Como ingressar no mercado de trabalho e construir uma carreira de sucesso

Postado em 28 de nov de 2022
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Terminar o Ensino Médio, começar uma faculdade, trabalhar em uma organização de prestígio e ganhar experiência para crescer na carreira.

Essa é a trajetória mais comum quando pensamos na vida profissional de alguém, não é mesmo?

Percorrê-la é desafiador, ainda mais para quem está em busca do primeiro emprego ou de estágio. Se este é o seu caso, os 9 passos listados abaixo vão te ajudar nesse processo.

Além de orientações práticas, você vai encontrar reflexões importantes para definir qual profissão seguir no futuro. Confira:

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Antes de começarmos... O que significa ter uma carreira de sucesso?

Sucesso não é sinônimo de altos salários nem de ser dono da própria empresa.

O significado da palavra é bastante subjetivo e varia de pessoa para pessoa. Mas todas concordam que o sucesso depende da realização de certas conquistas e desejos.

Alguns exemplos comuns de carreira de sucesso que ouvimos por aí são:

  • Estabilidade financeira;
  • Cargos e títulos de prestígio;
  • Equilíbrio entre vida profissional e pessoal;
  • Possibilidade de fazer os próprios horários;
  • Ter o próprio negócio;
  • Trabalhar menos horas por dia;
  • Viagens internacionais todo ano;
  • Trabalhar em uma empresa renomada;
  • Fazer pesquisas em universidades internacionais;
  • Morar e trabalhar em outro país;
  • Focar na criação dos filhos em tempo integral;
  • Ser reconhecido por suas ideias e projetos;
  • Conquistar a independência financeira;
  • Ter um emprego que permita investir na educação dos filhos.

E a lista não para por aqui.

Por isso, a melhor pergunta a ser feita é: “o que significa ter uma carreira de sucesso para mim?”.

Quando falamos de sucesso profissional, não existe certo e errado, melhor ou pior. O mais importante é estabelecer suas próprias metas profissionais, não apenas estar de acordo com o senso comum.

Dito isso, podemos falar dos passos para ingressar no mercado de trabalho. Vamos à primeira delas.

🔵 Leia também: Profissões em alta em 2023: conheça as áreas mais promissoras

1. Escolha uma faculdade para ingressar no mercado de trabalho

Sim, fazer faculdade vale a pena.

Ter um diploma de Ensino Superior representa maiores salários e melhores oportunidades de emprego.

Um brasileiro que concluiu um curso universitário ganha mais que o dobro (140%), em média, do que trabalhadores que têm apenas o Ensino Médio, segundo o relatório Education at a Glance, elaborado pela OCDE em 2018.

E a perspectiva de remuneração é ainda mais promissora para quem continua estudando. De acordo com a mesma pesquisa, os brasileiros com pós-graduação ganham até o quádruplo (350%) na comparação com quem não fez uma faculdade.

Outra pesquisa que mostra que fazer faculdade vale a pena é da Associação Brasileira de Mantedoras de Ensino Superior (ABMES), divulgada em julho de 2022.

O levantamento com 2 mil recém-formados de todo o país mostrou que 69% dos egressos do Ensino Superior estão empregados até um ano após a colação de grau, independentemente da modalidade de ensino (EAD, presencial ou semipresencial).

Metade dos que ingressaram no mercado de trabalho ocupam vagas formais, enquanto 11% atua como autônomo ou profissional liberal.

A pesquisa também apontou as áreas com maior empregabilidade, conforme a graduação dos participantes. Confira:

  • Tecnologia da Informação: 82% dos respondentes empregados, sendo 77% deles na área de formação;
  • Engenharias: 77% dos respondentes empregados, sendo 93% deles na área de formação;
  • Saúde: 72% dos respondentes empregados, sendo 85% deles na área de formação;
  • Direito: 53% dos respondentes empregados, sendo 63% deles na área de formação;

Trabalhar e fazer faculdade ao mesmo tempo é possível!

Quem ainda tem dúvida sobre fazer uma graduação ou não levanta uma questão importante: “quero muito estudar, mas preciso trabalhar para pagar as contas de casa. Será que dá para fazer os dois ao mesmo tempo?” A resposta é SIM!

