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6 teorias de liderança que todo profissional precisa conhecer

Escrito por Redação Blog do EAD | 15/11/20 20:34

No meio corporativo, faz total diferença ser um bom líder, independentemente da área.

Os perfis desses gestores e profissionais já foram estudados por cientistas, resultando nas chamadas “teorias de liderança”, conhecimentos específicos sobre o tema, com vertentes variadas.

Você já ouviu falar sobre elas? 

Aqui vamos te contar sobre as 6 teorias de liderança que todo profissional precisa conhecer e como elas ajudam no desenvolvimento pessoal

Vamos lá! 

 

 

1. Teoria dos Estilos de Liderança 

Idealizada nos anos 1930 pelo psicólogo Kurt Lewin, a Teoria dos Estilos de Liderança aponta os 3 principais estilos dessa ação: 

  1. Líder Autocrático
  2. Líder Democrático
  3. Líder Liberal (ou Laissez-Faire) 

O Líder Autocrático 

O Líder Autocrático diz respeito a um profissional capaz de tomar decisões rápidas, embasando-se nas suas experiências e conhecimentos técnicos.

As decisões não permitem opiniões, são unilaterais, com processo centralizado e discurso imperativo. Pode gerar resultados bons e ruins com esse comportamento. 

Em procedimentos técnicos, em que o líder tem maior capacidade para demandar da equipe a realização de tarefas, esse tipo de liderança é mais comum e com bons resultados, sendo o líder autocrático capaz de gerir equipes com execução normativa de prazos e de segurança. 

Esse perfil mais direcionador é exigido também na gestão de times juniores ou inexperientes. 

Contudo, empresas com maior exigência de criatividade e desenvolvimento da equipe apresentam resultados ruins com líderes autoritários. 

Percebe-se uma defasagem no engajamento, na inovação e na criatividade, visto a considerável diminuição de relações de troca (como diálogo e experimentações) entre líder e equipe, além de somente o gestor se envolver nas decisões, não sendo mais uma ideia de conjunto.

O Líder Democrático 

Diferente do perfil anterior, este gestor levará as decisões para serem pensadas em equipe, dando voz a todos no grupo, mas sem perder sua posição de porta-voz do time. 

Conforme Lewin, o perfil Democrático é eficiente para equipes criativas e inovadoras, vistas as características de abertura, incentivo a trocas de ideias e ao feedback. 

Cria-se um ambiente de confiança para brainstorm, por exemplo, e para arriscar novos planos.

O lado negativo desse perfil é a demora na tomada de decisão, podendo afetar a performance do time. 

O Líder Liberal 

Último, mas não menos importante, o perfil de Líder Liberal ou Laissez-Faire (deixe fazer) é conhecido como de “delegador”. 

O líder não interfere no processo e deixa com que cada pessoa tome uma decisão e iniciativa, dando autonomia total ao indivíduo na equipe. 

Dá certo quando todos ali entendem sua função e qual caminho devem seguir, prezando pela harmonia para alcançar o objetivo.

Muitas empresas agem assim com seus setores, dando autonomia para que cada um tenha seu próprio planejamento e sua gestão de custo. 

Contudo, atenção: é preciso foco! Se as equipes destoam dessa “vibe” de saber seu lugar e seu caminho, esse perfil de liderança pode deixar a desejar, sobretudo se estivermos falando de equipes menores, como startups. 

🔵 Leia também: Profissional em T: por que é tão valorizado no mercado de trabalho

Teoria da Grade Gerencial

Também conhecida como Grid Gerencial, é uma ideia criada por Robert R. Blake e Jane S. Mouton.

Consiste num conjunto grande de teorias sobre estilos de liderança, sendo que um líder pode usar várias formas e habilidades para trabalhar com sua equipe e atingir resultados ascendentes. 

A partir de um gráfico numerado de 1 a 9, analisam-se dois eixos: a relação do líder com o time e se a estrutura da empresa coopera nas ações diárias necessárias. 

A partir da combinação desses dois índices, cria-se o modelo de liderança baseado em dois comportamentos, um focado para pessoas e outro para tarefas.

