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Quando falamos sobre alfabetização, é comum as pessoas pensarem em letras, no alfabeto e em uma lousa com vogais, consoantes e palavras curtas. Só que nem toda alfabetização acontece apenas com palavras, há também a de números, a chamada alfabetização matemática.
Na verdade, a alfabetização matemática vai muito além dos numerais, ela tem relação com o desenvolvimento da linguagem e do raciocínio lógico, por meio dos números, entre os estudantes.
E em um mundo cada vez mais tecnológico e informatizado, a linguagem matemática será cada vez mais importante, por ser a condição primeira de acesso a conhecimentos dessa área.
Nesse contexto, em que a linguagem matemática ganha cada vez mais importância, há outro dado que quem está no dia a dia da sala de aula conhece bem: o medo ou mesmo a aversão de grande parte dos discentes em relação aos números.
Assim, a alfabetização matemática cumpre uma dupla função: deve ensinar aos estudantes conceitos e a linguagem da Matemática e, ao mesmo tempo, desfazer a ideia de que a disciplina é difícil e para poucos, para os “inteligentes”.
Se está ensinando os primeiros números para crianças, este artigo é para você! Olha só o que você vai ver por aqui:
Em resumo, a alfabetização matemática é ensinar a lógica dos numerais e princípios da matemática aos estudantes. Só que a alfabetização matemática deve considerar a realidade e o cotidiano do estudante no momento de ensinar os conteúdos.
Caso contrário, corre-se o risco de elaborar uma aula de Matemática em que os conteúdos e as situações problema são distantes da realidade do estudante, o que resulta em dificuldade de compreensão e desinteresse por parte dele.
Na alfabetização matemática, os números e outros conceitos da Matemática são postos de modo dialógico, isto é, o professor deve, antes, identificar qual é o estágio de letramento desses estudantes e quais elementos da matemática eles já incorporaram em seu dia a dia, para, então, definir quais conteúdos serão abordados e a didática que será utilizada.
As crianças devem se sentir seguras quanto ao processo de alfabetização. Por isso, quanto mais cedo elas tiverem contato com números e conteúdos de Matemática, mais confiantes tendem a estar quando o processo de alfabetização começar.
A verdade é que no cotidiano elas já utilizam vários desses conceitos, como contar, somar ou subtrair. Seja na brincadeira do esconde-esconde, pega-pega ou outras.
Nesse caso, cabe ao professor organizar e sistematizar tais conhecimentos, ensinando os estudantes a simbolizarem, matematicamente, determinadas situações. Por exemplo, se havia quatro colegas para pegar no esconde-esconde, e três já foram pegos, só resta um.
Dito de outro modo: 4 - 3 = 1
Em relação às letras, o processo de alfabetização é quando o estudante aprende a ler e a escrever, já o letramento é quando ele aprende a utilizar a leitura e a escrita para as práticas sociais.
Nesse sentido, o mesmo se aplica à Matemática. O letramento vai além de ensinar a famosa “decoreba”, que cria a famosa cena da professora intransigente que exige dos estudantes que saibam, de cabeça, as tabuadas completas do 1 ao 12.
O discente pode ser considerado letrado em Matemática quando ele tem a capacidade de simbolizar e resolver, matematicamente, determinada situação ou problema. E não quando decora uma série de números, mas não enxerga aplicação para isso no próprio dia a dia.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) , o letramento matemático permite ao estudante compreender a função e a importância da Matemática no mundo contemporâneo.
Além disso, essa compreensão deve ser acompanhada de senso crítico, de modo cidadão, para satisfazer as necessidades e resolver os problemas do próprio cotidiano.
Ainda de acordo com a BNCC, letramento matemático é quando o estudante desenvolve:
“C ompetências e habilidades de raciocinar, representar, comunicar e argumentar matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento de conjecturas, a formulação e a resolução de problemas em uma variedade de contextos, utilizando conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas”.
