Química é uma das matérias mais temidas pelos estudantes no ensino médio. E para aqueles que vão fazer o Enem
(Exame Nacional do Ensino Médio), o receio pode ser ainda maior.
O que cai de Química no Enem? Como é a prova? Como posso me preparar? Esses são alguns dos questionamentos que passam pela mente daqueles que estão estudando para o exame.
A boa notícia é que preparamos este artigo exclusivamente para esclarecer todas as suas dúvidas sobre o conteúdo de Química no Enem!
Preparados? Continue conosco e boa leitura!
Aqui você vai conferir:
Como é a prova de Química do Enem
A prova de Química no Enem está dentro do grupo de questões de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, junto com as matérias de Física e Biologia.
Ao todo, a prova de Ciências da Natureza tem 45 questões abordando conteúdos dessas três matérias. A estimativa é que pelo menos 15 questões sejam voltadas para os conhecimentos de Química.
Normalmente, as questões Química, bem como as de Física e Biologia, buscam referência na vida cotidiana e nos fenômenos reais como uma forma de contextualizar os aprendizados do ensino médio.
O objetivo das questões é instigar os alunos de um ponto de vista mais prático, relacionando os conteúdos da sala de aula com o mundo que os cerca.
Isso acontece porque a prova do Enem, no geral, busca explorar o raciocínio lógico do aluno e sua capacidade de interpretação. Assim, o exame avalia não só o seu conhecimento como também a forma como ele aplica esse conhecimento.
É por isso que a prova do Enem não fornece uma tabela periódica para consulta do candidato. Não é necessário decorar todos os elementos da tabela periódica; basta conhecer os principais elementos químicos e suas propriedades.
As competências avaliadas em Ciências da Natureza e suas Tecnologias
A prova de Ciências da Natureza avalia se os estudantes desenvolveram certas competências nesse campo do conhecimento. Essas competências estão na Matriz de Referência do Enem.
Conhecer quais são essas habilidades é essencial para entender como os conteúdos podem ser cobrados no exame e no que você deve focar na hora de estudar.
Confira:
Competência de área 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e socia
l da humanidade.
- H1 – Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou
oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
- H2 – Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
- H3 – Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
- H4 – Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade.
Competência de área 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
- H5 – Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
- H6 – Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
- H7 – Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de
materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência de área 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos.
- H8 – Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
- H9 – Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos.
- H10 – Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
- H11 – Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológicos.
- H12 – Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência de área 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
- H13 – Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a
manifestação de características dos seres vivos.
- H14 – Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como
manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros.
- H15 – Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos
biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
- H16 – Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência de área 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
- H17 – Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
- H18 – Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
- H19 – Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.
Competência de área 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico tecnológicas.
- H20 – Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
- H21 – Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
- H22 – Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
- H23 – Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou econômicas.
Competência de área 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico tecnológicas.
- H24 – Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
- H25 – Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção.
- H26 – Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
- H27 – Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência de área 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico tecnológicas.
- H28 – Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em ambientes brasileiros.
- H29 – Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas ou produtos industriais.
- H30 – Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente.
O que mais cai de Química no Enem
Agora que você já sabe quais competências o Enem espera que você desenvolva, que tal conhecer mais sobre os conteúdos do exame em si?
Os estudos de Química são divididos em 8 grandes áreas:
- Química Geral:
é aquela que estuda os estados físicos e propriedades da matéria, substâncias e misturas e composição do átomo;
- Química Orgânica:
é a parte que estuda os compostos de carbono, suas reações e outros elementos presentes em organismos vivos, tanto do reino animal quanto do reino vegetal, como hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, entre outros;
- Química Inorgânica:
é o campo de que estudo os elementos químicos diferentes do carbono e os compostos que eles formam. Ela investiga as estruturas, propriedades e a explicação dos mecanismos de suas reações e transformações;
- Bioquímica:
essa área pesquisa os processos químicos que ocorrem nos organismos vivos, especialmente nas células e nas biomoléculas – como proteínas, glicídios, lipídios e ácidos nucleicos.