E essa situação é bastante comum entre os universitários brasileiros.

Em 2019, quase metade dos estudantes de 19 a 24 anos de idade encaravam a dupla jornada de trabalhar e estudar, segundo levantamento da consultoria iDados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua).

Por isso que o Ensino a Distância (EAD) é a modalidade preferida dos universitários que precisam trabalhar enquanto estudam. Ela dá mais flexibilidade aos horários, além de significar uma economia em transporte, tempo e mensalidades.

Ao final, é conquistado um diploma com a mesma validade em todo o Brasil, pois nem o Ministério da Educação (MEC) nem as empresas fazem distinção entre certificações obtidas em cursos presenciais ou à distância.

Em 2020, o número de ingressantes em graduações EAD superou o de estudantes que optaram pelos cursos presenciais. Foram mais de 2 milhões de matriculados na modalidade à distância, contra 1,7 milhão na modalidade presencial, conforme dados do Censo da Educação Superior do MEC.

Em 2021, a diferença na quantidade de matriculados entre as duas modalidades aumentou. Em um ano, houve um aumento de 23,3% no número de ingressantes em graduações EAD, enquanto nas presenciais o ingresso caiu 16,5%.

No total, o número de matriculados em cursos de Ensino Superior à distância chegou a 3,5 milhões e o de inscritos em graduações presenciais, a 3,3 milhões. Os dados mais uma vez são do Censo da Educação Superior.

Isso não significa que conciliar uma faculdade EAD com o trabalho seja fácil. Cansaço, horas na frente do computador e provas nos polos EAD da faculdade fazem parte na rotina. É preciso focar no que você vai ganhar com um diploma no currículo e vencer um dia de cada vez.

🔵Leia também: O que é curso EAD? Tire todas as suas dúvidas!

2. Conheça as áreas em que faltam profissionais capacitados

Uma graduação abre portas para ingressar no mercado de trabalho, mas... Qual curso escolher?

Uma boa estratégia para escolher uma faculdade é pesquisar em quais áreas faltam profissionais capacitados. Depois, refletir se essas opções de carreira fazem sentido com seus objetivos profissionais e de vida.

Aqui no Blog do EAD, você encontra um checklist de como escolher a faculdade certa. Recomendamos a leitura após conhecer os mercados que estão aquecidos.

Quatro deles são os setores de tecnologia, agronegócio, mercado financeiro e ESG:

Mercado de trabalho de tecnologia

Cerca de 53 mil profissionais de tecnologia são formados todos os anos nas instituições de Ensino Superior brasileiras, mas o país tem uma demanda média anual de 159 mil. Projeta-se um déficit de 530 mil talentos até 2025.

Os números são do estudo “Demanda de Talentos em TIC e Estratégia ΣTCEM”, publicado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) em 2021.

A alta demanda faz com que empresas contratem profissionais de tecnologia que ainda não concluíram a graduação, além de oferecem salários atrativos.

Um desenvolvedor júnior, por exemplo, pode começar ganhando R$ 5.500,00. Ao alcançar o nível sênior, o salário pode chegar a R$ 19.350,00, de acordo com o Guia Salarial da Robert Half.

🔵 Leia também: Curso de TI: por que fazer uma graduação de tecnologia?

Mercado de trabalho do agronegócio

Até 2024, o setor do agronegócio deve abrir 178 mil vagas de emprego no Brasil. No entanto, há apenas 32,5 mil profissionais qualificados para ocupá-las. Isso significa que, hoje, existem 5 vagas abertas para cada profissional qualificado a atuar na área.

As estimativas são de uma pesquisa realizada em parceria entre a Agência Alemã de Cooperação Internacional, o Senai e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A demanda por especialistas em agronegócio faz sentido ao observamos o peso que o setor tem no Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em 2021, ele foi responsável por 27% do PIB, empregando 1 em cada 3 brasileiros, de forma direta e indireta.

Essa conclusão é do Centro de Estudos de Economia Agrícola da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz de Piracicaba (Cepea/Esalq).

