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Machado de Assis foi um dos autores mais importantes da literatura brasileira. Não é à toa que muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores o consideram o maior nome da literatura nacional até os dias de hoje.
O escritor possui uma vasta obra, que inclui romances, poesias, contos e até mesmo peças de teatro. Contudo, as obras que mais se destacam em sua literatura são as que fazem parte da chamada Trilogia Realista.
Afinal, o Realismo nas obras de Machado de Assis é um dos aspectos mais estudado por pesquisadores e também mais um dos mais cobrados nas provas de vestibular e no Enem.
Pensando nisso, neste artigo, trazemos mais detalhes sobre o Realismo presente nos livros de Machado de Assis e apresentamos as três obras que correspondem a esse estilo literário. Confira!
Aqui você vai ver:
Joaquim Maria Machado de Assis — ou Machado de Assis — nasceu em 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro.
Ele foi poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, crítico literário e um dos fundadores e primeiro presidente da
Academia Brasileira de Letras.
Em vida, o escritor publicou mais de 200 contos, 10 romances e publicações de diversos gêneros, como folhetins, peças teatrais, contos e crônicas.
Ele também testemunhou importantes momentos da história brasileira, como a abolição da escravatura e a transição de Império para República, além das mais diversas reviravoltas do século XIX e início do XX.
Em suas obras, é possível identificar vários desses momentos históricos, o que o fez ficar conhecido como um grande observador e analista dos eventos político-sociais de sua época.
Os primeiros romances de Assis – Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia — caracterizam a fase romântica do escritor.
A partir da publicação Memórias Póstumas de Brás Cubas, teve início sua fase realista.
Nela, o autor revelou seu incrível talento para análise do comportamento humano, mostrando a vaidade, o egoísmo e a hipocrisia da sociedade por trás dos atos bons e honestos em suas obras.
Não é à toa que a fase realista do autor é uma das mais celebradas até os dias de hoje. Ao longo deste artigo, falaremos mais sobre ela.
Machado de Assis faleceu em 1908, aos sessenta e nove anos de idade.
Desde então, tornou-se um dos escritores mais emblemáticos de todos os tempos, razão pela qual aparece todos os anos nas questões dos principais vestibulares e do Enem.
O Realismo tem origem na França. No Brasil, ele surge depois do
Romantismo
e antes do
Simbolismo
, compreendendo os anos 1881 a 1893 – mesma época em que o
Naturalismo
e o
Parnasianismo
também ocorreram.
Marcado pela objetividade, pela veracidade e pela denúncia social, o Realismo brasileiro tem início com a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, publicada em 1881.
Quando o Realismo surge no Brasil, o país passava por muitas mudanças, entre elas o processo de abolicionismo e a proclamação da República.
Todo esse cenário levou os autores realistas a rejeitarem a subjetividade e o sentimentalismo, recorrendo, por isso, a uma linguagem mais objetiva e analítica.
Não é à toa que o narrador realista faz frequentemente críticas sociopolíticas, centrada nos acontecimentos contemporâneos e na análise psicológica dos personagens.
Confira as principais características do Realismo brasileiro:
As principais obras do Realismo brasileiro são:
Ao falar do Realismo brasileiro, você deve ter notado que três das principais obras dessa corrente literária são de Machado de Assis, não é mesmo? E isso não acontece à toa: o autor é visto como um dos principais expoentes desse estilo literário.
As obras de Machado de Assis são divididas em duas fases. A primeira faz parte do Romantismo.
Essa fase é caracterizada pelas obras que mostram personagens buscando uma ascensão social — mas sem fazer críticas à sociedade. A Mão e a Luva (1874) e Helena (1876) são alguns exemplos do período.
Na década de 1880, contudo, o autor muda seu estilo, e suas obras se tornam totalmente realistas. Essa é a segunda fase da literatura de Machado de Assis.
A partir de então, seus escritos são permeados por análises psicológicas dos personagens, análise da sociedade e crítica aos ideais românticos.
Além disso, há uma mudança formal, com frases e capítulos curtos, e a utilização do recurso de diálogo com o leitor.