Nesse contexto de letramento matemático, há também o conceito de “sujeito matematicamente letrado”. Como o nome sugere, isso acontece quando o discente desenvolve a capacidade tanto de aplicar conceitos da Matemática no próprio dia a dia quanto de perceber o mundo ao redor de outro modo.
Nesse caso, o estudante vai além do conhecimento utilitário sobre os números e as operações matemáticas. Ele também passa a ser capaz de refletir sobre a Matemática, em si, o que é importante para o desenvolvimento futuro de raciocínios mais complexos.
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A alfabetização matemática deve acontecer desde cedo para que os estudantes sintam-se seguros em relação à Matemática. Nesse contexto, o papel do professor é primordial.
Cabe a ele fazer com que o aluno fique seguro em relação aos conteúdos ensinados, que perceba uma evolução natural no próprio aprendizado e fique motivado com o avanço.
A melhor parte é que iniciar a alfabetização matemática em sala de aula é muito mais fácil do que alguns pensam! Isso porque os números e as operações matemáticas (soma, subtração, multiplicação e divisão) já estão presentes no dia a dia dos pequenos.
Além disso, a criança aprende também por observação e exploração do ambiente em que está inserida. De modo que o professor ou educador deve auxiliar o pequeno na construção e sistematização desse novo conhecimento.
Os conceitos dos números, por exemplo, podem ser ensinados por meio de brincadeiras que exijam o agrupamento, a divisão, a classificação, a correspondência, entre os objetos.
Para aprender, é importante que o estudante esteja em um local adequado. Não precisa ser a sala de aula, existem outros espaços de educação não formal que podem ser utilizados nesse instante.
Ainda assim, a sala é um dos ambientes alfabetizadores, que deve ser explorada enquanto tal. Afinal, é durante a aula, em sala, que acontecem os diálogos, interações e descobertas por parte dos discentes.
Só que na etapa de alfabetização matemática, o professor deve se lembrar de que os estudantes são crianças! Ou seja, a imaginação é um dos estímulos para que elas possam se expressar e simbolizar o mundo, além de compreendê-lo.
Assim, uma opção é colocar uma tabela numérica em algum local da sala de aula, para que os estudantes possam consultar e observar. O interessante é que essa tabela seja colorida e chame a atenção das crianças.
É praticando que se aprende. Essa frase é conhecida entre os educadores. E, no caso da Matemática, não é diferente. Só que nada de exercícios e atividades monótonas, hein!
O recomendado é que o professor promova atividades lúdicas e divertidas. Por exemplo, é possível falar sobre quantidade contando quantas mochilas há na sala, qual é o tamanho do grupo dos meninos e das meninas, entre outras alternativas que envolvam o cotidiano dos estudantes e que seja fácil de visualizar e compreender.
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Como vimos, a sala de aula é um dos espaços alfabetizadores, mas não é o único. Pelo contrário! Existem diversos espaços que podem cumprir essa função.
A própria escola, por exemplo. O professor pode conduzir a turma de estudantes pelo prédio do colégio, contando quantas são as salas, quadras, cantinas, quantos professores foram vistos durante o passeio, entre outras abordagens que mostram ao discente que a Matemática está presente no seu dia a dia.
Desse modo, o estudante vai conseguir assimilar a importância e compreender o uso da Matemática para o próprio desenvolvimento e compreensão sobre o mundo ao redor.
Lembre-se também de que a casa dos discentes é um dos espaços que podem ser utilizados por eles. Com a ajuda de um responsável, os incentive a contar o número de cômodos na casa, a quantidade de pessoas que moram nela, entre outras observações que ensine sobre princípios e conceitos da Matemática.
Outras atividades e práticas podem ser desenvolvidas dentro da sala de aula. O importante é que o professor compreenda o momento e o nível da turma.
Veja outras dicas de como implementar a alfabetização matemática:
Se achar necessário incentive os estudantes a conversarem com os responsáveis sobre a importância dos números na rotina em que possuem. Assim, os discentes poderão compreender que a Matemática é importante para todas as pessoas, de qualquer idade e profissão.
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Por Redação Blog do EAD
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