Mercado de trabalho do setor financeiro

Os grandes bancos e instituições financeiras tradicionais sofrem um apagão de talentos no setor, em especial nos cargos que trabalham com crédito, controladoria, vendas e planejamento.

80% dos profissionais que atuam no segmento não estão dispostos de mudar de emprego, como mostra a pesquisa da consultoria PageGroup.

A porcentagem reflete o perfil de quem trabalha no setor, que é mais conservador em relação à carreira. Os profissionais do mercado financeiro preferem permanecer na mesma posição por mais tempo do que quem atua em outras áreas.

Para fazer com que esses profissionais mudem de emprego, é preciso oferecer um salário 25% mais alto, em média, junto a benefícios.

Mercado de trabalho do ESG

A preocupação com as questões ambientais, sociais e de governança é uma realidade para empresas nacionais e internacionais, que veem o ESG como uma forma de atrair investimentos e ainda gerar valor para a sociedade.

ESG é a sigla para:

  • Enviromental (ambiente): abrange medidas de proteção do meio ambiente, o que inclui esforços para conter as mudanças climáticas, preservação da biodiversidade e gestão de resíduos;
  • Social: abrange medidas que valorizam as pessoas, sejam os consumidores ou os colaboradores. Inclui ações de diversidade, inclusão, equidade, privacidade, proteção de dados e relações trabalhistas;
  • Governance (Governança): abrange medidas de gestão, que tratam sobre ouvidoria, combate à corrupção e responsabilidade fiscal.

O setor já conta com uma classe profissional valorizada no meio corporativo por orientar ações que garantam sustentabilidade às operações das organizações.

Por ser uma área recente e em ascensão, sobram vagas para profissionais qualificados. Mais da metade das empresas consultadas no Guia Salarial 2023 da Robert Half apontam a falta de especialistas em ESG como uma das principais barreiras para adotar estratégias de responsabilidade ambiental e social.

A qualificação para atuar no setor ESG começa na pós-graduação.

Ou seja, pessoas formadas em Administração, Ciências Contábeis, Comunicação, Direito ou Engenharias podem fazer carreira na área ao buscarem especializações, mestrados e doutorados.

O setor de tecnologia é uma área que sofre com a falta de profissionais qualificados. Crédito: Arif Riyanto/Unsplash.O setor de tecnologia é uma área que sofre com a falta de profissionais qualificados. Arif Riyanto/Unsplash.

3. Aposte no estágio para ingressar no mercado de trabalho

Se a faculdade abre portas, o estágio representa a passagem pela entrada do mercado de trabalho.

De acordo com a Lei nº 11.788/2008, o estágio é um ato educativo supervisionado e desenvolvido no ambiente de trabalho. É uma atividade que busca fornecer o aprendizado de competências profissionais e possibilitar aplicação dos conhecimentos trabalhados em sala de aula.

O estágio pode ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso.

E não é um privilégio dos universitários. Estudantes que frequentem o ensino regular em instituições de Educação Profissional, de Ensino Médio, de Educação Especial e de Educação de Jovens e Adultos (EJA) têm o direito de estagiar.

Entre as vantagens de fazer estágio, podemos listar:

  • Colocar o conteúdo teórico visto na faculdade em prática;
  • Descobrir se você tem afinidade com a área de trabalho do seu curso;
  • Começar a construir uma rede de contatos, ou seja, fazer networking;
  • Possibilidade de efetivação após a conclusão do estágio.

Direitos do estagiário para prestar atenção

Estagiários não têm vínculo empregatício formal, por isso não seguem a regulamentação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Isso não significa que as empresas não tenham que respeitar uma série de regras para garantir que o estudante consiga conciliar o estágio com os estudos. As mais importantes são:

  • Ter uma carga horária máxima de 6 horas diárias e 30 horas semanais para estágios de nível superior, médio ou técnico;
  • Oferecer bolsa-auxílio e vale transporte para estudantes que fazem estágio não-obrigatório;
  • Dar 30 dias de recesso remunerado ao estudante que faz um estágio com duração igual ou superior a um ano;
  • Reduzir pela metade a carga horária diária de trabalho em dias de prova;
  • Passar atividades obrigatoriamente relacionadas à graduação do estagiário;
  • Garantir a saúde e segurança no trabalho do estagiário.

