Como lidar com o estresse?

Redação Blog do EAD • 13 de junho de 2024

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    Causador da  Síndrome de  Burnout , distúrbio emocional que leva à exaustão no trabalho, o  estresse  é um dos transtornos mentais mais comuns na atualidade.

    Apesar de frequente, os motivos e os riscos do estresse são, muitas vezes, desconhecidos e negligenciados. 

    O descaso com o estresse pode estar associado à  normalização do sofrimento  como um meio para obter o sucesso profissional ou acadêmico e à desvalorização da  saúde mental .  

    No entanto, se você está estudando para o vestibular e já sentiu  ansiedade taquicardia dor de cabeça angústia  cansaço  durante os estudos ou no período de provas, está na hora de dar atenção a estes sintomas.  

    Veja abaixo o que é o estresse e como tratá-lo.

    O que é o estresse?

    O estresse é uma resposta natural do corpo humano caracterizada por mudanças psíquicas e fisiológicas, que se desencadeiam em contextos de perigo ou aflição.  

    Os estímulos causadores do estresse podem ser tanto externos como internos, ou seja, de ordem física ou psíquica.  

    O ciclo neuroquímico do estresse ocorre em uma região do cérebro chamada de  Sistema Nervoso Autônomo , responsável por preparar o corpo para reagir a situações de medo ( aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, libera adrenalina, contrai e relaxa músculos, dilata os brônquios, dilata as pupilas, aumenta a transpiração, etc ).  

    Essa cadeia de estímulos cerebrais leva à ativação das  glândulas adrenais , localizadas acima dos rins.   

    As adrenais liberam hormônios específicos, como o  cortisol , o popular  hormônio do estresse .  

    Vale ressaltar que o cortisol não apresenta riscos diretos e costuma desempenhar funções importantes para o organismo.

    Ele é um hormônio que atua no  controle do estresse , sendo responsável, neste caso, por reduzir inflamações, ativar o sistema imune e manter os níveis de açúcar no sangue constantes, assim como a pressão arterial.  

    O próprio estresse é uma resposta vital para os seres humanos, tendo sido definitiva para a sobrevivência de nossos antepassados.  

    No entanto, a elevação e a repetição deste quadro resulta em diversos prejuízos para nossa saúde física e mental, podendo levar a outros problemas como  estresse crônico depressão distimia obesidade ,  pressão alta  e  diabetes .  

    Os tipos de estresse

    Segundo a  Associação Americana de Psicologia , existem  três tipos “clássicos” de estresse :  

    • Estresse agudo;  
    • Estresse agudo episódico;
    • Estresse crônico.  

    Além destes, existem ainda o  estresse pós-traumático  e o  estresse pós-parto , que não trataremos aqui.  

    A base do  tratamento  de todos os tipos de estresse é a mesma, conforme veremos mais abaixo no artigo.  

    Estresse Agudo

    É a forma mais comum de estresse. Bastante  comum em pessoas que estão passando por um momento de provação atípico, como ter que fazer uma apresentação em público, por exemplo.  

    Sintomas psicológicos:   

    • Instabilidade de humor;  
    • Insegurança;  
    • Apreensão;  

    Sintomas físicos:   

    • Dor de cabeça;  
    • Dor nas costas;  
    • Dor na mandíbula;
    • Dores musculares em geral;  
    • Azia;  
    • Palpitações cardíacas;  
    • Aumento de pressão arterial;  
    • Sudorese;
    • Outros.  

    Estresse Agudo Episódico

    Diz respeito aos casos em que o estresse agudo se repete com frequência.   

    Aqui, os  sinais são os mesmos dos sintomas do estresse agudo , mas prolongados e frequentes.   

    Quem tem  Estresse Agudo Episódico , provavelmente, já manifestou os sintomas em outras situações antes do vestibular, como em outras situações de provação ao longo da infância e da adolescência.  

    A ocorrência pode estar associada a uma hipersensibilidade desenvolvida na infância, geralmente associada à negligência familiar ou a episódios de estresse.  

    Sintomas físicos que podem aparecer, além dos já citados:  

    • Dores de cabeças persistentes;  
    • Enxaquecas;  
    • Hipertensão;  
    • Dores no peito;  
    • Doenças cardíacas.  

    Estresse Crônico

    É o quadro mais grave da doença e o qual deve ser evitado por meio do tratamento precoce.  

