modelo de ensino remoto, do modo como foi aplicado, não surtiu o mesmo efeito que o ensino presencial. 

De modo que, no atual contexto pós-pandemia, a avaliação diagnóstica é fundamental para os professores que pretendem analisar qual é o grau de compreensão da turma sobre determinado tópico. 

Isso porque, provavelmente, os discentes devem apresentar mais dificuldades ou erros conceituais do que as turmas do período pré-pandemia. Dito de outro modo: será preciso tirar o atraso. 

Só que não adianta passar diversos conteúdos novos aos estudantes se eles ainda não têm clareza quanto ao que já foi ensinado. Assim, a avaliação diagnóstica é importante para que o professor consiga elaborar uma intervenção pedagógica adequada, capaz de satisfazer as necessidades dos discentes. 

Docência inovadora em tempos de pós-pandemia 

Como sabemos, a pandemia foi desafiadora para toda a sociedade. Mas, para os profissionais de Educação, foi especialmente difícil. Isso porque ficou claro o quão obsoleto está o modelo escolar tradicional. 

Além disso, diversos professores tiveram que se adaptar às Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) quase repentinamente. O que evidenciou o fato de que a progressão da carreira docente na educação básica depende, entre outros fatores, da capacidade do profissional de manter-se atualizado sobre as mudanças que acontecem na área. 

Uma alternativa é cursar uma pós-graduação que seja reconhecida e renomada na área, o que leva muitos educadores a se perguntarem: como escolher a melhor pós-graduação em Educação? 

Não existe uma resposta única para essa pergunta, afinal, os docentes possuem diferentes necessidades. Para fazer uma boa escolha, é preciso analisar quais são os seus objetivos, a grade curricular dos cursos, o currículo dos professores e a reputação da instituição de ensino.

Outro ponto fundamental é verificar se a especialização é reconhecida pelo MEC, seja ela na modalidade presencial, semipresencial ou EAD.

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