🔵Leia também: Os cursos mais procurados pelos brasileiros no Ensino Superior

4. Capriche no currículo e no LinkedIn

Um currículo caprichado é a chave para conquistar o primeiro estágio ou emprego.

E não se preocupe se você não tiver experiências profissionais para incluir no documento. Um bom currículo não significa ter experiências em empresas grandes, e muito menos que tenha trabalhado em cargos importantes, nem todos tiveram essa oportunidade.

Um currículo impecável deve ser completo, com informações que sejam realmente necessárias, corretas e bem estruturadas. Ele deve ser enxuto e destacar o que você tem de melhor.

As informações que não podem faltar no seu currículo são:

  1. Informações pessoais e de contato: nome completo, endereço, WhatsApp e e-mail.
  2. Objetivo profissional: o nome da vaga ou o que você espera agregar à empresa. O objetivo profissional deve ser adaptado para cada processo seletivo que você participar.
  3. Experiências profissionais: liste os últimos cargos que você exerceu e o que fez de relevante no período em que os ocupou. Caso seja um currículo para estágio ou primeiro emprego, destaque os projetos de voluntariado, de extensão e de iniciação científica realizados na faculdade.
  4. Educação: inclua sua graduação, mesmo que ela esteja em andamento, e liste demais cursos que você fez e que tenham relação com a vaga. É preciso indicar o nome da instituição de ensino e datas de início e conclusão.
  5. Habilidades: vale listar habilidades técnicas e socioemocionais. Alguns exemplos são o domínio de softwares, um idioma estrangeiro e capacidade de comunicação.
  6. Informações adicionais: reserve esse espaço para premiações e certificações.

Finalizado o currículo, hora de criar um perfil no LinkedIn.

A rede social profissional funciona como uma vitrine para o seu currículo e suas conquistas, ao mesmo tempo em que é um espaço de divulgação de vagas.

Um bom perfil do LinkedIn reúne as seguintes informações:

  • Nome, cargo, local e informações de contato: coloque seu nome e sobrenome, evitando apelidos. Preencha também a cidade onde mora, e as informações de contato como e-mail. Por mais que exista a opção das mensagens dentro do próprio LinkedIn como um chat, algumas empresas preferem realizar o primeiro contato por e-mail.
  • Foto adequadas para o perfil: na hora de escolher a foto de perfil, capriche, mas com bom senso. Não precisa ser nem tão foto 3x4, e nem uma selfie com filtros. Escolha uma foto de boa qualidade, pode ser do celular mesmo. Mas que transmita uma imagem o mais profissional possível. O mesmo vale para a foto de capa também.
  • Sobre/biografia: aqui você vai colocar um resumo de quem você é. Fale brevemente sobre sua formação, área de atuação ou área que deseja trabalhar. Nesse espaço, também é permitido falar sobre algumas características e habilidades relevantes, além de valores que você acredita.
  • Experiência profissional: descreva da melhor forma possível sobre os lugares onde você trabalhou, por quanto tempo, e o que você fez. Como no currículo, nessa parte da rede social é onde você vai vender o que você sabe fazer.
  • Formação acadêmica: espaço dedicado para a sua formação, seja de nível médio ou superior. Nesse espaço é importante colocar se você estuda ou está estudando, qual curso e em qual instituição de ensino.
  • Licenças e certificados: é possível você anexar seus certificados e licenças dentro do próprio LinkedIn, e ele ficará visível para os recrutadores.
  • Conquistas e prêmios: premiações amplamente conhecidas, ou reconhecimentos recebidos das empresas por onde você passou. Não importa o nível, mostre em seu perfil. Isso reforça os reconhecimentos que recebeu ao longo da sua carreira.
  • Seus interesses: nesse campo você coloca o que você busca. Seja cargos relacionados, empresas, área de atuação. Isso vai influenciar também na hora de fazer as conexões, e o grau delas, como citamos anteriormente.