    Quem tem  Estresse Crônico  apresenta todos os sintomas descritos acima, de forma intensa e recorrente.   

    Está associado ao desenvolvimento de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Síndrome do Pânico e Depressão.

    As fases do estresse

    O estresse costuma ser classificado em três fases:  fase de alerta fase de resistência  e  fase de exaustão .  

    Fase de alerta

    Surge assim que o indivíduo entra em contato com o  agente estressor  

    Nessa fase, os sintomas comuns são  boca seca dor no estômago tensão muscular aumento dos batimentos cardíacos agitação , entre outros.  

    Fase de resistência

    Aparece após a fase de alerta, quando o corpo tenta voltar ao seu estado de equilíbrio.   

    Nesse momento, o organismo pode conseguir eliminar o problema ou se adaptar ao fator estressor.   

    Como sintomas dessa fase, podemos destacar um  mal-estar generalizado desgaste físico alterações de apetite emoção aflorada irritabilidade  diminuição da libido .  

    Fase de exaustão

    Ocorre como consequência de um fracasso na fase de resistência, havendo o comprometimento físico do indivíduo.   

    Apresenta-se  insônia hipertensão arterial alteração nos batimentos cardíacos tonturas frequentes dificuldades sexuais ,  diarreias frequentes alterações de humor apatia dificuldade para trabalhar queda na produtividade , entre outros sintomas.  

    Há psicólogos que consideram quatro fases no processo de estresse, ao acrescentar a “ quase exaustão ”. Nessa fase o indivíduo não consegue resistir ao estressor, porém ainda não está tão acometido como na fase de exaustão.

    Os impactos do estresse na saúde  

    Além de trazer impactos graves para a saúde mental, podendo acelerar quadros de ansiedade e depressão, o estresse elevado também traz consequências físicas:  

    • Aumento da pressão arterial;  
    • Maior risco de derrame;  
    • Maior susceptibilidade a infecções;  
    • Distúrbios gastrointestinais, como diarreia e constipação;  
    • Desordens alimentares, ganho ou perda excessivos de peso;  
    • Resistência à insulina que está associada ao diabetes tipo 2, e exacerbação do diabetes;  
    • Dor de cabeça do tipo tensional;  
    • Insônia;  
    • Diminuição do desejo sexual e impotência temporária nos homens;  
    • Exacerbação da tensão pré-menstrual;  
    • Diminuição da concentração, inibição do aprendizado e redução da memória;  
    • Exacerbação de lesões de pele, como por exemplo, à acne.

    6 técnicas de como lidar com o estresse para incluir na rotina  

    Confira algumas estratégias para lidar com o estresse. Você pode colocá-las em prática ao mesmo tempo ou adotar as que você sente-se mais confortável em seguir.

    Fazer terapia

    Nem todas as pessoas que precisam de acompanhamento psicológico têm condições financeiras para fazer terapia. Nestes casos, os estados e municípios costumam oferecer este serviço de forma gratuita, como é o caso do CAPS - Centro de Atendimento Psicossocial , mantido pelos governos estaduais.  

    Mas se esse não for o seu caso e se você está sofrendo com os sintomas descritos neste artigo, começar a fazer terapia é uma excelente oportunidade para se aprofundar nos motivos do seu estresse e tratá-lo com maior atenção.

    Cuidar a alimentação 

    A alimentação influencia diretamente na resiliência do sistema nervoso e pode contribuir para reduzir os danos do estresse.   

    Algumas dicas de alimentação saudável:  

    • Consuma legumes, frutas, grãos e verduras todos os dias.  
    • Consuma  alimentos energéticos , especialmente antes da jornada de estudos ou de trabalho, como açaí, banana, chá verde, chocolate, entre outros.  
    • Consuma  alimentos bons para a memória , como canela, azeite de oliva, abacate e castanhas, por exemplo.  
    • Faça de 3 a 4 refeições diárias.  
    • Não faça intervalos muito longos entre as refeições, procure comer frutas e cereais durante os intervalos.
    • Evite alimentos altamente gordurosos e ricos em sódio, como frituras e comidas pré prontas.   

    Praticar exercícios físicos  

    Praticar exercícios físicos, especialmente os aeróbicos, gera diversas alterações a nível cerebral como aumento do fluxo sanguíneo, crescimento neuronal e redução de processos inflamatórios.   

    A atividade física libera endorfinas, poderosos hormônios que, entre várias funções, promovem a sensação de bem-estar e combatem o estresse.  

