Se você trabalha com tecnologia ou está buscando sua chance no mercado de TI, com certeza já ouviu falar sobre os layoffs nas big techs.
Essa movimentação de demissões em massa e enxugamento de operação está acontecendo desde o final do ano passado, e acabou trazendo uma onda de incerteza para a área de tecnologia.
Mas porque isso está acontecendo? E o que você precisa fazer, enquanto profissional, para se recuperar mais rapidamente caso seja afetado por um layoff?
É sobre esse assunto que vamos conversar neste artigo.
Aqui, você vai entender o que é um layoff, porque layoffs em big techs estão acontecendo, vai ver uma breve linha do tempo desse fenômeno e receber dicas de como dar a volta por cima.
Confira:
Por definição, o layoff é uma ferramenta estratégica utilizada por empresas para reduzir custos com pessoal em momentos de problemas financeiros e/ou reestruturação organizacional.
Enquanto ferramenta, o layoff abarca uma série de práticas dentro de si.
Por exemplo, empresas que optam pelo layoff em momentos de crise podem realizar demissões em massa, redução na jornada de trabalho, demissões voluntárias, férias coletivas, aposentadorias antecipadas, demissões por justa causa ou suspensão temporária de contratos.
A prática do layoff surgiu ainda no século XIX. Na época, as fábricas estavam experimentando ciclos econômicos e uma demanda variável.
A forma encontrada de manter a saúde financeira do negócio diante dos ciclos, então, foi reduzir os funcionários durante os períodos de baixa demanda.
O layoff é uma prática comum em diversos países, sendo considerado uma das ferramentas mais importantes para empresas se adaptarem às mudanças do mercado.
Pode ser que, ao ler as notícias sobre os layoffs nas big techs, você tenha se perguntado se a prática adotada é realmente um layoff ou apenas uma demissão em massa.
Pode ser também que tenha passado pela sua cabeça que “layoff” é o termo em inglês usado para se referir à demissão em massa.
Por isso, é importante esclarecer que esses dois termos estão relacionados, mas não são sinônimos.
Como você viu acima, o layoff é uma ferramenta que reúne diversas práticas. Entre elas, a demissão em massa. Mas nem sempre uma empresa que recorre ao layoff, demite funcionários.
Por definição, o layoff se refere à redução temporária ou permanente do número de funcionários de uma empresa devido à problemas financeiros ou mudanças estruturais.
Já a demissão em massa é a prática de demitir um grande número de funcionários ao mesmo tempo para que essa redução aconteça.
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O layoff, como você viu, é uma ferramenta utilizada desde o século XIX para manter a saúde financeira de uma empresa em dia.
Durante a Grande Depressão, na década de 1930, essa se tornou uma prática costumeira. E durante a Pandemia de Covid-19, muitas empresas também precisaram recorrer ao layoff.
Ou seja, a principal motivação de um layoff é a economia.
Depois de quase duas décadas com um investimento intenso e crescimento acelerado no setor de tecnologia, especialistas afirmam que o mercado inflou.
E essa inflação se tornou especialmente visível durante os anos de pandemia.
Em outras palavras, desde os anos 2000, o mercado de TI vem se expandindo, contratando muitos funcionários e investindo em novas tecnologias.
Porém, durante a pandemia, essas empresas resolveram olhar para suas operações e, diante da crise econômica que o Coronavírus trouxe, escolheram começar a enxugar suas atuações.
O cenário econômico em que as big techs se encontram, especialmente nos últimos dois anos, é de altas de juros e investidores dando um passo para trás.
Ou seja, empresas de tecnologia estão recebendo menos dinheiro de investidores, estão enfrentando concorrência ferrenha com tecnologias que mudam o tempo inteiro e estão tendo custos altos com manutenção de equipe.
Tudo isso resulta nos layoffs.
O cenário macroeconômico atual pode não ser dos mais otimistas. Então, o que esperar dos próximos meses para o mercado de TI? Será que o cenário tende a piorar?
Em entrevista para O Globo, especialistas disseram acreditar que a situação dos layoffs nas big techs não será resolvida rapidamente.
O esperado é que o mercado continue incerto por mais algum tempo.