- Físico-Química:
é o campo que estuda os princípios da Química, analisando os fenômenos que ocorrem nas reações químicas em escalas macroscópicas e atômico-molecular;
- Química Ambiental:
essa parte estuda os processos químicos presentes no meio ambiente, tais como: efeito estufa, chuva ácida, ciclos biogeoquímicos, aquecimento global, poluição, etc.;
- Química Analítica:
é o campo de estudos que trata da identificação ou quantificação de espécies ou elementos químicos;
- Química Nuclear:
é a área que analisa as reações nos núcleos dos átomos e como esses processos são aplicados pela humanidade. Ou seja, estudo os elementos radioativos, fissão nuclear, fusão nuclear, radioatividade, entre outros.
Bastante coisa, não é mesmo? Dentro dessas áreas, existem alguns conteúdos que são cobrados de forma mais frequente e merecem sua atenção nos estudos.
A Coletânea Enem, desenvolvida pelo Sistema Poliedro, realizou um levantamento completo dos conteúdos de Química que mais caem no Enem. Confira quais são:
- Compostos orgânicos (7,7%)
- Leis ponderais e estequiometria (6,2%)
- Reações inorgânicas (6,2%)
- Termoquímica (6,2%)
- Modelos atômicos e distribuição eletrônica (6,2%)
- Cinética e química (4,6%)
- Equilíbrios, hidrólise e solubilidade (4,6%)
- Soluções (3,1%)
- Estados físicos, sistemas e misturas (3,1%)
- Radioatividade (3,1%)
- Isomeria (1,5%)
- Propriedades coligativas (1,5%)
- Variáveis de estado e gases (1,5%)
- Propriedades periódicas dos elementos (1,5%)
- Caráter ácido básico das substâncias orgânicas (1,5%)
- Aminoácidos, proteínas, lipídeos e carboidratos (1,5%)
Como se preparar para as questões de Química do Enem
Uma das grande dificuldades dos estudantes que vão fazer o Enem é organizar seus estudos. E para aqueles que não tem tanta afinidade com Química, o volume de matéria pode assustar e paralisar muitas vezes.
No entanto, é preciso ter calma e respirar fundo: mesmo que Química não seja sua matéria favorita, você pode sim se sair muito bem.
Confira algumas dicas de como se preparar:
Deixe de lado a decoreba e estude de forma mais ativa
Primeiramente, é preciso deixar de lado o velho hábito de decorar os assuntos e fórmulas. Além de não ser eficaz a longo prazo, não é dessa forma que os conteúdos são cobrados no Enem.
A maioria das questões exige que os alunos saibam aplicar o conhecimento adquirido ao longo de seus estudos, e para isso, não é preciso decorar nada. O essencial é entender de forma prática como os conteúdos se relacionam com a realidade à sua volta.
Para isso acontecer, deve-se compreender a matéria e estudá-la com atenção, estabelecendo relações e efeitos.
A cada matéria estudada, tente avaliar como ela se aplicaria à vida real: fenômenos naturais, setores produtivos, corpo humano, etc. Esse exercício de relacionar os conceitos teóricos com a realidade será muito útil para quando você estiver lidando com esses assuntos no Enem.
Outra dica é, além de se dedicar aos livros, ler matérias da atualidade, assistir a documentários, ouvir podcasts e perceber como a Química está em praticamente todos os setores produtivos e em várias atividades diárias. Isso certamente o ajudará muito na hora de fazer o exame.
Faça exercícios e simulados
Outro erro muito comum na hora de estudar é apenas ler as resoluções dos exercícios sem efetivamente tentar fazê-los. Praticar é indispensável para testar seus conhecimentos.
Faça exercícios de provas passadas do Enem. Conheça a maneira como são redigidos os enunciados e o estilo da questões. Quanto mais acostumado você estiver ao estilo do Enem, menos ansioso você estará no dia.
Por se tratar de uma matéria da área de Exatas, a prática constante de exercícios é a melhor forma de aprender os conceitos e a aplicabilidade das teorias.
É por meio das tentativas, dos erros e das correções, que o aluno fortalece o raciocínio e compreende a teoria a fundo.
Descanse
Estudar é muito importante para garantir seu desempenho, mas descansar e ter momentos de lazer com a família e amigos também.
Por isso, não abra mão desses momentos de relaxamento e descontração, eles são essenciais para recarregar suas energias e manter o seu foco.