    Por isso, procure uma atividade física que traga maior satisfação para você e coloque-a na sua rotina como uma prática regular, de preferência duas vezes na semana ou mais.  

    Praticar exercícios com outras pessoas também pode aumentar os níveis de bem-estar, oferecendo a oportunidade de socialização e a sensação de pertencimento.  

    Regular o sono

    É importante manter um ciclo regular e saudável de sono. 8 horas de descanso já é o suficiente.   

    Dormir muito mais horas do que o recomendado vai deixar seu cérebro lento e preguiçoso, já dormir horas a menos vai te deixar cansado e com baixo rendimento para trabalhar ou estudar.  

    Tomar água fria ou em temperatura ambiente ao acordar é recomendável para mandar o sono embora.   

    Além disso, é preciso regular a alimentação para ter um sono saudável, evitando alimentos pesados e gordurosos antes de dormir.   

    Também é essencial tomar um café da manhã saudável, com pão, frutas e proteínas (presentes em diversos tipos de leite, por exemplo).  

    Ter momentos de ócio e lazer

    Ter momentos de tédio contemplativo e lazer é importante. Priorize ter estes dois momentos.   

    O tédio contemplativo, ou ócio , é o momento de não fazer nada, o que não inclui entrar nas redes sociais.   

    Aproveite esse tempo para pensar na vida e avaliar onde você pode melhorar, sempre com compaixão e amor por você mesmo.  

    Já o momento de lazer é para fazer o que você mais gosta, como viajar, dançar, assistir filmes, escutar música, encontrar os amigos ou praticar o seu hobby.  

    Ter um animal de estimação e passar tempo com ele também ajuda a diminuir o estresse.  

    Reconhecer o próprio limite

    Respeitar seus limites significa identificar sua necessidade de descanso.   

    Mesmo como medida paliativa, que não é recomendada como única forma de enfrentamento ao estresse, parar ao chegar no limite é importante.  

    Caso não seja possível interromper a atividade ou entrar de férias, por exemplo, saia para a rua nos momentos de pico de estresse, se possível, e vá dar uma caminhada, alongue-se, tome uma água, faça alguns minutos de respiração consciente e escute uma música que você gosta.  

    Volte às atividades somente mais tarde, após se sentir relaxado. Priorize ir dormir cedo e acordar cedo, para regular o sono e manter a disposição durante o dia.  

    Trabalhar com moderação

    Tudo que é excessivo traz desgaste para o corpo e para a mente. Essa é a lógica do estresse.  

    Por isso, manter uma relação equilibrada com o trabalho, com uma carga horária diária bem definida, especialmente no  home office , é importante.   

    Confira algumas dicas:  

    • Realmente aproveite o intervalo de almoço : utilize todo o tempo disponível, não trabalhe enquanto realiza as refeições, de preferência vá tomar um sol após a refeição, escute uma música ou simplesmente relaxe, sem pensar no trabalho durante esse período. É recomendável fazer a higiene bucal e lavar o rosto após o intervalo para evitar a preguiça pós almoço.
    • Trabalhe a respiração : sempre que se sentir estressado, tire 5 minutos para fazer uma respiração lenta e consciente. Uma dica é contar até 4 na inspiração e mais 4 na expiração, movimentando a musculatura do abdômen e do tórax na expiração.  
    • Coloque metas reais e possíveis de serem cumpridas : não exagere nas metas diárias e semanais para não criar motivos de estresse para você.  
    • Estabeleça um horário fixo de entrada e saída : mantenha uma carga horária regular, respeitando diariamente o horário de início e fim da jornada.  
    • Não leve trabalho para casa:  procure realizar seu trabalho apenas dentro do expediente, seja em  home office  ou no escritório. Levar trabalho para fazer após o expediente é um alerta de que algo não está certo na sua jornada de trabalho. Alinhar o fluxo de demandas com o seu gestor, ou com você mesmo, se você for o seu próprio gestor, é importante.  

    Conclusão

    Como vimos neste artigo, o enfrentamento ao estresse envolve medidas multidisciplinares.   

    É importante colocar em prática todas as recomendações, pois não é apenas uma mudança que vai estabilizar o quadro de estresse. 

    Caso as medidas acima não funcionem, é recomendável consultar um médico endocrinologista para verificar a possibilidade de um distúrbio hormonal.   

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