Depois de criar o perfil, vá nas configurações e, em “Comunicação”, ative a opção de receber alertas de vaga por e-mail. Assim você vai receber todos os dias uma lista de vagas de emprego adequadas ao seu perfil do LinkedIn.

Onde cadastrar currículos

Além do LinkedIn, existem outros sites em que você pode cadastrar seu currículo e buscar oportunidades, olha só:

Para quem está procurando estágio, os melhores sites para cadastrar o currículo são:

O LinkedIn é um grande aliado para ingressar no mercado de trabalho. Créditos: Souvik Banerjee/Unsplash.O LinkedIn é um grande aliado para ingressar no mercado de trabalho. Souvik Banerjee/Unsplash.

5. Entenda como funcionam os processos seletivos

Lembra que falamos que você precisa adaptar o currículo de acordo com a vaga? Esse raciocínio vale para o processo seletivo como um todo.

O RH de cada empresa tem processos próprios de recrutamento e seleção. Há departamentos que aplicam testes de personalidade após a análise do currículo para só depois agendarem entrevistas, que podem ser presenciais ou online.

Outros realizam dinâmicas de grupo para selecionar quem será entrevistado pelo gestor responsável pela vaga. Também existem os que optam por realizar apenas análise de currículo e uma conversa com os candidatos.

Quem vai te explicar a dinâmica do processo seletivo é o recrutador. Vale ler com atenção a descrição da vaga, para saber o que te espera caso passe de etapa.

Como se preparar para a entrevista de emprego

Cada departamento de RH tem um processo próprio, mas todos preveem uma entrevista com os candidatos selecionados.

As perguntas e a dinâmica da entrevista variam de acordo com o perfil da vaga e a cultura da empresa. De maneira geral, para se sair bem nessa etapa, é necessário realizar os seguintes passos:

  • Pesquisar a fundo o histórico e a atividade principal da empresa que está ofertando a vaga. Essas informações estão disponíveis no site institucional e nas redes sociais da organização, além de matérias veiculadas em portais de notícia;
  • Vestir-se com peças neutras que sinalizem uma imagem profissional;
  • Sair de casa mais cedo para chegar no horário combinado, no caso de entrevistas presenciais;
  • Checar se o link e a conexão com a internet estão funcionando antes do horário combinado, no caso de entrevistas online;
  • Manter uma postura ereta e olhar nos olhos do entrevistador enquanto conversam;
  • Fazer perguntas sobre o processo seletivo ou sobre a empresa ao final da entrevista, para reforçar seu interesse pela vaga.

6. Construa sua marca pessoal

Como você gostaria que as pessoas te vissem como profissional? Que qualidades você gostaria que elas conhecessem?

As respostas vão depender da sua marca pessoal, ou seja, as ideias associadas à sua imagem e ao seu trabalho.

Mesmo que ainda esteja na faculdade, você deve começar a construção da sua marca pessoal desde já. Ela vai facilitar o ingresso no mercado de trabalho, pois vai te ajudar a identificar quais são seus pontos fortes e fracos – e, o mais importante, se você tem o perfil e os valores alinhados à determinada vaga.

Confira um passo a passo para construir sua marca pessoal. Lembrando que se trata de um processo contínuo, que não tem data para terminar.

  1. Comece pelo autoconhecimento. Analise suas qualidades, defeitos, habilidades, crenças e valores;
  2. Converse com pessoas de confiança para saber como elas te enxergam. Peça feedbacks sobre suas atitudes e posturas em diferentes situações;
  3. Identifique seus objetivos profissionais. Sua marca pessoal deve refletir o que você espera da sua carreira;
  4. Responda 3 perguntas fundamentais: como quero que as pessoas me vejam? Quais atributos quero ressaltar? O que definitivamente não quero transmitir?
  5. Defina as estratégias para consolidar sua marca pessoal. Elas podem envolver cursos ou se voluntarias para realizar novos projetos;
  6. Trabalhe sua marca pessoal todos os dias, de forma consistente e coerente. Como? No relacionamento com as pessoas ao seu redor. Tenha em mente a mensagem que você quer transmitir para elas antes de agir.