Isso porque as demissões acabam afetando negativamente o desempenho das big techs na Bolsa, e isso cria um ciclo que se retroalimenta.
Além disso, é esperado que o crescimento acelerado das duas últimas décadas não volte a acontecer. O que se espera é que o setor cresça de maneira mais estável agora.
Algo que os especialistas também trouxeram é que o motivo dos layoffs não se ampara somente na crise econômica e na inflação do mercado, mas também em escolhas das empresas.
Por exemplo, a Amazon precisou investir em aumentar sua estrutura para atender à demanda de comércio virtual durante a pandemia.
Depois desse período, quando as vendas online começaram a diminuir, devido à volta das compras físicas, a empresa precisou enxugar a operação.
O mesmo aconteceu com a Meta.
Nos últimos anos, o investimento da empresa foi grande no Metaverso, por exemplo, uma empreitada que acabou não trazendo o resultado esperado, ocasionando os layoffs.
Ou seja, embora o mercado esteja instável, ele não é o único responsável pelas demissões.
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Pode ser que, ao chegar neste momento do artigo, você esteja se perguntando se ainda vale a pena investir na sua carreira em TI. E a resposta é que sim, ainda vale a pena!
Como você viu na seção acima, estamos passando por um momento econômico de instabilidade, no qual muitas empresas de tecnologia estão precisando recalcular a rota.
Nada disso significa, entretanto, que o mercado de TI está perdido.
Os layoffs nas big techs significam que o setor de tecnologia está passando por um momento difícil, mas que, assim que se organizar e se estabilizar, a promessa é que tudo volte ao normal.
Especialmente porque as vagas de TI não deixaram de existir.
Big techs e startups ainda estão em busca de profissionais de tecnologia capacitados. A questão agora é que a concorrência por estas vagas vai ficar um pouco mais acirrada por algum tempo.
De acordo com a consultoria IT Forum, profissões em tecnologia continuam em alta, inclusive podendo ter um aumento médio de 8% nos salários oferecidos.
A exigência, nesse caso, é a qualificação. Com um mercado um pouco mais enxuto e profissionais saídos de big techs buscando recolocação, o diferencial é a capacitação do profissional.
E pensando em ajudar você nesse momento de recolocação, ou colocação, no mercado, selecionamos algumas dicas de como se capacitar e se preparar:
Parte essencial de estar preparado para atuar no mercado é ter o conhecimento necessário.
Mas, para além da teoria, é preciso que você curse uma graduação (ou pós-graduação) que também valorize a prática. Por isso, busque por instituições que ofereçam uma formação atual e de qualidade, que prepare você para o mercado.
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No setor de TI, uma constante é que você precisa estar atualizado quanto a novas ferramentas, abordagens ou tecnologias.
Por exemplo, uma grande queridinha deste momento é a Inteligência Artificial. Nesse caso, estar por dentro do que é, como funciona e como se aplica a IA é um diferencial e tanto para o profissional.
A dica aqui, então, é que você busque sempre estar por dentro das novidades, estudando tendências e aplicando novos conhecimentos.
A fluência em inglês não é apenas uma exigência para conseguir navegar melhor pelas linguagens de desenvolvimento e novidades do mercado, mas também é uma porta para novas oportunidades.
Ser fluente na língua inglesa permite, por exemplo, que você busque colocação em vagas internacionais, trabalhando para outros países e ganhando em moeda estrangeira.
Buscar oportunidades fora do país é uma boa estratégia para expandir suas possibilidades.
Muitos profissionais de TI subestimam o poder do networking, mas ter uma boa rede de contatos pode fazer muita diferença nesse momento delicado.
Por isso, não tenha medo de utilizar o LinkedIn a seu favor, acionando as ferramentas necessárias para ser encontrado por recrutadores e criando conexões.
Assim como é essencial que você tenha conhecimentos específicos para realizar seu trabalho no setor de tecnologia, também é importante desenvolver suas habilidades e competências.
Elas são como bônus para o processo seletivo, características suas que podem fazer toda a diferença na hora da contratação. Por isso, desenvolva sua liderança, trabalho em equipe, etc.
Trabalhando esses cinco pontos, você estará muito mais preparado para lidar com o mercado atual de TI. Boa sorte!