Neste modelo de gráfico que citamos, podemos encontrar 81 estilos de liderança! 

 

Fonte: http://www.repositorio.furg.br

Segundo os índices, um líder pode ser: 

  • Líder 1,1 ou Pobre/ negligente: líder pouco focado nos dois eixos: tarefas e pessoas. Liderança quase ou totalmente ineficiente, é quase inexistente uma liderança eficiente.  
  • Líder 9,1 ou líder autocrático: muito focado em tarefas e pouco em pessoas; 
  • Líder 5,5 ou líder meio-termo: Líder equilibrado em ambos os eixos; 
  • Líder 1,9 ou country club: Líder preocupado em criar um ambiente de trabalho semelhante ao de um clube, como sugere o nome. Foca muito nas pessoas e pouco nas tarefas; 
  • Líder 9.9 ou líder de equipe: Líder ideal, com foco total nas tarefas e nas pessoas. Muito eficaz nas empresas, apresentando ótimos resultados e articulando um ambiente de trabalho saudável.  

🔵 Leia também: Liderança autocrática: gestão vertical e decisões concentradas


Teoria da Escolha dos Padrões de Liderança 

Também chamada de Teoria da Liderança Comportamental, foca em como os líderes se comportam e como essas características podem ser copiadas por outros líderes. 

Acredita que os líderes não nascem bem-sucedidos, mas lapidam isso e transformam-se nesse perfil, sobretudo aprendendo com o que veem. 

Os padrões de comportamento são chamados de “estilos de liderança” nesta teoria. 

Teoria Situacional da Liderança 

O líder identifica qual dos fatores situacionais é mais importante e prevê o estilo de liderança que é mais eficaz nesse momento. 

O princípio desta teoria consiste que a eficácia do líder é atrelada a sua capacidade responsiva e de ajuste nas situações, uma adaptação saudável. 

Defende-se que as características podem ser aperfeiçoadas com o passar do tempo e que há pessoas com maior facilidade para exercer posição de liderança. 

🔵 Leia também: Líder de equipe: o que faz, perfil e como ser um bom líder

Teoria do Caminho/Objetivo 

Desenvolvida por Robert House, foca em como os líderes devem auxiliar a equipe a encontrar o caminho para atingir as metas propostas, esclarecendo quais são estes caminhos, quais são os mais viáveis, reduzir o número de empecilhos e armadilhas e aumentar a oportunidade dessas pessoas no time. 

É uma teoria que interliga o relacionamento entre o estilo do líder, as características do grupo e o conjunto de tarefas.  

O líder precisa escolher entre 4 estilos de liderança para agir nas situações. São eles: 

  1. Estilo Diretivo: Estabelece diretrizes sobre padrões e comunica expectativas;
  2. Estilo de Apoio: Demonstra preocupação com o bem-estar dos membros da equipe e desenvolve relacionamentos mutuamente satisfatórios;
  3. Estilo Participativo: Solicita sugestões do grupo para tomadas de decisões e as leva em consideração;
  4. Estilo Orientado pela Realização: Estabelece metas desafiadoras, promove a melhoria do trabalho, cria expectativas altas e espera que as pessoas da equipe assumam responsabilidades. 

🔵 Leia também: Descubra se você segue o estilo de liderança laissez-faire

Teoria Transacional e Transformadora de Liderança

Um líder transacional é focado em metas, cumprimento de objetivos e não dá muita atenção ao ambiente de trabalho, satisfação e opinião de sua equipe. 

É uma prática mais antiga, colocada em instituições que dão menos liberdade aos funcionários. Costuma-se dizer que é uma postura mais de chefe, não de líder.

A equipe não tem tanta abertura para falar com o gestor. 

Já a liderança transformacional é a que o líder se preocupa com o ambiente de trabalho, com o que a equipe pensa, focando no crescimento do time, não apenas nos resultados. 

Além disso, esse líder sabe que um ambiente de trabalho saudável é combustível para atingir metas com maior facilidade.

As pessoas sentem maior abertura para falar com o gestor e maior confiança também.