7. Desenvolva suas habilidades socioemocionais

Também chamadas de soft skills, as habilidades socioemocionais são um conjunto de competências que possibilitam um indivíduo a interagir de forma apropriada com outras pessoas em determinados contextos sociais.

Elas se tornaram determinantes na busca e contratação de talentos. Entre junho e setembro de 2022, as habilidades socioemocionais foram incluídas entre os pré-requisitos de 78% dos anúncios de empregos feitos globalmente, de acordo com pesquisa do LinkedIn.

O crescimento na carreira também depende das soft skills. Em 2019, o relatório Global Talent Trends do LinkedIn mostrou que, para 89% dos recrutadores, uma contratação não dá certo por falta de habilidades sociais do profissional.

Mas quais são essas habilidades socioemocionais tão valorizadas no mercado de trabalho?

No relatório “The Job Market Outlook for Grads”, da ZipRecruiter, encontramos a resposta:

  1. Comunicação;
  2. Relacionamento com o cliente;
  3. Planejamento;
  4. Gestão do tempo;
  5. Gerenciamento de projetos;
  6. Pensamento analítico;
  7. Autorresponsabilidade;
  8. Autogerenciamento;
  9. Habilidades interpessoais;
  10. Flexibilidade;
  11. Resolução de problemas;
  12. Atenção aos detalhes;
  13. Colaboração;
  14. Inovação;
  15. Mentoria;
  16. Multitarefas;
  17. Proatividade.

A lista acima foi elaborada a partir da análise de mais de 6 milhões de vagas publicadas no portal da ZipRecruiter entre maio de 2021 e maio de 2022.

As soft skills não são inatas, ou seja, toda pessoa pode desenvolver as habilidades socioemocionais.

As habilidades socioemocionais são determinantes para crescer na carreira, independentemente da profissão. Créditos: Shutterstock.As habilidades socioemocionais são determinantes para crescer na carreira, independentemente da profissão. Shutterstock.

8. Pratique sua alfabetização digital

A alfabetização digital é outra habilidade indispensável para ingressar no mercado de trabalho. Afinal, é difícil imaginarmos uma profissão que não envolva o uso constante de computadores, softwares e recursos conectados à internet.

Podemos definir a alfabetização digital como:

O conjunto de habilidades que uma pessoa precisa desenvolver para viver, aprender e trabalhar em uma sociedade onde a comunicação e o acesso à informação se dá por meio de tecnologias digitais, como as plataformas de internet, redes sociais e dispositivos móveis.

São 4 as competências principais que uma pessoa precisa desenvolver para ser considerada alfabetizada digitalmente, de acordo com Paul Gilster, autor do livro “Digital Literacy” (1997):

  1. Capacidade de buscar informações na internet;
  2. Conhecimento de navegação por meio de hipertextos;
  3. Habilidade para reunir informações;
  4. Capacidade de avaliar conteúdo.

9. Invista em aprendizagem contínua

Reparou no que a maioria dos passos para ingressar no mercado de trabalho tem em comum?

Todos envolvem um aprendizado constante.

Continuar a estudar ainda é a melhor forma de conquistar as melhores oportunidades de carreira – e deve continuar nos próximos anos.

A aprendizagem contínua, também chamada de lifelong learning, está na lista da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de habilidades indispensáveis para o futuro do trabalho

Para a entidade internacional, o lifelong learning permite que as pessoas consigam lidar com um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico, marcado por mudanças tecnológicas aceleradas e dilemas socioambientais.

Ressalta-se que a aprendizagem contínua pode ser feita em outros ambientes além da escola. A leitura desse guia e dos demais conteúdos do Blog do EAD é um exemplo disso.

Esperamos que esses 9 passos para ingressar no mercado de trabalho te ajudem a construir uma carreira de sucesso, independentemente da graduação que você escolher. Bons estudos!

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Olívia Baldissera

Por Olívia Baldissera

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Jornalista e historiadora. É analista de conteúdo do Blog do EAD.