É interessante pontuarmos, inclusive, que a inauguração do Realismo no Brasil se dá com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) — que já conta com as principais características desta fase do autor: pessimismo, ironia, espírito crítico e uma profunda reflexão sobre a sociedade brasileira.
Confira mais características da fase realista de Machado de Assis:
Agora que você já sabe mais sobre o Realismo presente nas obras de Machado de Assis, vamos conhecer a Trilogia Realista do autor?
Confira abaixo os três romances de Machado de Assis que fazem parte do Realismo:
O livro Memórias Póstumas de Brás Cubas foi publicado em 1881.
A obra é narrada em primeira pessoa por Brás Cubas, o personagem principal. Ele é um "defunto-autor", isto é, um homem que já morreu e escreve sua autobiografia.
Na obra, Brás Cubas narra sua vida de privilégios, relatando diversos momentos da sua infância, adolescência e fase adulta.
Ao longo do seu relato, é possível identificar diversos traços da sociedade da época, como a escravidão, as classes sociais, o cientificismo e o positivismo.
Além disso, repleto de ironias, metáforas e eufemismos, Machado conseguiu representar nessa obra diversas críticas sociais, inclusive à elite da época.
Outra característica marcante da narrativa é a mudança no enredo linear com começo, meio e fim para um com mescla de tempo. Não é à toa que a obra termina com um capítulo em que Brás Cubas resume tudo que foi negativo na sua vida.
Assim, podemos afirmar que o livro foge dos padrões clássicos, associados com um final feliz e com a linearidade dos fatos.
O livro Quincas Borba foi publicado em 1891. A obra é composta de 201 capítulos curtos.
Ela conta a história de Rubião, um professor de Barbacena que herda os bens de seu amigo Quincas Borba. A única condição era que Rubião cuidasse do cão do falecido, que possui o mesmo nome do dono, ou seja, Quincas Borba.
Na obra, o novo rico se muda para o Rio de Janeiro e passa a ser explorado por “amigos”, como o casal Sofia e Cristiano Palha.
Assim, em meio a ironias, o narrador relata o gradual processo de enlouquecimento de Rubião, que, no final da história, acredita ser o imperador francês Luís Napoleão.
O romance tem como principal característica o foco nas relações sociais da época. Temas como interesse, traição, poder, aparência, loucura, ironia, imoralidade e falsidade são salientados nesta obra de Machado.
Vale notar que na obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba é citado pelo escritor. Por isso, acredita-se que Quincas Borba pode ser considerado (em partes) uma continuação de Brás Cubas.
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O romance Dom Casmurro foi publicado em 1899.
Ele é narrado em primeira pessoa pelo seu personagem principal: Bento de Albuquerque Santiago (Bentinho), um advogado solitário que rememora os principais fatos de sua vida.
O foco principal de sua narrativa é o possível triângulo amoroso entre ele, Capitu e Escobar.
A história começa apresentando a relação de Bentinho e Capitu, apaixonados um pelo outro desde a adolescência.
Eles têm que enfrentar um obstáculo à realização de seus anseios amorosos, pois a mãe de Bentinho, D. Glória, fez uma promessa de que seu filho seria padre.
No seminário, contudo, Bentinho conhece Escobar, que se torna seu melhor amigo e encontra uma solução para o problema: em vez do filho, D. Glória deve fazer padre “algum mocinho órfão”.
Dessa maneira, Bentinho, finalmente, consegue sair do seminário e se casa com Capitu.
A trama, porém, atinge seu ponto alto quando, finalmente casado com Capitu, Bentinho começa a suspeitar que ela teve um relacionamento extraconjugal com Escobar.
A dúvida acerca da traição de Capitu é um dos dilemas literários mais famosos e propõe questionamentos acerca do amor, da família, da amizade e do lugar da mulher na sociedade brasileira.
Além disso, a obra, de caráter antirromântico, apresenta, de forma irônica, uma crítica à burguesia carioca do século XIX, mostrando a vida como ela é e sem floreios.
Por Mariana Moraes
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